quinta-feira, 29 de julho de 2010

Dimensões da manifestação



O Universo concebido como um todo animado, é composto por três princípios: a Natureza, o Homem e o Imanifesto. Diz-se que o homem é o microcosmo, ou pequeno mundo, porque nele há analogicamente em si as leis que regem o universo, assim, a cabeça corresponde ao empíreo, o peito ao céu eteral ou médio e o ventre à região elementar. Ao influir sobre a natureza pela ação, sobre os outros homens pela palavra e elevando-se ao imanifesto pela reta-palavra e pelo êxtase, constitui o homem o élo que une o manifesto ao imanifesto. O Uno Imanifesto, envolvendo em sua ação providencial as regiões onde se desenvolvem livremente os outros princípios, é onipresente e domina naturalmente o universo, cujas partes reune na unidade de direção e de ação. O Imanifesto se manifesta no universo pela ação do curso dos acontecimentos que ilumina o caminho do homem, sem que dinamicamente, possa opor-se ao efeito das duas outras forças primordiais: homem e natureza. Muito do que somos, é presidido pela natureza, sem que dependa de nós: nascimento, família, etc, e para o vulgo tráta-se de obra do acaso,enquanto para o espiritualista tráta-se de uma consequência de uma ordem anterior, irresistível, que se remodela conforme o livre arbítrio. Então em oposição a uma natureza condicionada há uma natureza livre (arbítrio)que agindo sobre as coisas existentes, como uma matéria bruta, as modifica, tirando delas livremente, resultados bons ou maus. Esta segunda natureza, o arbítrio é motivada pela vontade, que regula a vida do homem e dirige sua conduta conforme os elementos que a natureza primeira (condicionada) lhe fornece. A estas naturezas móveis e "opostas", embora complementares, portanto,o homem é relegado, e ambas tiram sua força de uma causa superior, chamada Providência. Assim, o homem se manifesta no universo pela ação de sua vontade que lhe permite interagir com o destino e fazer deste o instrumento de suas concepções. Na aplicação de suas volições ao mundo exterior, o homem tem toda liberdade de fazer apelo `as luzes da providência ou de desprezar-lhe a ação (entrega ao que é, ao fluxo natural das coisas). A natureza se manifesta no universo pela ação do curso natural das coisas, vulgarmente chamado de "destino", que de uma maneira imutável, perpetua uma ordem estritamente determinada, os tipos fundamentais que constituem sua base de ação (movimento de toda a natureza-ex: astros/sol/lua, etc). Os fatos, são do domínio da natureza; as leis, do domínio do homem, e os princípios, do domínio do imanifesto (inconsciente). O Imanifesto gerou o princípio, o sopro, a natureza desenvolve-os para constituir os fatos, e o homem, através do emprego de sua vontade sobre suas faculdades, estabelece as relações que unem os fatos aos princípios, transforma e aperfeiçoa tais fatos pela criação das leis (da observação da ordem recorrente). Porém, um fato, por mais simples que seja, é sempre a tradução pela natureza de um princípio emanado do Imanifesto, e o homem pode sempre restabelecer o élo que liga o fato visível ao princípio invisível, como o consciente ao respectico impulso inconsciente, e isto pela enunciação de uma lei (fundamento do método analógico). (Créditos do conceito filosófico: PAPUS)

sexta-feira, 16 de julho de 2010



Da fantasia à realidade!

Qual a diferença entre fantasia e o que é real? Vestimos a fantasia, o aparente, para encobrir o real, que já não nos faz mais feliz, ..."não toca mais a nossa música", como diria o Cazuza. Sentimos então uma satisfação, em função da fantasia, enquanto o real não nos dá mais a mesma satisfação de antes, ...assim, a fantasia é um aditivo que leva as pessoas à frente, neste sentido, ...no sentido de se segurar numa relação. Qual a diferença entre sonho, ilusão,objetivo, meta? O sonho é uma linguagem que vem do inconsciente, de forma codificada de maneira que só o sujeito do sonho pode interpretá-lo, mas vem com a promessa de algo que se realizará no futuro, embora ainda não tenhamos consciência de como. Então podemos até esquecer do sonho, mas o universo inconsciente ligado ao nosso inconsciente estará trabalhando para realizá-lo, em função do que sentimos, mesmo que ainda inconscientemente. Mas há também o sonho consciente em função do que sinto, e que me leva a vislumbrá-lo como algo palpável e realizável, então ao obter a certeza absoluta do que sinto, do sentido que isto faz em essência, que segue opostamente ao caminho da fantasia, o sonho se transforma em meta, e traço planos, com vários objetivos que me levarão à realizar esta meta, antes sonhada.
Porém, se como na fantasia, o que sonho é apenas um vislumbre para uma satisfação momentânea adicional, cujo objeto no fundo, não quero realizar, não quero conquistar de fato, não pretendo transformar em meta, tão pouco em objetivo, me levando apenas a sentir satisfação enquanto irrealizável for, então, o nome disso é ilusão. Se minha intuição me leva ao sentido de transformar o sonho em meta, tenho certeza de que o sentido, a rota intuída, está certa, ...não se trata de fantasia, tão pouco de ilusão que no fundo são o mesmo.