Se numa idade mais avançada o fundamento(lente/imagem) do que somos determina o que iremos materializar, sendo portanto, o efeito de uma causa que se iniciou anteriormente. Considerando que nascemos com uma mente limpa, sem identificações com nada e assim, sem nenhuma tendência a isso ou aquilo; Qual é a raíz ou causa da necessidade de mostrar aos outros(imagem) o que não somos? Sendo esta imagem que projetamos ao mundo, um "eu aparente" que é também chamado de "Ego", qual a sua raíz? Bom, para tomarmos consciência destes aspectos, é necessário lembrarmos mais uma vez, da importância da educação na infância, fase em que algumas rotinas criam moldes ou padrões pensamentos, que a criança, aos poucos, vai desenvolvendo no seio do lar, por conta de reforços nas atitudes observadas nos membros da família. Penso que a maioria de nós já deva ter escutado uma frase assim, dita por algum de nossos educadores, durante a infância : "Não faça isso! O que os outros vão pensar?". Agora se atrelarmos este "puchão de orelha" a um período em que na infância, de forma lúdica, começávamos a querer trabalhar alguma vocação nossa, começaremos a ter o contorno da raíz que cria a "necessidade na criança de mostrar aos outros uma imagem diferente da que sente que deveria mostrar". Ou seja, na prática, a família recebe uma visita, somos crianças e naquela fase de gostar de chamar a atenção, o que é normal numa determinada etapa de nossa formação; ... Todos estão sentados na sala conversando e através das brincadeiras, com os amiguinhos de nossa idade, começamos a mostrar para nossos pais (que conversam entre sí) um monte de piruetas, derrubando a mesa de centro da sala, enfim, uma bagunça, enquanto os pais tentam manter o foco no assunto. Lógico, queremos chamar a atenção para o que descobrimos ser uma possível tendência á uma determinada vocação! Mas de repente, nossa mãe ou pai levanta, nos chama na cozinha e solta um sonoro: "Não faça isso! O que nossos amigos vão pensar?" ...Bem, não é preciso dizer que é como jogar um balde de água fria no que a criança estava querendo expressar nas entrelinhas, então, ela volta para a sala, senta quieta no sofá, liga a tv, e perde todo o seu brilho. No entanto, aquela mensagem, repetida várias vezes, em muitas outras oportunidades, leva uma mensagem subliminar para a criança, mais ou menos assim : "Não importa que está querendo expressar o que vc é, neste momento, mostre que vc é diferente", ou seja, "mostre uma imagem de criança comportada (dentro dos moldes daquela família)". Outras mensagens subliminares que ficam implícitas, entre outras análogas: "o que vc aparenta vale mais do que o que vc faz quando é vc mesmo(a)", "o que vc é qdo é sí mesmo(a) é inferior ao padrão que queremos", e por analogia, da para tirar outras mensagens, que deixo para cada um subjetivamente. Pois o importante é compreender como a criança inconscientemente poderá fazer a leitura desta simples "bronca", e o que isto resultará posteriormente, até que ela "desperte" para este padrão criado desde a infância. Claro está que colocar o limite para a criança também entra nesta questão, o que deve ser observado na maneira de chamar a atenção da criança ao seu exagero, sem castrar o que ela quer expressar, e que muitas vezes, só encontra esta maneira de contato com os pais (simultaneamente), dada a correria do dia a dia.
Como ao criar uma imagem para mostrar aos outros, estamos criando um "eu aparente", futuramente poderemos acreditar que somos esta imagem e não o que somos verdadeiramente, reforçando ainda mais a projeção de uma imagem que não traduz a nossa natureza, e portanto, considero esta uma das raízes do ego, enquanto aquela necessidade da pessoa se impor pela imagem que representa, mas que nem sempre corresponde ao que é efetivamente. Lembrando que o ego faz parte do processo de nosso desenvolvimento, o que não faz parte é, a partir de um determinado momento, dissociar e reforçar uma imagem que não nos representa, apenas para causar uma impressão. No dia a dia, encontramos vários exemplos de pessoas que estão mais preocupadas em mostrar "algo que não são", por exemplo, quando alguém que "possui" um título, classe ou cargo qualquer precisa fazer o outro se sentir inferior, por não "ter" o mesmo status. Ao compreender o processo pelo qual podemos formar esta necessidade de imagem aparente, que posteriormente poderá derivar para a lente pela qual nos enxergaremos e com a qual iremos interagir no mundo e colher as consequências de nossas ações, tomamos consciência deste aspecto e temos a oportunidade de realizar uma reflexão subjetiva sobre nós mesmos e sobre a educação que queremos passar aos nossos filhos, contribuindo para que amadureçam ao seu tempo, tendo a vida como palco.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Num determinado momento percebemos porque a maioria das linhas filosóficas e tradições costumam simbolizar a imagem que passamos aos demais,... ligada ao mundo, no entanto, colocando o mundo ou plano físico como consequência desta imagem. O grande "x" da questão é que se necessito ostentar ser superior ao que sou, implícito está que me sinto inferior ao outro. Mas para efeito da manifestação no físico, o que importa é o "sentimento de inferioridade", pois é ele que vai reger a energia de atração magnética no relacionamento com o mundo. Tentar ser o que não se é gera praticamente todas as bengalas condicionais no nível do eu, como: inveja, orgulho, arrogância, entre tantas outras, ligadas à questão da crença de precisar passar uma imagem de ser maior do que se é porque acredita na superioridade do outro em relação a sí, muito provavelmente, com base também numa imagem projetada ou no que se está lendo com a própria lente. Portanto, tudo é como é desde o plano imanifesto, mas com o seu "eu psicológico", a persona filtra a energia da situação e a decodifica conforme o seu sentimento, imprimindo a sua leitura na manifestação do que sente. Assim, o mundo para a pessoa será um reflexo daquilo que ela sente, ou, de como ela foi condicionada a sentir. Observando a nossa própria imagem, aos poucos, é possível ir tomando consciência do que está implícito no que sentimos sobre nós mesmos, e se esta for resultado deste complexo de inferioridade, buscar tomar consciência de quais condicionamentos estão agindo para contribuir com a projeção desta imagem ilusória. E a partir desta consciência, desidentificar-se com os condicionamentos, e portanto, com o "eu psicológico" resultante deles.
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A árvore da vida, muito estudada na tradição judaica, através da Kabalah, é uma referência para este assunto. Yesod(9) = Fundação/imagem, simboliza a energia que vem se manifestando desde o primeiro princípio (Kether =1) e que neste ponto se recodifica através da lente (fundação=base/imagem) de cada persona, resultando em algo no mundo (Malkuth = 10). O triângulo formado pelos círculos 7-8-9 são conhecidos como o "triângulo astral", e é voltado com a ponta para baixo, já que se a energia da pessoa foca apenas a consciência do "eu psicológico" , o que será manifestado, em função do campo astral/magnético, parte deste "eu" para o mundo, ou seja, em função da leitura do sentimento deste "eu psicológico", que na psicologia é chamado de "eu inferior".
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A árvore da vida, muito estudada na tradição judaica, através da Kabalah, é uma referência para este assunto. Yesod(9) = Fundação/imagem, simboliza a energia que vem se manifestando desde o primeiro princípio (Kether =1) e que neste ponto se recodifica através da lente (fundação=base/imagem) de cada persona, resultando em algo no mundo (Malkuth = 10). O triângulo formado pelos círculos 7-8-9 são conhecidos como o "triângulo astral", e é voltado com a ponta para baixo, já que se a energia da pessoa foca apenas a consciência do "eu psicológico" , o que será manifestado, em função do campo astral/magnético, parte deste "eu" para o mundo, ou seja, em função da leitura do sentimento deste "eu psicológico", que na psicologia é chamado de "eu inferior".
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