sábado, 8 de janeiro de 2022

Teria se originado na Babilônia uma oposição a Javé ou as crenças pagãs teriam influenciado as escrituras religiosas oficiais?

E são características históricas do Império Romano como a de "absorver a cultura de povos conquistados" que vão influenciar o surgimento de um novo Cristianismo, a partir de Constantino. Para entender como a influência política e militar incluía ainda a influência religiosa naquela época, a fim de se ter o poder completo no Império, vamos relembrar uma lenda (lembre-se que eram estórias passadas inicialmente de boca a ouvido) Babilônica polêmica que segundo historiadores (inclusive atuais) teria, ao menos, influenciado algumas reformas das escrituras bíblicas. Conta-se que o filho de Cuxe com Semiramis (neto de Cam e bisneto de Noé, chamado : Ninrode ) teria vivido na Babilônia (apogeu do Império neobabilônico: 608 a 538 a.C.), em Babel, e se rebelado com o Deus de Noé (Javé=religiões monoteístas), razão pela qual iniciou a construção de uma torre bastante alta, para chegar ao céu (por isso ficou conhecido por seu povo como o Rei do céu) e colocar todo o povo lá para viver alheio ao Deus de seu bisavô, enfrentando eventual novo dilúvio por seu próprio trabalho e não acreditando numa divindade. O fato é que, segundo a lenda, Semiramis esperava um filho quando Ninrode morreu ( algumas versões contam que Sem, seu tio avô o teria matado e esquartejado, porém, ela teria conseguido reunir todas as partes, menos uma, que a fez inventar que por conta disso, ele teria ascendido ao Céu para assumir seu trono como Rei, o que derivou para a crença no Deus Sol; outras que ela própria o teria matado e fingido encontrá-lo morto=versão explorada na novela brasileira da TV Record=Gênesis). Quando o filho nasceu, ela declarou que o menino - que se chamou Tamuz - era a reencarnação de Ninrode (Símbolo: Tau).
Quando Tamuz era moço e estava caçando nas matas, foi morto por um porco selvagem. Semiramis então, com todas as mulheres que serviam na sua religião, choraram e jejuaram por 40 dias, no final dos quais, de acordo com a lenda babilônica, Tamuz foi trazido de volta à vida, e no local onde havia morrido teria nascido um Pinheiro. Isto para o povo foi uma demonstração do poder da mãe. Ela começou a ser adorada, portanto, com o título de "rainha dos céus" ou "deusa mãe". O símbolo desta religião foi a imagem da mãe com a criança nos braços conhecido como "o mistério da mãe com a criança" e teria se disseminado por toda a região, na época, com a mesma essência, porém com alterações nos nomes, conforme o povo e a língua: Ashtarot e Baal na Fenícia. Ishtar ou Inanna na Assíria Isis e Osiris no Egito. Afrodite e Eros na Grécia. Venus e Cupido em Roma.
Quando os medo-persa dominaram Babilônia, os sacerdotes de lá tiveram que fugir (os medo-persas adoravam o fogo), e se estabeleceram em Pérgamo, na Ásia Menor. Pérgamo se tornou o centro do culto da mãe com o filho. Daí foi levado para Roma com os nomes de Venus e Cupido. No tempo de Constantino, ele teve que medir forças políticas com o Gal. Maxêncio para se tornar imperador. Os imperadores do império romano portavam 2 coroas: a de imperador e a de pontifex maximus (sumo-sacerdote); isto significava autoridade política e religiosa. Constantino, para obter o apoio dos cristãos, prometeu cristianizar o império, se vencesse. Os cristãos o apoiaram e numa última batalha, no ano 312, ele venceu e, como imperador e pontifex maximus, declarou o cristianismo a religião oficial do império. Os velhos festivais e feriados foram reintroduzidos no chamado "cristianismo", se fixando cada vez mais com o passar do tempo, e as escrituras foram adaptadas incluindo estórias aproveitadas da cultura de povos conquistados e assim, expandiu o cristianismo em seu Império. Um exemplo é a utilização do Pinheiro nas festas de Natal, até os dias de hoje, já que originalmente foi utilizado a partir da morte de Ninrode, para troca de presentes entre seus seguidores, como forma de relembrar o dia em que havia morrido e ascendido ao seu trono no Céu, como Deus Sol, mas inserido na festividade religiosa atrairia pessoas pagãs ao cristianismo. Logicamente, após estas reformas, a Bíblia fala sobre Ninrode mas não diz que houve um incesto com Semiramis, a Bíblia fala também de Tamuz, mas não diz que ele era o segundo filho de Semiramis e nem como morreu, portanto, tudo que uma história conta indo além da Bíblia, não passará de contos, lendas e mitos. Já o historiador judeu Flávio Josefo, refere-se nominalmente assim: "segundo a tradição religiosa, Ninrode foi executado devido à sua rebelião contra Javé, o Deus de Noé. Os seguidores de Ninrode consideraram a sua morte violenta uma tragédia ou calamidade, e o deificaram. Comemoravam a sua morte anualmente no primeiro e segundo dia do mês lunar de Tamuz, quando as mulheres choravam o seu ídolo. Em Gênesis 10:8-9, Ninrode é chamado gibbor, "guerreiro". Ele era habilidoso como lutador, matador e caçador, três coisas nas quais os homens encontram muita glória, desde a Antiguidade até hoje." Ainda outros estudiosos procuram encontrar alguma ligação entre Ninrode e Marduque, uma das principais divindades babilônicas. Os estudiosos conservadores, naturalmente, contentam-se somente com a interpretação que vê Ninrode como uma personagem histórica, sem importar se lendas e mitos vieram a vincular-se mais tarde a seu nome, incluindo noções de divindade e com qual interesse. Porém outros, se utilizam de lendas como esta, nas entrelinhas das escrituras bíblicas, para explicar a origem da crença na reencarnação, ou do paganismo (culto ao Deus Sol), ou ainda, para fazer críticas veladas ao que chamam de "novo cristianismo", como é o caso da versão utilizada no roteiro da novela brasileira Gênesis (TV Record). =>Fonte: Blog Bíblia sagrada/ Wikipédia<=