ANO....PIB(R$)....DÍVIDA PÚBLICA (R$)........AMORT/JUROS/D+(R$).....RES. PRIM(R$) .........................INTERNA....EXTERNA....TOTAL.........................................................................
2012...4,4TRI...1,91TRI .....91,2BI ...2,00 TRI..618,88BI/134,53BI....88,5 BI (2,01% DO PIB)..
2013...4,84TRI.1,95TRI ..160,28BI ..2,12 TRI ..784,40BI/249BI........77,0 BI (1,60% DO PIB)..
2014...5,07TRI*.................................3,31* TRI...................................-32,5 BI(-0,64% DO PIB)..
*Estimado
Em meio a escandalos de corrupção e a consequente crise política que alimenta a crise economica e vice-versa, o esforço da equipe econômica, além de corrigir a rota da economia com a volta às bases macroeconômicas, abandonadas na gestão anterior, as quais garantem a estabilidade econômica, é tomar medidas que visem evitar que o Brasil perca o grau de investimento para investidores externos, o que impacta diretamente no custo do refinanciamento da dívida pública junto às entidades internacionais, ou seja, aos juros cobrados, já que às vésperas de uma recessão o resultado primário tem sido de deficit, e é deste montante que se tira o dinheiro para pagar parte dos juros, rolando a dívida da diferença não paga.
A Reserva Internacional* do Brasil em Dez/14 era US$363,551 (Milhões), enquanto a chinesa: US$3,887,700 (Milhões), e EUA: US$133,639 (Milhões); As reservas oficiais compreendem os seguintes ativos: depósitos, títulos, ouro, Direitos Especiais de Saque (DES), outros haveres em moeda estrangeira e a posição de reserva no FMI (Banco Central).
Obs.:
Em um regime de câmbio fixo, as reservas permitem que o banco central compre a moeda local emitida, negociando os seus ativos em moeda estrangeira. As reservas dão aos bancos centrais um meio adicional para estabilizar a emissão de moeda, para minimizar volatilidade, e para proteger o sistema monetário de choques, como os que ocorrem quando especuladores compram e vendem moeda em um espaço curto de tempo. Grandes reservas são quase sempre um sinal de que o país detentor é capaz de suportar turbulências econômicas. Um nível baixo ou em queda pode ser um indicativo de que uma corrida bancária contra a moeda local é iminente ou de que um "calote" é provável, configurando uma crise monetária.
Os bancos centrais muitas vezes defendem que a manutenção de grandes reservas resulta num seguro contra crise. Isto é verdade até o momento em que o banco central pode manter a sua moeda através da venda das reservas. (Esta prática é considerada como uma manipulação do mercado de câmbio. Muitos bancos centrais utilizaram-se deste expediente desde o colapso do sistema de Bretton Woods. Em algumas poucas vezes, alguns bancos centrais cooperaram para tentar manipular taxas de câmbio de forma coordenada. Não é claro o quanto esta prática é eficiente.) Além disso, a manutenção de grandes reservas não significa necessariamente uma proteção contra a inflação, já que a política de grandes compras de moeda estrangeira para manter a moeda local barata pode iniciar ou alimentar um processo inflacionário.
O ministro brasileiro Joaquim Levy ao assumir a Fazenda avisou que não gastaria as reservas para interferir na taxa de câmbio. Isso sinaliza uma série de ajustes** para a retomada das bases macroeconômicas: Câmbio flutuante, Metas de inflação e Responsabilidade Fiscal (governo gastar menos do que arrecada).
**Aumento da carga tributária, reajuste dos combustíveis, reajuste da passagem do transporte público, reajuste da conta de energia elétrica ;
Variáveis que precisa considerar para ajustar a economia: Juros básicos da economia: 12,75%a.a.; Inflação: 7,70%a.a. crescendo; Dólar americano: R$3,10; Pouca produtividade das empresas; Desemprego crescente; Crise Política (Petrolão, Políticos ligados ao governo envolvidos em corrupção, queda de braço do Congresso com Palácio do Planalto).
O rebaixamento do grau de investimento da Petrobrás para estrangeiros repercute mal para a economia brasileira como um todo, sobretudo para os investidores de fora, no entanto, ainda existem outras agências de análise de risco, além da Moody's, a avaliar. A missão da equipe econômica é corrigir o estrago da gestão anterior antes que isso possa comprometer e rebaixar também o grau de investimento no Brasil, o que com a estagnação da produtividade poderia jogar por terra todo o avanço conquistado desde a implantação do plano Real para diminuir a diferença entre os mais pobres e os mais ricos do país, mesmo em meio a um mar de lama .
Por outro lado, se temos interesse em compreender como uma das bases macroeconômicas de estabilização da economia funciona, o "câmbio flutuante", este é um bom momento. Embora a presidenta não admita publicamente que a gestão econômica anterior foi um desastre, e que teve que mudar o ministro para conseguir tentar colocar a economia nos trilhos, o que de certa forma tem a vantagem de não ter os petistas atacando a equipe econômica por ter adotado medidas "neo-liberais" para resolver o problema, como fariam se a oposição tivesse ganho as eleições, já que a própria presidenta é do PT, ela errou e errou feio, tentando adotar medidas ligadas à ideologias ultrapassadas de interferência do estado na economia. A desvalorização atual do Real chega a 22,39% no mercado à vista de câmbio mas, não obstante, o mundo todo esteja sofrendo com a desvalorização de suas moedas, em função da percepção dos mercados da iminente elevação dos juros pelo banco Central americano (FED), o que deve deslocar parte de investidores especuladores para o mercado financeiro de lá, no Brasil a situação se agravou em função da crise política produzida pela operação Lava Jato, que pode por em risco o próprio processo de ajuste da economia. Sendo assim, dentro destes 22,39% de desvalorização do Real detecta-se que embora a moeda americana devesse realmente valorizar em função da expectativa natural de elevação das taxas de juros americanas, há muita espuma na valorização, dada a especuladores que tendem a puxar o valor do dólar para cima, aproveitando-se da crise com interesse em ganhos financeiros. Assim, o Banco Central não intervém, ou seja, deixa de vender as reservas internacionais para manter a cotação, o que faz através das operações conhecidas como Swaps (venda de dólares no mercado futuro), e deixa o câmbio flutuar, porque percebe que há boa parte da valorização da moeda americana, por especulação financeira. Para perceber como há especulação, basta observar o valor em Reais da moeda americana "em termos reais" na escalada ocorrida no segundo semestre de 2002. Em valores de hoje, corrigidos pelo IPCA, o dólar em Outubro/2002 valeria mais de R$8,00 e mesmo considerando o câmbio real, considerando os 15 principais parceiros comerciais, percebe-se que está longe deste pico de 2002. No Brasil o pico chegou a R$3,28; Assim, fica visível que o governo deixa o câmbio flutuar, compreendendo que há muita especulação e espaço para a flutuação ir e vir. E percebe-se também que não trata-se de medida "Neo-Liberal", como rotulam os petistas quando é a oposição que as adota, mas de medidas necessárias a serem implementadas na economia dado o avanço da ciência econômica mundial.
Onde tudo isso se reflete?
Além de contribuir com o comércio nacional, as empresas instaladas no Brasil, contribuem também para o comércio internacional, cujo resultado é demonstrado através das contas externas do país, chamadas de Transações correntes*, que no ano de 2014 totalizaram um déficit de US$90,9 Bi. Um déficit em conta corrente pode ser saudável, quando é moderado e resulta de uma expansão dos investimentos do país. Nesse caso a captação de recurso externo para financiar o déficit complementa a poupança interna (superavit primário), facilitando as aplicações de capital em máquinas, equipamentos, construções industriais e obras de infraestrutura. Quando este processo é bem conduzido por um governo, o resultado é uma aceleração do crescimento econômico e da renda per capita. Porém, no Brasil, o déficit em conta corrente nos últimos anos, tem resultado basicamente da expansão do consumo privado e dos custos de operação do governo. Este déficit acaba sendo financiado pelos investimentos diretos de estrangeiros (empresas, etc) e quando estes não são suficientes para cobrir o rombo, apela-se para cobri-lo com os capitais de investidores especulativos (capital atraído para investimento financeiro, que tem um forte risco de sair do país a qualquer momento, ao sabor da melhor taxa de retorno de um país qualquer no mundo). Na prática, podemos observar o seguinte: em 2013 o investimento direto no Brasil chegou a US$64,04 Bi enquanto o deficit em conta corrente foi de US$81,11 Bi, a diferença : US$ 17,7 Bi, foi coberta com capital especulativo e empréstimos buscados no exterior. Considerando-se a retração da economia, especialistas estimaram para 2015 um investimento direto de US$65 Bi e um déficit de US$ 83,5 Bi, e portanto, novamente o Brasil precisará de capital especulativo para a conta fechar. Aqui é que entra a tranquilidade de se ter as reservas internacionais, atualmente em US$370 (bi), pois em caso de pane geral com o capital especulativo, este recurso poderá ser utilizado (é como uma poupança do país). A administração destas contas externas e o resultado deficitário crescente, no caso do Brasil, reflete o excesso de consumo e de gastança pública improdutiva, pelo menos até Dez/14, e sua expansão é um indício de vulnerabilidade crescente da economia nacional, por isso a necessidade de ajustes na economia à cargo do novo ministro da Fazenda. PORQUE REFLETE O EXCESSO DE GASTANÇA PÚBLICA? Porque a produção de máquinas e equipamentos no país tem diminuído, assim como a importação (retração do investimento empresarial) e como o investimento público avança muito devagar, sobretudo agora com o escândalo do Petrolão, que vai gerar uma paradeira em efeito dominó de empresas, a formação de capital físico no Brasil se mantém inferior à necessária para ampliar o potencial de crescimento e mesmo assim o governo gasta como se não houvesse amanhã (é como se toda poupança que fizemos até agora só servisse para cobrir ou dar garantia de cobrir o rombo do déficit mensal e anual de nossa empresa, e portanto, sem possibilidade de investir em nosso crescimento, e continuássemos a gastar à revelia ); E PORQUE A ECONOMIA DO PAÍS FICA VULNERÁVEL? Porque quanto maior a necessidade de buscar dinheiro especulativo de investidores financeiros (que podem sair a qualquer momento do país) para cobrir o rombo da conta corrente, mais a economia do país fica com o risco de queimar reservas, quando este dinheiro especulativo sair. Com a iminência da elevação da tx básica de juros pelo banco Central americano (FED), a taxa de retorno dos investimentos financeiros americanos se tornarão mais atrativos, o que pode estimular uma debandada dos investimentos especulativos em países com risco de retorno do investimento, como o Brasil está se tornando.
* As transações correntes ou, simplesmente, a conta corrente, englobam as trocas de bens e serviços do país com o exterior. Seu primeiro item é a Balança Comercial, formada por exportações e importações de produtos físicos (mercadorias); O segundo item é formado pela balança de serviços (Como viagens, transportes e aluguel de equipamentos) e de rendas (como juros, lucros e dividendos)= conta tradicionalmente deficitária. O terceiro componente é formado pelas transferências unilaterais, como remessas de trabalhadores no exterior e dinheiro enviado a estudantes=Conta normalmente superavitária. Entre 2003 e 2007, a soma do superávit comercial com o pequeno saldo das transferências cobriu com folga o déficit de serviços e rendas. Isso havia ocorrido também desde a segunda metade dos anos 80 até 1994. Entre 2008 e 2012, o investimento estrangeiro direto, o capital estrangeiro mais produtivo e menos sujeito a súbitas mudanças de direção, foi mais que suficiente para cobrir o buraco da conta corrente. O problema começou de 2013 para frente, com uma má gestão econômica, que iniciou a retração da economia com a perda do tripé macroeconômico, estimulando o crédito sem investimento em infraestrutura, redução da carga tributária, etc... para fomentar o crescimento sustentável. Erro que atualmente o governo cinicamente atribui à "problemas externos" , quando no mesmo período, países emergentes cresceram, com a manutenção da inflação e desemprego baixos.
Portanto
Deficit ou Superavit fiscal(CONTA INTERNA) é a diferença entre tudo o que o governo Federal, incluído: Estadual e municipal, arrecada em impostos e o que gasta. Diz-se primário quando operacional, ou seja, antes dos encargos financeiros que são embutidos no conjunto das despesas e receitas; é o reflexo que mostra se o resultado do governo com suas políticas e ações no ano, foi positivo, no sentido de crescimento e prosperidade, e consequentemente de investimento na infraestrutura e no social, ou não. #(Brasil=>2014: - R$32 Bi =DÉFICIT)# (Coberto com rolagem da dívida em forma de Títulos) => GERA A DÍVIDA INTERNA (com bancos no país).
Déficit ou Superávit comercial ou em conta corrente (CONTAS EXTERNAS) é a diferença entre o que saiu e o que entrou no país via comércio internacional, o cálculo do resultado em conta corrente considera o resultado da balança comercial, da balança de serviços e de transferências unilaterais. Se a soma das despesas nesses três itens for superior à entrada de divisas, temos déficit em conta corrente. #(Brasil=> 2014: -US$ 90,9 Bi=DÉFICIT)# (Coberto com investimentos diretos, ou seja, produtivos + investimentos financeiros, ou seja, capital especulativo + busca de empréstimos no exterior do que faltar) => GERA A DÍVIDA EXTERNA (com bancos ou instituições que estão fora do país).
PERGUNTE-SE FINALMENTE: -QUEM PAGA ESTES EMPRÉSTIMOS E TODO ESTE JURO, QUE SÓ CRESCE ,COM A ELEVADA TAXA DE JUROS BÁSICOS, PARA MANTER A INFLAÇÃO? Ora se o governo paga suas dívidas através do que arrecada com os impostos, quem paga somos todos nós brasileiros!!!!