Qual a mensagem da Vedanta?
Veda: Sabedoria, conhecimento último;
Anta: fim;
Literalmente:"fim ou coroa dos Vedas", ou ainda, "fim e objeto de todo conhecimento". Antiquíssima doutrina mística, dividida mais tarde em três escolas:
Dvaita (dualista), Vizichtadvaita ou Vishistadvaita (dualista com diferenciações ou monista qualificada, depende do ponto de vista) e Advaita (monista);
Advaita = Shankara (século VIII);
Vizichtadvaita = Ramanuja (século XII);
Dvaita = Madhva (século XIII);
"Advaita literalmente significa "não dois"; isto é o que referimos como monoteístico, ou sistema não-dualístico, que enfatiza a unidade. Seu consolidador foi Shankaracharya (788-820). Shankara expos suas teorias baseadas amplamente nos ensinamentos dos Upanishads e de seu guru Gaudapada. Através da analise da consciência experimental, ele expos a natureza relativa do mundo e estabeleceu a realidade não dual ou Brahman no qual Atman (a alma individual) ou Brahman (a realidade última) são absolutamente identificadas. Não é meramente uma filosofia, mas um sistema consciente de éticas aplicadas e meditação, direcionadas a obténção da paz e compreensão da verdade. Sankaracharya acusou as castas e rituais como tolos, e em sua própria maneira carismática, suplicou aos verdadeiros devotos a meditarem no amor de Deus e alcançarem a verdade." (Fonte: Wikipédia)
Anta: fim;
Literalmente:"fim ou coroa dos Vedas", ou ainda, "fim e objeto de todo conhecimento". Antiquíssima doutrina mística, dividida mais tarde em três escolas:
Dvaita (dualista), Vizichtadvaita ou Vishistadvaita (dualista com diferenciações ou monista qualificada, depende do ponto de vista) e Advaita (monista);
Advaita = Shankara (século VIII);
Vizichtadvaita = Ramanuja (século XII);
Dvaita = Madhva (século XIII);
"Advaita literalmente significa "não dois"; isto é o que referimos como monoteístico, ou sistema não-dualístico, que enfatiza a unidade. Seu consolidador foi Shankaracharya (788-820). Shankara expos suas teorias baseadas amplamente nos ensinamentos dos Upanishads e de seu guru Gaudapada. Através da analise da consciência experimental, ele expos a natureza relativa do mundo e estabeleceu a realidade não dual ou Brahman no qual Atman (a alma individual) ou Brahman (a realidade última) são absolutamente identificadas. Não é meramente uma filosofia, mas um sistema consciente de éticas aplicadas e meditação, direcionadas a obténção da paz e compreensão da verdade. Sankaracharya acusou as castas e rituais como tolos, e em sua própria maneira carismática, suplicou aos verdadeiros devotos a meditarem no amor de Deus e alcançarem a verdade." (Fonte: Wikipédia)
Upanishads - comentários do Veda Rei
Para nós ocidentais, principalmente para os que buscam o "Ser" verdadeiro, é muito importante conhecer uma filosofia rica, como a do Veda. Na Índia, um discípulo preparado para a evolução, chamado de Adikari, é uma pessoa que possui um estado de felicidade interior, que brota da alegria de Ser si mesmo. Partindo daí, este defrontar-se-á com uma preliminar ao estudo do Veda: o Rig Veda, chamado de Veda Rei, o único Veda; pois todos os outros, o Sama, o Yagur e o Atharva, são ramificações que se desprenderam do Veda Central. O discipulo busca a compreensão deste Veda, mas estando sua terminologia fora do alcance de qualquer principiante, assim como, seus comentários, que estão nos Upanishads, ...muito longe para o entendimento, este será introduzido na essência dos mesmos, através dos Tratados Preliminares, conhecidos em Sânscrito como Prakaranagrantas. Eles são inúmeros, porém só alguns gozam da estima dos verdadeiros Mestres. Os Prakaranagrantas são, portanto, livros introdutórios ao estudo da Veda-anta: Veda = Sabedoria, Conhecimento último e Anta = fim. O agora, segundo esta filosofia, poderá se tornar consciente, da forma que o livro: O Poder do Agora, de Eckart Tolle, tão bem coloca (numa nova roupagem), através de um processo crescente de purificação mental e emocional.
"Gnoscete hipsum" (Sócrates)
"Gnoscete hipsum" (Sócrates)
Bhagavad Gita
Os Vedas, são escrituras que surgiram na Ásia, durante a criação das sub-raças, Ário-Atlantes, portanto, há mais de 5.000 anos atrás. Destas, surgiu o Mahabharata, cujo coração é o Bhagavad-Gita, uma série de poemas, onde Krishna (eu divino do homem/consciência), dialoga com um príncipe (ego humano), em meio a uma batalha, no sentido de liberação. Indica o caminho da busca da consciência e do Reto-agir (agir de acordo com a consciência,... do agora).
"O tempo do "Agora" trás embutido em sí, o passado, presente e o futuro, embora vivenciamos só o presente".
"O tempo do "Agora" trás embutido em sí, o passado, presente e o futuro, embora vivenciamos só o presente".
Considerando que imersos no plano manifesto e vivendo em sociedade o grau de condicionamento é intenso, é normal que surja uma questão: - Seria este molde o resultado de mais uma tradição religiosa que procura se manter às custas do condicionamento das pessoas, através da crença, que por fim acabam se distanciando de si mesmas, obtendo mais uma muleta para não assumir a responsabilidade por sua própria vida? E a resposta, poderá ser encontrada ao discernirmos sobre a sabedoria contida no texto sobre os três poderes da ilusão, os três motivos de agir e as três afirmações da Vedanta. Que com o tempo, se dissolvem em meio à prática cada vez mais intensa do Ser.
Os três poderes ou qualidades da ilusão
"A sabedoria encontra-se envolvida na ilusão, por isso os mortais vivem enganados"
Bhagavad-Gita
Consciência pura(Imanifesto)>>>reflexo projetado por algo (Ego?/véu)>>>EU (consciência pessoal =vigília, sono c/imagens, sono profundo)>>>>>Manifesto (atividade, repouso e harmonia= poderes ou qualidades da ilusão);
Bhagavad-Gita
Consciência pura(Imanifesto)>>>reflexo projetado por algo (Ego?/véu)>>>EU (consciência pessoal =vigília, sono c/imagens, sono profundo)>>>>>Manifesto (atividade, repouso e harmonia= poderes ou qualidades da ilusão);
A consciência pura é Brahman (o absoluto incognoscível para o homem); Esta consciência pura se traduz para o homem, de forma limitada, e consequentemente deixando de ser pura para se tornar condicionada, e portanto, representando uma ilusão (Maya), já que agora, se tornou um reflexo da verdade, através de sua ressignificação pelos códigos adquiridos pelo homem com a cultura do seu povo e da região em que vive. Imerso na consciência limitada por sua mente o homem alcança e compreende no limite o Trimurti, que na Índia é representado pelos deuses Brahma (Criação), Vishnu (Preservação) e Shiva (Destruição). Comparando com a religião católica a grosso modo, poderíamos dizer que são equivalentes à trindade: "Pai, Espírito Santo e Filho" ;
"Brahma, Vishnu e Shiva, não são personalidades, na verdade, são poderes que foram personificados para poderem se adequar à mente humana. Shiva não é uma pessoa, Shiva é o Ser; Vishnu é o Poder que recicla e Brahma é o Poder criador, e todos juntos são chamados coletivamente: Ishvara, que na Índia é um nome para Deus. E Ishvara é a expressão dinâmica do absoluto, o princípio criador do universo. Quando este princípio manifesta, ele chama-se mesmo Deus; e este Deus pode ter diversos nomes, mas a sua essência é imaterial. Que na Índia, nós chamamos de Brahman ou Parabrahman, o absoluto. Vocês não precisam lembrar disto." (Mooji - Satsang de Porto Alegre-RS/Brasil)
Esta ilusão (Maya) ao qual o homem se submete teria consequentemente o "poder de velar" (Avarana Shakty) a consciência pura, que assim é incognoscível, e de projetar a consciência limitada sobre a realidade (Vikshepa Shakty), através da energia conhecida como Yantra. Sendo suas qualidades: a atividade (Rajas) através da energia conhecida como Fohat, o equilíbrio/harmonia (Satwa) através da energia conhecida como Prana, e o repouso (Tamas) através da energia conhecida como Kundalini.
Os três motivos de agir (Bhagavadgita) ou qualidades da ilusão
Através desta incrível literatura, o Oriente nos trouxe a idéia central de que tudo que o homem faz ou diz não tem valor intrínseco em si mesmo, mas recebe o seu valor, ou desvalor, daquilo que ele é consciente. É como na matemática, quando o “1” dá valor aos zeros colocados à direita 1 > 10 > 100 > 1000 ..., mas estes zeros, no entanto, quando isolados, não representam valor algum : 000; Portanto, atos e fatos não possuem valor intrínseco, ...são puros zeros, mas podem ser valorizados pela atitude ou realidade da qual dimanam. Nenhuma ação tem autovalor, mas pode ser valorizada pelo Ser do qual brotou e por amor ao qual alguém age, assim, agir ou não-agir não resolvem nada, o que resolve é a ação praticada em nome e por amor ao Ser “à luz da consciência”, ou seja, intensamente conscientizado.
O Ser humano, como modelo do que ocorre no Universo, age motivado por três raízes, conforme a índole de sua semente: A atitude da verdade(equilíbrio/harmonia/sabedoria), que na física do universo se traduz na “Gravidade”, a atitude do desejo ou cobiça(movimento/inteligência/mente), que na física se traduz na “Eletricidade”, e a atitude da ignorância (repouso/sentidos/emoção), que na física se traduz na “Magnética”.
Assim, consequentemente nossa presença no “agora”, estará à luz da consciência, de acordo com o que nos motiva, segundo o nosso molde, desenhado desde a infância. Aceitando o “agora” com plena consciência, temos a oportunidade de observarmo-nos a nós mesmos, alterando o desenho de nosso molde, à medida em que vamos expandindo a consciência.
Através desta incrível literatura, o Oriente nos trouxe a idéia central de que tudo que o homem faz ou diz não tem valor intrínseco em si mesmo, mas recebe o seu valor, ou desvalor, daquilo que ele é consciente. É como na matemática, quando o “1” dá valor aos zeros colocados à direita 1 > 10 > 100 > 1000 ..., mas estes zeros, no entanto, quando isolados, não representam valor algum : 000; Portanto, atos e fatos não possuem valor intrínseco, ...são puros zeros, mas podem ser valorizados pela atitude ou realidade da qual dimanam. Nenhuma ação tem autovalor, mas pode ser valorizada pelo Ser do qual brotou e por amor ao qual alguém age, assim, agir ou não-agir não resolvem nada, o que resolve é a ação praticada em nome e por amor ao Ser “à luz da consciência”, ou seja, intensamente conscientizado.
O Ser humano, como modelo do que ocorre no Universo, age motivado por três raízes, conforme a índole de sua semente: A atitude da verdade(equilíbrio/harmonia/sabedoria), que na física do universo se traduz na “Gravidade”, a atitude do desejo ou cobiça(movimento/inteligência/mente), que na física se traduz na “Eletricidade”, e a atitude da ignorância (repouso/sentidos/emoção), que na física se traduz na “Magnética”.
Assim, consequentemente nossa presença no “agora”, estará à luz da consciência, de acordo com o que nos motiva, segundo o nosso molde, desenhado desde a infância. Aceitando o “agora” com plena consciência, temos a oportunidade de observarmo-nos a nós mesmos, alterando o desenho de nosso molde, à medida em que vamos expandindo a consciência.
Já na ilusão mental, a falsa interpretação produzirá a falsa necessidade, q por sua vez, produzirá o falso comportamento. Neste sentido, o ego pessoal tem uma função importante, pois torna consciente a sombra da consciência, proporcionando que a própria pessoa, possa subjetivamente compreender-se. Mas é necessário perceber que não depende do próximo, mas sim, apenas dela mesma.
As três afirmações da Vedanta
A Vedanta, embora também apresentada ao Ser com uma embalagem própria, é considerada como “conhecimento último”, por proporcionar ao grupo de pessoas que apreendeu o quanto a essência das idéias transmitidas pelas múltiplas filosofias, psicologias e religiões é Una com o Todo; A percepção de que este grande caleidoscópio, existente na vida, inicialmente trazido às nossas mentes pela curiosidade: religião aqui, psicologia ali, música acolá, ciência, ...etc e tal, representa a miséria vestida de abundância, a ignorância transpassada pela sabedoria, e que o Ser já não irá mais “conhecer a Deus” buscando-o fora de si mesmo, mas no silêncio de sua curiosidade já esgotada, exausta, ao escutar uma voz de seu íntimo, fazendo-o retornar àquele que observa, e que novamente tomará as rédeas da carruagem na caminhada. A primeira afirmação portanto, é:
1)A absoluta identidade do homem e Deus, uma vez que, não há distinção de natureza essencial entre ambos, e este é um conceito advindo de uma intensa análise inefável. Consciente disto, o Adikari inicia um profundo exercício de discernimento sobre a condição humana, de onde decorre a segunda afirmação:
2) A segunda afirmação, explorada no Bhagavad Gita, é a possibilidade que todo e qualquer homem tem de assumir a tarefa de sua liberação. Não é uma questão de possibilidade mas sim de assumir-se uno a Deus, ...ser o próprio Deus, do qual emana. Aqui morre qualquer menosprezo ao próximo para auto afirmar-se individualmente, ...morre todo separativismo, qualquer germe de desigualdade e resplandece o ideal mais puro da fraternidade universal. Segundo os sábios do Oriente, “todo homem é livre para empreender a tarefa de realizar o seu auto-descobrimento, pois para a Vedanta um Deus que fechasse o Ser humano no cárcere do tempo e, sobre seus ombros impusesse a pena de prisão perpétua, para só libertá-lo no fim das idades, “quando for bom”, denotaria uma futilidade intelectual. A eternidade estaria condicionada ao tempo? A realidade estaria condicionada à ilusão? O império das Trevas estaria escravizando o da Luz? Cronos engolindo Zeus? ....Sabemos que não. A alma é livre ! O caminho está aberto para todos, não há privilégios, quem não se torna uno a Deus é porque, por algum motivo , ignora-o, e portanto, procura-o num lugar onde ainda aparece refletido. Negar ter havido a possibilidade de unicidade é negar a potencialidade divina no Ser humano, e nisto, o molde, a estrutura condicionada de nossa mente, oriunda do meio em que nos educamos e desenvolvemos, enquanto persona influi . A crença na necessidade do sofrimento para obter a bem aventurança, ...na necessidade de ter de pagar com dor, pela geração de um efeito, em vidas passadas, como se paga um livro ao comprá-lo na livraria, mesmo que num plano sutil, ...na crença num Deus arquétipo dos cobradores de dívidas, é que nos mantêm afastados do Ser divino, em nós, fazendo-nos acreditar que ele está fora de nós.
E agora a 3a afirmação, idéia básica desta incrível filosofia:
Diferentemente do que o homem aparente acredite, esta filosofia não admite uma real mudança de causa transformada no efeito;
Ou seja, se estamos identificados com o aparente, causa e efeito serão ambos aparentes; Só quando através do discernimento (Viveka), pudermos transcender a mente à luz da consciência, purificando-a, é que será possível discernir o falso(condicionado) do verdadeiro (essência). No Eu verdadeiro, ...no Ser, cessa o tempo-movimento.
Diferentemente do que o homem aparente acredite, esta filosofia não admite uma real mudança de causa transformada no efeito;
Ou seja, se estamos identificados com o aparente, causa e efeito serão ambos aparentes; Só quando através do discernimento (Viveka), pudermos transcender a mente à luz da consciência, purificando-a, é que será possível discernir o falso(condicionado) do verdadeiro (essência). No Eu verdadeiro, ...no Ser, cessa o tempo-movimento.
"Mesmo o observar não é puro, quando há interesse na observação, em função da identificação com o eu condicionado." (Mooji)