sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Mooji - como o céu infinito

Porque muitas vezes o encanto acaba em desencanto?

"Mesmo o observador da dualidade também é a consciência, também é a parte da manifestação dinâmica; É a consciência que está manifestando, ...que está se manifestando como o experienciador, ...aquilo que é experienciado e a função de experienciar, tudo isto é manifestação da consciência; ...O mundo manifesto: conhecimento e ignorância, tempo e espaço, céu e inferno, Deuses e Demônios, tudo isso, é o jogo da consciência.(...)...a consciência não é um objeto, mas quando a consciência se identifica com o corpo objetivo ela vem para o tempo, porque toda objetividade é a expressão do tempo." (Mooji)

"Todos os anseios nascem da busca da mente por salvação ou satisfação nas coisas externas e no futuro, como substitutos da alegria do Ser(da completude). Se somos nossas mentes, somos aqueles anseios, aquelas necessidades, desejos, apegos e aversões. Fora deles não existe o eu, exceto como uma mera possibilidade, um potencial não preenchido, uma semente que ainda não germinou. Nessa condição, até mesmo o desejo de nos tornarmos livres ou iluminados não passa de mais um desejo a ser realizado ou concluído no futuro."

"Referindo-me ao sofrimento emocional, que é também a causa principal do sofrimento físico e da doença; O ressentimento, o ódio, a autopiedade, a culpa, a raiva, a depressão, o ciúme e até mesmo uma leve irritação são formas de sofrimento. E qualquer prazer ou forte emoção contém em si a semente do sofrimento. É o inseparável oposto, que se manifestará com o tempo." (Eckhart Tolle)

Neste contexto, quando um sentimento prazeroso, um encanto, com o tempo, se torna desencanto; De amor se torna ódio, podemos te-lo como exemplo da dualidade atuando através do tempo, através da consciência que a experiencia. Ao abrirmos os olhos no plano manifesto, nos deparando com um mundo em que desenvolveremos a mente para atuar neste novo ambiente, o amor, a paz e a alegria inerentes do estado do Ser, ficarão vibrando de forma encoberta, o que nos passa inconscientemente a sensação de incompletude. A mente em desenvolvimento buscará portanto, a possibilidade de nos tornar completos, através da conquista de objetivos externos, nos fazendo identificar e crer inicialmente que a salvação está sempre no tempo futuro, com o alcance do sucesso, no ambiente externo. Desta necessidade, nascem os anseios (desejos), o apego, e assim, o controle, para que, através da posse do objeto de nossa felicidade futura, possamos nos sentir completos novamente. No entanto, esta completude via externa, adquirida com a conquista dos objetivos planejados durará pouco tempo, e logo, necessitaremos de novos objetivos a alcançar, num circulo sem fim. Não obstante, tudo isto é a própria consciência que está se manifestando através do experienciador e que a partir de um determinado momento despertará para olhar para dentro, já que o ambiente externo não será capaz de trazer de volta o sentimento de plenitude, só possível com a transcendência à mente, embora esta seja uma importante ferramenta, para a vida prática. Sendo assim, é possível constatar que o sentimento de encantamento que desemboca no amor, quando ao invés de nos tornar plenos, nos traz sofrimento, está a serviço do suprimento desta necessidade de se tornar completo através do outro, que também está constantemente em mutação, e não de um relacionamento saudável de dois inteiros que se atraem, além desta necessidade.
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O Lenhador e a Raposa



Esta estória ilustra bem o que pode acontecer quando deixamos de agir conforme nosso coração sente, influenciados pelo veneno dos pensamentos e preocupações da própria mente, que tanto pode dar forma a algo "negativo" quanto "positivo", mas que depende no que decidirmos apostar nossas fichas, ou seja, acreditar. A influência externa sempre estará alí, no entanto, nós é que daremos forma ou não ao que nos influi, em detrimento do que sentimos verdadeiramente.Se olharmos a nossa volta, veremos facilmente que já demos formas a muitas coisas boas, com a raiz no que sentimos de coração ser o melhor a realizar. Portanto, fortalecer o centro das ações no que sentimos sobre tudo e a partir daí tomarmos um rumo, sobre a "estória" da vez, com consciência das crenças envolvidas, as quais podemos "dar ouvidos" ou não, nos parece uma postura muito apropriada para enfrentar as circunstâncias do dia a dia.


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