Para algumas pessoas já é fato que ao simples 'considerar' a persona como um "alguém" a quem devemos transcender no dia a dia, lhe moldando uma consistência, o ser automaticamente se encontra dentro dos limites mentais ilusórios desta persona, e portanto, limitado à mesma. Já para outras, embora isto seja real não há consciência para que na prática tal postura seja implementada. Mesmo para quem se utiliza da persona, de forma prática, como um veículo do ser ao plano manifesto, sem apego, ocorre que, no dia a dia, sempre haverá interação com o ambiente, onde há defrontação com situações, principalmente nos setores da vida ligados aos relacionamentos interpessoais, carreira, prosperidade, amor e saúde, que pressupõem o alinhar, resistir, concordar ou reagir. A diferença entre estas pessoas e aquelas, é que estas estão identificadas com a mente da persona a qual têm consciência que são, e aquelas, tiveram a oportunidade, através do discernimento, de perceber que é exatamente esta identificação que as torna personas, e portanto, limitadas à mesma e à sua lente. O que promove a transcendência da persona, embora, não se deixe de utiliza-la na vida prática. Assim, o ambiente influenciará mais estas pessoas do que aquelas, em função da identificação e do apego. Identificada e Imersa na persona, a mente terá preponderância sobre o governo da vida desta pessoa, influenciando suas escolhas com tendências ao interesse próprio ou egoistas. Ao longo da vida, as experiências por quais a pessoa passa produzem "máximas", ..."paradigmas", que serão as referências de base para a tomada de decisões futuras, e embora, a vida seja simplesmente o que é, fluídica, a pessoa identificada tenderá a julgar as circunstâncias utilizando estas "máximas" guardadas na memória subconsciente, para realizar suas escolhas, e assim, limitar-se ao que esta persona ilusoriamente acredita como certo. Uma mulher contemporânea, pode por exemplo, obter de sua educação desde a infância a máxima: "lugar de mulher é cuidando dos filhos", e desta máxima, sub-máximas, como: "se estou trabalhando, e meu lugar deveria ser cuidando dos filhos, sou uma sofredora;" O que inconscientemente irá lhe tornar uma pessoa triste, já que tudo que fizer ligado à carreira, terá esta máxima no subconsciente influenciando suas atitudes. Isto ocorre porque esta "máxima", se torna uma crença, algo em que ela acredita ser verdadeiro para ela, embora seja fruto de um condicionamento falho , e portanto, ilusório. Assim, em vários setores de nossa vida desenvolvemos crenças, que se consistem a partir destas máximas (paradigmas), e que influem em nossas escolhas, que resultam no mundo a nossa volta. E como nos tornarmos unos com a essência, e simplesmente ser e fluir com a vida, quando somos identificados com a mente que vela a consciência sobre a mesma? Bem, a saída parece ser detectar o que não somos, enquanto ser, e ir limpando ou purificando. Observar cada setor de nossa vida e detectar quais crenças limitam-nos à persona (que em sí é um conjunto de crenças). Exemplo de crenças, por setor da vida, que podemos encontrar: PROSPERIDADE=> Não tenho capacidade para ganhar dinheiro! RELACIONAMENTOS=> Só arrumo cacareco! AMOR=>As pessoas hoje em dia não estão nem aí umas com as outras! CARREIRA=> Qualquer trabalho que arrumar serve! SAÚDE=> Que medo de contrair um câncer!
Ao detecta-las, se pudermos refletir qual a sua raiz, ...se foi na educação em casa, ou ao longo do tempo, em qual situação passamos a emprega-la, ajuda muito a limpa-la, pois percebemos a partir de quando passamos a acreditar e dar consistência a ela. Para dar abertura à encontrar o caminho para deixarmos de acreditar numa determinada máxima, perguntemo-nos: "O que seria necessário para..."; No caso da prosperidade acima, ficaria assim a pergunta para si mesmo: "-O que seria necessário para ter capacidade de ganhar dinheiro?" ...Anotemos as respostas para trabalhar ao longo do tempo na limpeza das crenças!!! E ao mesmo tempo, afirmemos, no mesmo caso da pergunta acima: "-Sou grato ao universo e a minha capacidade por tudo que já conquistei e que está a minha volta." Ajuda muito, realizar o registro das crenças e ir trabalhando uma a uma, enquanto, no dia a dia, deixamos de julgar a tudo, conforme estas mesmas crenças, aceitando mais, as circunstâncias como elas são, vivendo o fluxo dos acontecimentos, como eles são, sem dizer, isto é bom ou isto é mau. Apenas é! (Base do conhecimento: Palestra de Christie Marie Sheldon)
