sábado, 28 de novembro de 2015

Qual a origem da palavra e da língua "Latina"?

Latim, era a língua falada pelo povo que habitava o pequeno território denominado Latium, na península itálica, a sudoeste do baixo Tibre. Os habitantes do Latium eram os latinos. A capital da região era a cidade de Alba. O Lácio era uma planície sem defesas naturais e portanto sujeito a ataques constantes  dos povos vizinhos. Para defendê-lo construíram-se cidadelas. Na origem Roma foi apenas uma dessas fortalezas (Roma Quadrata) encarregadas da defesa de Alba. Os habitantes de Roma, trabalhadores e disciplinados, dominaram rapidamente todo o Lácio. Roma ficou à frente de uma confederação de cerca de 30 cidades. Oriundos de diversos povos (latinos, sabinos, etruscos) os primitivos romanos, sem imaginação viva como a dos gregos, mas conservadores, organizados, metódicos, patriotas criaram as duas grandes instituições da Família e do Estado. Na antiguidade foram os romanos os grandes cultores do Direito e ainda hoje, passados tantos séculos, o Direito Romano é estudado em todas as Faculdades de Direito do Mundo. Conquistada a península itálica completamente, os romanos acabaram por dominar quase todo o mundo conhecido do tempo. A língua latina passou a ser o meio de expressão de pensamento dos mais diversos povos. Também à Lusitânia chegaram as legiões romanas. Depois de atingir o máximo esplendor, veio a época de decadência do vasto Império Romano. Em 476 d.C., Roma foi subjugada por Odoacro, rei dos Hérulos. O latim das províncias dominadas deixou de ter contato com o latim de Roma. Sem os constantes reflexos e influências do centro revitalizador - Roma - foi a língua latina perdendo seus traços característicos, ora pela transformação contínua dos fonemas, ora pela prevalência de vocábulos dos povos conquistados sobre as palavras latinas menos sonoras ou significativas. Foram surgindo as línguas neolatinas ou românicas, como o português, o francês, o espanhol, o italiano. Não se pode, pois dizer que o latim morreu. Continua vivo - muito transformado é verdade - nas línguas que se derivaram do latim popular levado para diversas regiões. Para o conhecimento real das línguas citadas é de absoluta necessidade o estudo da língua latina. Os romanos são provenientes da fusão de três elementos: latino, sabino e etrusco. Favorecidos pela ótima situação em que se achavam, e animados de espírito político e patriótico, conquistaram primeiramente o Lácio, depois os povos vizinhos, em seguida a península itálica, acabando por dominar quase todo o mundo conhecido da época. O romano é forte, grosseiro, prático, metódico, guerreiro, patriota. Não possui a imaginação viva e fértil dos gregos. É interesseiro e econômico até a avareza. Desdenha as artes, a poesia, a filosofia. Dominando muitos povos e sendo orgulhosos, os romanos tinham, entretanto, uma grande qualidade: sabiam reconhecer os méritos dos vencidos. Não hesitavam em incorporar ao seu patrimônio cultural o que julgassem digno disso. Resumiram toda a cultura do mundo antigo de tal modo que basta estudar a história romana para se ter ideia do que se passou de importante com os outros povos da época. A civilização romana é a síntese de toda a cultura do mundo antigo. Os romanos criaram as duas grandes instituições da Família e do Estado, tornando-as respeitadas e sagradas. Elaboraram o Direito Romano e levaram a toda parte a civilização, a religião, as instituições e a língua. A religião romana é um conjunto de crenças comuns a todos os povos de raça ariana e compreende o culto doméstico e civil e o culto dos deuses mitológicos. Acreditavam que as almas dos mortos continuavam a viver na Terra. Dão muita importância às formas exteriores do culto, seguindo rigidamente os ritos tradicionais, sem se afastarem das velhas praxes, mesmo quando há passagens incompreensíveis. O culto romano é um contrato: o homem reza e oferece donativos e sacrifícios; em troca, os deuses lhe concedem favores. Grande foi a influência da religião nos destinos do povo romano. O orador romano Cícero escreveu: "Por meio da religião dominamos o mundo." A literatura latina reflete o caráter do povo. Em resumo: 1) Não é espontânea como a literatura grega; 2)Nasce tarde em Roma; 3)Tem fins práticos em vista e por isso os romanos são especialistas em História e Eloquência; 4)É altamente patriótica. A língua latina não apresenta a riqueza, a harmonia e a flexibilidade da língua grega. É precisa, grave, majestosa. Língua própria para sentenças breves, leis, ordens. Não é própria para poesia.  (Créditos do texto: José Cretella Júnior/ Mapa abaixo da Itália antiga)


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

O Jardim

Cada olhar, cada face, 
representa um botão na árvore divina, 
é verdade que os espinhos poderão 
estar ao longo dos ramos da vida, 
sua origem ocorre por algumas escolhas que fazemos, 
mas há também o desabrochar dos botões,
 ...as suas peculiares fragrâncias, 
que em seu conjunto atraem o beija-flor, 
o que ocorre em função de outras escolhas que fazemos.

E assim, as sementes serão levadas para outros lugares. 
O conjunto de todas as flores, 
em todos os lugares
gera uma nova fragrância, 
que não pode ser alcançada por nossos sentidos, 
e as sementes que daí surgirão 
tão pouco estão ao nosso alcance. 

(Escorpião)




segunda-feira, 20 de abril de 2015

Já não sei

Livre, caindo no abismo, 
sem ter em nada pra se apoiar,
Nem no tempo pensar,
A magia do momento,
preenche todo o espaço,
do agora estar,
já não sei se sou eu
ou se estou em ti,
Nem quero mais acordar.


(2011-Escorpião)


domingo, 19 de abril de 2015

A magia de um momento de amor

Aos momentos mágicos da vida! 
Em que nos fundimos em energia 
e nos pulverizamos em nós mesmos 
através de um terno olhar. 

Aos quais o abraço nos faz decolar 
e perceber que há muito mais 
em nós mesmos do que possamos experimentar. 

Momentos em que um sorriso 
encanta toda a vida 
e nos faz levitar. 

Encontros que ocorrem muito além 
do que podemos enxergar. 

A vida é realmente surpreendente, 
nos trazendo em energia o frescor 
da brisa do mar pela manhã, 
num encontro perfeito 
em que o amor nos eleva 
e flui pelo ar.

(Abril/2011 - Escorpião)




sexta-feira, 17 de abril de 2015

Você em mim

Dizer coisas de mim pra você, 
é olhar para mim e para o que faço 
e perceber que tudo está inspirado em ti;
Olhar para dentro de mim 
e procurar o trabalho que fiz, 
é perceber que o suor que escorre 
tem o teu cheiro;
Buscar pela memória, 
pequenos fragmentos de meu dia, 
que me trazem Paz, 

é visualizar o teu sorriso;

Sentir a emoção do dia
 
para compartilhar contigo 
é perceber que me perdi nela 
e apenas sinto você.


(Escorpião)




quarta-feira, 18 de março de 2015

Chegamos em 2015 e a economia resultou no que se previa !

ANO....PIB(R$)....DÍVIDA PÚBLICA (R$)........AMORT/JUROS/D+(R$).....RES. PRIM(R$)                       .........................INTERNA....EXTERNA....TOTAL.........................................................................
2012...4,4TRI...1,91TRI .....91,2BI ...2,00 TRI..618,88BI/134,53BI....88,5 BI (2,01% DO PIB)..
2013...4,84TRI.1,95TRI ..160,28BI ..2,12 TRI ..784,40BI/249BI........77,0 BI (1,60% DO PIB)..
2014...5,07TRI*.................................3,31*  TRI...................................-32,5 BI(-0,64% DO PIB)..

*Estimado

Em meio a escandalos de corrupção e a consequente crise política que alimenta a crise economica e vice-versa, o esforço da equipe econômica, além de corrigir a rota da economia com a volta às bases macroeconômicas, abandonadas na gestão anterior, as quais garantem a estabilidade econômica, é tomar medidas que visem evitar que o Brasil perca o grau de investimento para investidores externos, o que impacta diretamente no custo do refinanciamento da dívida pública junto às entidades internacionais, ou seja, aos juros cobrados, já que às vésperas de uma recessão o resultado primário tem sido de deficit, e é deste montante que se tira o dinheiro para pagar parte dos juros, rolando a dívida da diferença não paga.

A Reserva Internacional* do Brasil em Dez/14 era US$363,551 (Milhões), enquanto a chinesa: US$3,887,700 (Milhões), e EUA: US$133,639 (Milhões); As reservas oficiais compreendem os seguintes ativos: depósitos, títulos, ouro, Direitos Especiais de Saque (DES), outros haveres em moeda estrangeira e a posição de reserva no FMI (Banco Central).

Obs.:
Em um regime de câmbio fixo, as reservas permitem que o banco central compre a moeda local emitida, negociando os seus ativos em moeda estrangeira. As reservas dão aos bancos centrais um meio adicional para estabilizar a emissão de moeda, para minimizar volatilidade, e para proteger o sistema monetário de choques, como os que ocorrem quando especuladores compram e vendem moeda em um espaço curto de tempo. Grandes reservas são quase sempre um sinal de que o país detentor é capaz de suportar turbulências econômicas. Um nível baixo ou em queda pode ser um indicativo de que uma corrida bancária contra a moeda local é iminente ou de que um "calote" é provável, configurando uma crise monetária.
Os bancos centrais muitas vezes defendem que a manutenção de grandes reservas resulta num seguro contra crise. Isto é verdade até o momento em que o banco central pode manter a sua moeda através da venda das reservas. (Esta prática é considerada como uma manipulação do mercado de câmbio. Muitos bancos centrais utilizaram-se deste expediente desde o colapso do sistema de Bretton Woods. Em algumas poucas vezes, alguns bancos centrais cooperaram para tentar manipular taxas de câmbio de forma coordenada. Não é claro o quanto esta prática é eficiente.) Além disso, a manutenção de grandes reservas não significa necessariamente uma proteção contra a inflação, já que a política de grandes compras de moeda estrangeira para manter a moeda local barata pode iniciar ou alimentar um processo inflacionário.

O ministro brasileiro Joaquim Levy ao assumir a Fazenda avisou que não gastaria as reservas para interferir na taxa de câmbio. Isso sinaliza uma série de ajustes** para a retomada das bases macroeconômicas: Câmbio flutuante, Metas de inflação e Responsabilidade Fiscal (governo gastar menos do que arrecada).

**Aumento da carga tributária, reajuste dos combustíveis, reajuste da passagem do transporte público, reajuste da conta de energia elétrica ;

Variáveis que precisa considerar para ajustar a economia:  Juros básicos da economia: 12,75%a.a.; Inflação: 7,70%a.a. crescendo; Dólar americano: R$3,10; Pouca produtividade das empresas; Desemprego crescente; Crise Política (Petrolão, Políticos ligados ao governo envolvidos em corrupção, queda de braço do Congresso com Palácio do Planalto).

O rebaixamento do grau de investimento da Petrobrás para estrangeiros repercute mal para a economia brasileira como um todo, sobretudo para os investidores de fora, no entanto, ainda existem outras agências de análise de risco, além da Moody's, a avaliar. A missão da equipe econômica é corrigir o estrago da gestão anterior antes que isso possa comprometer e rebaixar também o grau de investimento no Brasil, o que com a estagnação da produtividade poderia jogar por terra todo o avanço conquistado desde a implantação do plano Real para diminuir a diferença entre os mais pobres e os mais ricos do país, mesmo em meio a um mar de lama .

Por outro lado, se  temos interesse em compreender como uma das bases macroeconômicas de estabilização da economia funciona, o "câmbio flutuante", este é um bom momento. Embora a presidenta não admita publicamente que a gestão econômica anterior foi um desastre, e que teve que mudar o ministro para conseguir tentar colocar a economia nos trilhos, o que de certa forma tem a vantagem de não ter os petistas atacando a equipe econômica por ter adotado medidas "neo-liberais" para resolver o problema, como fariam se a oposição tivesse ganho as eleições, já que a própria presidenta é do PT, ela errou e errou feio, tentando adotar medidas ligadas à ideologias ultrapassadas de interferência do estado na economia. A desvalorização atual do Real chega a 22,39% no mercado à vista de câmbio mas, não obstante, o mundo todo esteja sofrendo com a desvalorização de suas moedas, em função da percepção dos mercados da iminente elevação dos juros pelo banco Central americano (FED), o que deve deslocar parte de investidores especuladores para o mercado financeiro de lá, no Brasil a situação se agravou em função da crise política produzida pela operação Lava Jato, que pode por em risco o próprio processo de ajuste da economia. Sendo assim, dentro destes 22,39% de desvalorização do Real detecta-se que embora a moeda americana devesse realmente valorizar em função da expectativa natural de elevação das taxas de juros americanas, há muita espuma na valorização, dada a especuladores que tendem a puxar o valor do dólar para cima, aproveitando-se da crise com interesse em ganhos financeiros. Assim, o Banco Central não intervém, ou seja, deixa de vender as reservas internacionais para manter a cotação, o que faz através das operações conhecidas como Swaps (venda de dólares no mercado futuro), e deixa o câmbio flutuar, porque percebe que há boa parte da valorização da moeda americana, por especulação financeira. Para perceber como há especulação, basta observar o valor em Reais da moeda americana "em termos reais" na escalada ocorrida no segundo semestre de 2002. Em valores de hoje, corrigidos pelo IPCA, o dólar em Outubro/2002 valeria mais de R$8,00 e mesmo considerando o câmbio real, considerando os 15 principais parceiros comerciais, percebe-se que está longe deste pico de 2002. No Brasil o pico chegou a R$3,28; Assim, fica visível que o governo deixa o câmbio flutuar, compreendendo que há muita especulação e espaço para a flutuação ir e vir. E percebe-se também que não trata-se de medida "Neo-Liberal", como rotulam os petistas quando é a oposição que as adota, mas de medidas necessárias a serem implementadas na economia dado o avanço da ciência econômica mundial.

Onde tudo isso se reflete?

Além de contribuir com o comércio nacional, as empresas instaladas no Brasil, contribuem também para o comércio internacional, cujo resultado é demonstrado através das contas externas do país, chamadas de Transações correntes*, que no ano de 2014 totalizaram um déficit de US$90,9 Bi. Um déficit em conta corrente pode ser saudável, quando é moderado e resulta de uma expansão dos investimentos do país. Nesse caso a captação de recurso externo para financiar o déficit complementa a poupança interna (superavit primário), facilitando as aplicações de capital em máquinas, equipamentos, construções industriais e obras de infraestrutura. Quando este processo é bem conduzido por um governo, o resultado é uma aceleração do crescimento econômico e da renda per capita. Porém, no Brasil, o déficit em conta corrente nos últimos anos, tem resultado basicamente da expansão do consumo privado e dos custos de operação do governo. Este déficit acaba sendo financiado pelos investimentos diretos de estrangeiros (empresas, etc) e quando estes não são suficientes para cobrir o rombo, apela-se para cobri-lo com os capitais de investidores especulativos (capital atraído para investimento financeiro, que tem um forte risco de sair do país a qualquer momento, ao sabor da melhor taxa de retorno de um país qualquer no mundo). Na prática, podemos observar o seguinte: em 2013 o investimento direto no Brasil chegou a US$64,04 Bi enquanto o deficit em conta corrente foi de US$81,11 Bi, a diferença : US$ 17,7 Bi, foi coberta com capital especulativo e empréstimos buscados no exterior. Considerando-se a retração da economia, especialistas estimaram para 2015 um investimento direto de US$65 Bi e um déficit de US$ 83,5 Bi, e portanto, novamente o Brasil precisará de capital especulativo para a conta fechar. Aqui é que entra a tranquilidade de se ter as reservas internacionais, atualmente em US$370 (bi), pois em caso de pane geral com o capital especulativo, este recurso poderá ser utilizado (é como uma poupança do país). A administração destas contas externas e o resultado deficitário crescente, no caso do Brasil, reflete o excesso de consumo e de gastança pública improdutiva, pelo menos até Dez/14, e sua expansão é um indício de vulnerabilidade crescente da economia nacional, por isso a necessidade de ajustes na economia à cargo do novo ministro da Fazenda. PORQUE REFLETE O EXCESSO DE GASTANÇA PÚBLICA? Porque a produção de máquinas e equipamentos no país tem diminuído, assim como a importação (retração do investimento empresarial) e como o investimento público avança muito devagar, sobretudo agora com o escândalo do Petrolão, que vai gerar uma paradeira em efeito dominó de empresas, a formação de capital físico no Brasil se mantém inferior à necessária para ampliar o potencial de crescimento e mesmo assim o governo gasta como se não houvesse amanhã (é como se toda poupança que fizemos até agora só servisse para cobrir ou dar garantia de cobrir o rombo do déficit mensal e anual de nossa empresa, e portanto, sem possibilidade de investir em nosso crescimento, e continuássemos a gastar à revelia ); E PORQUE A ECONOMIA DO PAÍS FICA VULNERÁVEL? Porque quanto maior a necessidade de buscar dinheiro especulativo de investidores financeiros (que podem sair a qualquer momento do país) para cobrir o rombo da conta corrente, mais a economia do país fica com o risco de queimar reservas, quando este dinheiro especulativo sair. Com a iminência da elevação da tx básica de juros pelo banco Central americano (FED), a taxa de retorno dos investimentos financeiros americanos se tornarão mais atrativos, o que pode estimular uma debandada dos investimentos especulativos em países com risco de retorno do investimento, como o Brasil está se tornando.

* As transações correntes ou, simplesmente, a conta corrente, englobam as trocas de bens e serviços do país com o exterior. Seu primeiro item é a Balança Comercial, formada por exportações e importações de produtos físicos (mercadorias); O segundo item é formado pela balança de serviços (Como viagens, transportes e aluguel de equipamentos) e de rendas (como juros, lucros e dividendos)= conta tradicionalmente deficitária. O terceiro componente é formado pelas transferências unilaterais, como remessas de trabalhadores no exterior e dinheiro enviado a estudantes=Conta normalmente superavitária. Entre 2003 e 2007, a soma do superávit comercial com o pequeno saldo das transferências cobriu com folga o déficit de serviços e rendas. Isso havia ocorrido também desde a segunda metade dos anos 80 até 1994. Entre 2008 e 2012, o investimento estrangeiro direto, o capital estrangeiro mais produtivo e menos sujeito a súbitas mudanças de direção, foi mais que suficiente para cobrir o buraco da conta corrente. O problema começou de 2013 para frente, com uma má gestão econômica, que iniciou a retração da economia com a perda do tripé macroeconômico, estimulando o crédito sem investimento em infraestrutura, redução da carga tributária, etc... para fomentar o crescimento sustentável. Erro que atualmente o governo cinicamente atribui à "problemas externos" , quando no mesmo período, países emergentes cresceram, com a manutenção da inflação e desemprego baixos.

Portanto

Deficit ou Superavit fiscal(CONTA INTERNA) é a diferença entre tudo o que o governo Federal, incluído: Estadual e municipal, arrecada em impostos e o que gasta. Diz-se primário quando operacional, ou seja, antes dos encargos financeiros que são embutidos no conjunto das despesas e receitas; é o reflexo que mostra se o resultado do governo com suas políticas e ações no ano, foi positivo, no sentido de crescimento e prosperidade, e consequentemente de investimento na infraestrutura e no social, ou não. #(Brasil=>2014: - R$32 Bi =DÉFICIT)# (Coberto com rolagem da dívida em forma de Títulos) => GERA A DÍVIDA INTERNA (com bancos no país).

Déficit ou Superávit comercial ou em conta corrente (CONTAS EXTERNAS) é a diferença entre o que saiu e o que entrou no país via comércio internacional, o cálculo do resultado em conta corrente considera o resultado da balança comercial, da balança de serviços e de transferências unilaterais. Se a soma das despesas nesses três itens for superior à entrada de divisas, temos déficit em conta corrente. #(Brasil=> 2014: -US$ 90,9 Bi=DÉFICIT)# (Coberto com investimentos diretos, ou seja, produtivos + investimentos financeiros, ou seja, capital especulativo + busca de empréstimos no exterior do que faltar) => GERA A DÍVIDA EXTERNA (com bancos ou instituições que estão fora do país).
PERGUNTE-SE FINALMENTE: -QUEM PAGA ESTES EMPRÉSTIMOS E TODO ESTE JURO, QUE SÓ CRESCE ,COM A ELEVADA TAXA DE JUROS BÁSICOS, PARA MANTER A INFLAÇÃO? Ora se o governo paga suas dívidas através do que arrecada com os impostos, quem paga somos todos nós brasileiros!!!!

sábado, 7 de março de 2015

A transformação subjetiva

A gente vive a maior parte do tempo da vida, em função do social, porém cada vez mais cedo ficamos aptos a "observar diretamente". O referencial vigente alimentou a necessidade de um processo progressivo ao longo da vida até podermos "expandir" a consciência. O processo da vida talvez não se altere, mas vamos cada vez mais vivê-lo conscientes e antecipando a "transcendência" do pensamento. O que é captado pelos sentidos e projetado na mente assemelha-se ao filme projetado pela lente na tela da sala do cinema, pois ao eliminar-se a lente de projeção, tanto num quanto noutro, só restará a tela inerte. E isto não significa simplesmente viver a partir de uma mente vazia. A lente subjetiva que projeta a história é formada pelo conjunto de condicionamentos aos quais somos submetidos desde a infância (assim como a lente do cinema projeta uma sequência organizada de slides que produz o filme), e dos quais em síntese atualizamos os nossos referenciais, através do pensamento sobre as experiências que vivemos. Portanto, o que o ser humano sente, pensa, diz ou faz não tem valor intrínseco em si mesmo, mas recebe o valor ou o desvalor em função daquilo que é consciente, ou seja, em função da lente pela qual observa (0001 ou 1000). No entanto, na experiência em si, através dos cinco sentidos, o ser humano não encontra um divisor entre um eu interior e o meio ambiente, como algo externo a si mesmo, a não ser pelo pensamento projetado como um reflexo do que apenas é. Experimente! Ao ouvir um som, procure ater-se apenas à música. Observe: -Há alguma divisa entre a música que ouve e quem ouve? Atenha-se apenas a experiência em si, não pense sobre! Consegue dizer até onde vai quem escuta e a música? Isto demonstra que somos a própria música, enquanto experiência, ou seja que somos a própria experiência. Mas e a lente? Ora, o oceano procuraria água? Se sou a experiência e esta sabe de si mesma porque procuraria um "eu interior" para traduzir a experiência? Isso indica que o "eu interior", ...a "lente", é apenas pensamento, e que Ser é viver a experiência, ... o fluxo natural da vida em si.

A verdade dele, a verdade dela! Cada um vive a sua realidade subjetivamente, e mesmo alguém apontando com palavras para uma "verdade", não salvará ninguém, afinal cada um, se aprimora da avaliação entre o parco reflexo que enxerga de si na tela mental e o resultado do que experiencia na vivência. Mesmo quem apenas é, precisa ou precisou desta auto-avaliação para deixar de viver alienado. Quanto à verdade em si, não se pode saber quem de fato a vive, pois cada um segundo o seu próprio referencial estará certo. Sendo que vive e usufrui a sua subjetividade. E se nesta subjetividade ao observar, for sentido no coração um ímpeto à mudança, é isto que importa. Assim, a consciência da alienação e suas ramificações pode no silêncio de Ser ajudar subjetivamente a transcende-la. O pensamento é mutável e flutua entre medos e desejos que brotam quando olho para frente e medos e desejos mal resolvidos 'ou não' que brotam ao olhar para trás. Quanto mais consciente de que o que vi atrás se liga com o que vejo na frente e portanto é UM. Mais posso agir de outra forma no presente (no silêncio da consciência de Ser) e alterar tanto o que ficou atrás quanto o que virá a frente.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Conto Zen: Nem água, nem Lua



Por anos e anos,
a monja Chiyono estudou
sem conseguir integralizar o absoluto.
Uma noite,
estava ela a carregar
um velho pote cheio de água.
Enquanto caminhava,
ia observando a lua cheia
refletida na água do pote.
De repente,
as tiras do bambu
que seguravam o pote inteiro
partiram-se
e o pote despedaçou-se.
A água escorreu,
o reflexo da lua desapareceu-
e Chiyonno integralizou-se.
Ela escreveu estes versos:
"De um modo ou de outro
tentei segurar o pote inteiro,
esperando que o frágil bambu
nunca se partisse.
De repente, o fundo caiu.
Não havia mais água;
Nem mais lua na água-
o vazio em minhas mãos."
(Fonte: Livro Nem água, nem lua - Osho)