Pra se ter uma ideia da desindustrialização precoce que o conjunto de políticas adotadas durante este período pela administração do Brasil gerou nas últimas décadas, basta ver que na década de 70, 80 em média, 25% do PIB (Produto Interno Bruto) era composto pela participação da indústria, enquanto atualmente esta participação está em torno de 13%, com tendência de queda. Como um governo que prioriza a "transferência de renda" pretende manter tal política sem planejar uma forma de crescimento sustentável da nação que financie tal política?
Num cenário onde a crise internacional superou a sua pior fase, e países como a China deixaram de crescer a 10% para crescer a 7%, porque o Brasil não consegue crescer de forma sustentável? Pelo menos chegando próximo ao crescimento de alguns de seus vizinhos latinos? A questão é que as condições do Brasil atualmente são de baixa competitividade, investimento insuficiente, gargalos na infraestrutura e inflação persistente, muito acima da meta oficial de 4,5% adotadas para este ano, o que denota uma falta de planejamento interno que não tem relação com os problemas do comércio internacional ou com a crise internacional. E neste ponto, bater nesta tecla de que a situação está ruim em função de problemas externos, não se sustenta. Quando se "cria" o diagnóstico do problema, passa-se a trabalhar para encontrar soluções que não resolvem o problema efetivamente, mas apenas o camuflam, enquanto continua aumentando. O problema de redução do crescimento brasileiro não é em função de questões econômicas internacionais, mas de um conjunto de políticas internas, a nível macroeconômico, que estão levando o país à recessão.
3 comentários:
Muito bom, como sempre amigo. Não entendo tanto quanto gostaria de política, mas eu acredito, que cada um, na grande maioria, vota pensando em benefício próprio e não do País como um todo.
Muito bom, como sempre amigo. Não entendo tanto quanto gostaria de política, mas eu acredito, que cada um, na grande maioria, vota pensando em benefício próprio e não do País como um todo
Marli
Grato pelo comentário Marli! Se apenas deixarmos por conta da intuição, sobre a política brasileira, já estaremos sentindo uma sensação de que algo precisa mudar para melhorar ou para evitar que se perca as conquistas sociais dos últimos anos, independente de quem seja o novo presidente. Fraterno Abraço! :-)
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