domingo, 29 de janeiro de 2012

E qual a chave para que vivamos plenos na Terra?

Acredito que toda unanimidade é burra, portanto, evito olhar a vida apenas por um ponto de vista. Gosto de observar o caminho que as várias linhas da psicologia, filosofia e religião propõem, e avaliar com minha própria lente. Assim, pude verificar que viver apenas levado pelos impulsos da persona não nos torna plenos. Aqui quero focar a linha da psicologia/psiquiatria e explorar um pouco a contribuição de Wilhelm Reich (1897-1957), que após reconhecer o mérito da psicanálise de Freud, mas divergir em alguns pontos, segue sua própria lente. Ao considerar a descoberta da energia sexual explorada por Freud, Reich amplia esta noção e mostra como ela se insere num circuito maior, o da bioenergia, chamada também de "energia da vida", o que muda o ponto de vista da questão Freudiana. Afinal, através dele, se compreende que não se trata de buscar a origem das doenças nos distúrbios da sexualidade, ao contrário, a própria sexualidade adoecida do homem é produto dos transtornos dessa energia vital. E como esta sexualidade adoece é que acaba sendo o ponto necessário para a nossa compreensão, no sentido de compreender porque nossa felicidade se torna limitada e porque adoecemos inclusive o corpo físico, a partir da variação da energia vital. Nietszshe em sua obra chega a afirmar que "o homem é um animal adoecido", no sentido de que o homem tem sido violentamente impedido de pulsar, de sentir, de viver de uma forma saudável suas emoções, seus sentimentos, sua sexualidade, enfim, sua natureza de um modo geral. A vida na sociedade moderna acaba fazendo com que através de hábitos inerentes à civilização, criemos armadilhas num nível do caráter da personalidade individual, nas quais não conseguimos mais enxergar a nossa natureza. A básica idéia de que isto é incompatível com os interesses da cultura e da sociedade já expressa quanto a humanidade está à merce das ilusões que criou e aos tabus que impedem de problematizar (tornar conhecido para resolver) de modo maduro essas questões (tabus como: opção sexual, liberdade sexual, casamento e descasamento, etc). Assim como muitas mentes brilhantes, Reich não foge à regra, acaba sendo incompreendido em sua época, no tocante a algumas questões que abordou, sobretudo ligadas à sexualidade e à energia que, não raro, foram  confundidas com uma apologia das perversões sexuais e misticismo, respectivamente. Quando, no ponto de vista dele, a sexualidade plena e feliz sempre esteve muito mais ligada ao amor do que ao puro prazer. Como na visão dele, Nietszshe teria afirmado que "a orgia não é alegria, mas a ausência dela." Por outro lado, segundo a visão de Reich o que é impresso (marca) na psique é impresso (marca) no corpo e vice-versa (unidade biopsíquica em psicologia e paralelismo psicofísico na filosofia). A teoria de Reich contemporânea vem sendo ainda mais desenvolvida e segundo os neoreichanos italianos: Giuseppe Cimini e Genovino Ferri, em seu livro "Psicopatologia e Caráter", a vida resiste ao caos, estando em constante evolução e mudança, com a organização e reorganização constante na busca de sua perpetuação, trazendo um tempo diverso do tempo do mundo (através das culturas de suas civilizações). Eventos que marcam a vida de um indivíduo se iniciam já na fecundação, que representa, antes de qualquer outra coisa, o nascimento de um novo núcleo energético que eles chamam de "sí". A partir deste primeiro florescimento que o "si" começa a estabelecer relações e encontros sucessivos que determinarão seu coeficiente de energia, seu "quantum" de força (ímpeto de vida ou existência, segundo Espinosa, filósofo que soube compreender muito bem a importância dos afetos e das relações como forma de potencialização ou despotencialização de um Ser. A partir daí, portanto, que se originam os caracteres, que vão desde o escorregadio e assustado intrauterino até o confiante e alegre caráter genital. Caracteres que não são fixos e imutáveis apesar de persistirem ao longo da vida formando o nosso caráter, assim, as diferentes cargas energéticas do "si" atuam como um fator essencial na produção dos modos de ser deste "si" - que não pode ser pensado fora da relação com o "outro de sí", compreendendo estes "outros de sí" como os nossos afetos, como o mundo que nos circunda e ao qual estamos intrinsecamente ligados. Ou seja, a vida é um sistema aberto e por esta razão necessita de trocas constantes e contínuas com o meio. Pois como dizia Espinosa: "Tudo está em relação". Ao trocarmos experiências e idéias podemos vislumbrar tudo pelo ponto de vista do outro "si" e avaliar a necessidade de reorganização, reformatação de nosso caráter, de nossa personalidade. E não poderemos realizar este trabalho se não formos observadores de nós mesmos, segundo nossas próprias lentes, em contrapartida com a do outro. Esta é a chave! Interiorizar-se para observar a nossa própria periferia buscando viver a vida segundo nossa própria natureza, que ficará mais evidente, em função do contraste com o resultado de nós mesmos comparado ao outro. A religião chama isto de renascimento, pois nossa natureza é constituída do mais puro amor.
(Base para reflexão- artigo da filósofa: Regina Schöpke no jornal "O estado de SP")

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A vida como meio para a evolução do espírito através da persona

Na maioria das EQM (Experiências de Quase Morte) as pessoas relatam que estando em coma ou inconscientes um grande túnel se abre e as atrai para que possam sair deste plano, alguns dizem ver cenas da vida à pouco vivida, enquanto seguem rumo a uma luz, outros descrevem uma paz incrível, mas todos afirmam que chegam a algum lugar após a morte. Assim, é bem possível que a Terra seja apenas um plano para vivermos e aprendermos com nossas próprias experiências, através do uso do livre arbítrio.

http://programatransicao.tv.br/geraldo-campetti/programa-transicao-169-guias-espirituais-video_98c514ded.html