Se a Bretanha, hoje na França, e a Gália, povos que originaram os Celtas, cultuou o Sol, através do druidismo de 300 a.C. até cerca de 50 d.C. culto que sobreviveu ainda por um bom tempo em paralelo ao Cristianismo primitivo, vindo a sucumbir com a ascensão do império romano; Mileto, colônia Jônia do tempo de ascensão dos gregos, importante região comercial fundada em 1070 a.C., hoje uma região da Turquia, influenciada naquela época pelo culto inerente das tradições da região, sobretudo do Egito, com quem mantinha comércio por ser uma próspera produtora de lã, já cultuava o Sol, dentre outros cultos; Mas foi no século 7, por volta do ano 600 a.C. quando nascia a primeira escola filosófica, que resolveu racionalizar o "porque" desta crença, que seguiria ainda com o povo Persa, por quem fora conquistada por volta de 494 a.C. com Dario I. A ideia de haver uma substância primordial no universo que explicasse tudo, inclusive a si mesmo, sempre atraiu o homem, mas com o desenvolvimento das ciências e sobretudo da matemática, que procurava criar um conjunto de medidas para comparação e grandezas para o corpo do universo, o cosmos pela física seria visto como algo incriado e eterno, existindo agora mas de forma sempre igual, com um conjunto de leis e efeitos, porém sendo infinito. Por outro lado, pela metafísica e teologia o cosmos não seria explicado apenas por este conjunto de comparações de grandezas expresso pela matemática e sim também como algo eterno mas ao mesmo tempo criador. Sua análise, portanto, deveria se basear também na constatação das leis universais como reflexo da causa original, repercutindo no tempo futuro da própria criação. Assim, homem e essência divina vivendo em "tempos" diferentes, haja vista a mutabilidade da vida humana que se desenrola indefinidamente com contornos de evolução no aprimoramento da perfeição física e que podem ser medidos pela matemática, em contra ponto à criação e recriação de diversos fenômenos aparentemente inexistentes ou não perceptíveis à vista humana comum, o que aparenta estagnação e imutabilidade na variável tempo do cosmos, representaria que a criação é o espelho do próprio criador, pressupondo a presença de uma inteligência universal como substância básica da vida e da forma, chamada pelos filósofos deístas de "Deus". Sendo assim, incriado e criador simultaneamente, o universo só poderia ser explicado como o poeta e o próprio poema ao mesmo tempo.
Nesse contexto, os filósofos da antiguidade, sobretudo, a partir da ascensão grega, passaram a se debruçar sobre a questão de explicar qual o princípio que sustenta o palco da vida e o Ser inerente ao homem; Qual seria o "substrato primordial", que alimenta a unidade fundamental que subjaz os seres , lei segundo a qual tudo é uno em essência na sua multiplicidade de formas, plural, sem, no entanto, haver descontinuidade singular entre o visível e o invisível ?! Se fosse possível compreender isso, seria possível compreender a essência de tudo e de todos, assim, sem saber onde estaria esta "coisa" que deu origem a tudo, passaram a considerar que esta deveria estar, de certa forma, presente no mundo criado, iniciando-se assim a busca filosófica sobre "o que seria a origem primordial", encarnada nos quatro elementos básicos da natureza: Terra, Água, Fogo e Ar. Qual deles seria o elemento original? O estudo a cerca dos primeiros elementos naturais num nível fisiológico ocorreu no período pré Socrático, na escola Jônia, entre os séculos VI e V a.C. num sistema de boca / ouvido, mestre e discípulo, desenvolvendo-se inicialmente em Mileto. Tales, mais acadêmico, iria considerar inicialmente o elemento água, por sua observação sobre o que havia à sua volta. No entanto, posteriormente, foi Heráclito quem atribuiu ao fogo a origem de todas as coisas! Através do fogo cósmico ou primordial, "energia da vida", do qual o estado elemental é apenas a expressão mais densa e visível do elemento, explicava Heráclito, ocorre a oposição dos contrários pelo qual o ser é gerado e integrado novamente no seio do oceano eterno. Assim, seria como fogo que o espírito surgiria na terra como matéria e através dele reconduziria-se à espiritualidade, funcionando como agente universal responsável pela manifestação da vida. Em essência, se referia ao mesmo fogo, como Ágni ou Fogo sagrado e divino progenitor do Cosmos, como já afirmavam os Vedas, escrituras sagradas do Oriente, na qual se fundamenta a unidade na multiplicidade cósmica, dando razão e coerência à sua coexistência mútua. Portanto, afirmava que só percorrendo a via do fogo sublimador é que se poderia conseguir atingir a unidade primordial, o princípio primordial de tudo e de todas as coisas, por tratar-se de progredir na compreensão do que seja a intimidade da energia vital , manifestada como luz, calor e chama. Caminho que iria da consciência humana à consciência divina! Assim, a Ciência acadêmica, a partir de Tales, assume a água como geradora da vida física e a Tradição iniciática assume o Fogo como gerador da água pelo vento e a terra , gerando a umidade que se cristaliza como líquido, ou seja, como gerador da vida imanente e transcendente, o invisível "ignis vitae".
Em essência, portanto, vale destacar, o fogo considerado como elemento primordial seria o mesmo : Vayu, Suria, e Fohat encontrado nas escrituras Védicas, onde a maioria dos filósofos clássicos greco-latinos utilizaram para inspiração, desde Pitágoras á Platão. Mas considerando que todo efeito tem uma causa, o que seria a origem de todas as origens, o princípio de tudo? Considerando como tal , algo primordial, sem princípio nem fim, que transcenda o tempo, não sustentado por nada porque sustenta a si mesmo, sem causa por ser sua própria causa - "a causa per si"... A isto seria dado o nome de "substância primordial", o que se pode notar em várias tradições, que adotavam este princípio, com nomes diferentes: o absoluto, .. o tudo-nada... uma substância plena que abarca tudo!
Ora, os sistemas solares e toda a substância que os constitui, nada mais são do que a condensação ou materialização da substância primordial, que está na origem de todas as manifestações, sejam elas de caráter físico, emocional, mental ou espiritual, no entanto, nesse estado ela não é um Ser, ao contrário, é precisamente o não Ser, razão suficiente para o adepto desta concepção afastar-se conscientemente das concepções religiosas que a partir de um determinado momento passaram a conceber um "Deus pessoal", antropomórfico, que passaram a fazer do Criador a sua própria criação.
Desta forma, a sabedoria iniciática adotou que a substância primordial é o não Ser, que passando do estado passivo ou indiferenciado para o ativo manifestado, transforma-se no Ser, designado pelos orientais como: Tat . Enquanto imanifesta a substância é eterna, mas ao se tornar ativa, limita-se aos desígnios do corpo manifesto, respeitando o tempo cíclico da respectiva manifestação. O eterno Imanifesto apresenta-se no espaço sem limites, enquanto, manifesto apresenta-se no espaço com os respectivos limites da manifestação; Sendo que para ocorrer a primeira manifestação da substância primordial é preciso que ocorra a polarização, resultado da dualidade, ainda não compreendida plenamente. Apenas sabe-se que ocorre !!
Considerando portanto, o sistema solar, como a manifestação da substância primordial, ainda em estado de não-Ser, foi que surgiram os cultos ao Sol no seio de civilizações anteriores às dos Sumérios, desenvolvendo-se até tornarem-se ocultas com a ascensão do Império Romano.
quarta-feira, 27 de dezembro de 2017
sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
Lembre-se
Se observarmos, na vida,
um impulso, uma intuição,
gira em torno de nos lembrar constantemente
para deixarmos de viver algo
que não representa a nossa essência;
Seja lá de qual ponto de vista
que escolhamos para observar!
Todos nós sem exceção,
por qualquer caminho
que nos conduza a essa compreensão,
já somos a essência,
mesmo que, identificados com os pensamentos
construídos pelo mundo,
ainda não percebamos,...
um impulso, uma intuição,
gira em torno de nos lembrar constantemente
para deixarmos de viver algo
que não representa a nossa essência;
Seja lá de qual ponto de vista
que escolhamos para observar!
Todos nós sem exceção,
por qualquer caminho
que nos conduza a essa compreensão,
já somos a essência,
mesmo que, identificados com os pensamentos
construídos pelo mundo,
ainda não percebamos,...
sábado, 21 de outubro de 2017
A origem da Baviera e a Alemanha
O conceito de
"germânico" como uma identidade étnica distinta foi indicado primeiramente pelo
geógrafo grego Estrabão, que diferenciou um grupo bárbaro no norte da Europa, que não era celta. No entanto, foi Posidônio o primeiro a usar o nome, por volta
de 80 a.C. em seu desaparecido 30º livro. O nosso conhecimento disto
é baseado no 4º livro de Ateneu, que em cerca de 190 citou Posidônio: "Os
GERMANI à tarde servem à mesa carne assada com leite, e bebem seu vinho não
diluído".
De acordo com algumas
fontes, Gômer, neto de Noé, seria o pai dos povos Germânicos por meio
dos Cimérios do qual descendem. Talvez os Cimbros, uma das tribos germânicas derivam seu nome
dos Cimérios.
Tendo derrotado os hunos
nos Campos Cataláunicos e em Nedau, tribos germânicas migrantes invadiram o Império Romano do Ocidente e transformaram-no na Europa Medieval.
No século VIII, marinheiros germânicos escandinavos iniciaram uma forte expansão, fundando
importantes Estados na Europa Oriental e na França, enquanto colonizaram o Atlântico até a América do Norte. Posteriormente, as línguas germânicas se tornaram dominantes em vários países europeus, mas na Europa
Meridional e na Europa
Oriental, a elite germânica acabou
por adotar os dialetos nativos eslavos ou latinos. Várias tribos germânicas se converteram
ao cristianismo ariano através
do missionário Úlfilas, que inventou um alfabeto para traduzir a Bíblia para a língua gótica. Todos os povos germânicos acabaram sendo convertidos do paganismo para o cristianismo. Os povos germânicos modernos são os daneses, escandinavos, alemães, holandeses, ingleses, americanos e outros, que ainda falam línguas
derivadas dos dialetos ancestrais germânicos.
Os bávaros (em latim: bavarii) foram um povo
germânico que surgiu na Boêmia, no território da atual República Tcheca. Os bavários dominaram a Europa Central ao
derrotarem a tribo dos Rúgios em 487. No início do século
XVI, as várias províncias que ocupavam o atual território bávaro,
unificaram-se, formando um país. A Baviera sempre foi e ainda é um
estado católico, o mais significativo representante do catolicismo dentro do Sacro Império Romano Germânico. Este país combateu a União Protestante, ao longo da Guerra dos Trinta Anos, durante o reinado de Maximiliano
I. Em 1623, Maximiliano I recebeu o título de príncipe eleitor do Sacro Império, o que lhe dava
o direito de votar na escolha do imperador: tudo isso graças à lealdade à Igreja Católica. Quando o Sacro Império Romano caiu, a Baviera tornou-se um
reino independente até 1918.
O Sacro Império Romano-Germânico, que existiu desde o século
VIII até 1806, é considerado o primeiro Reich alemão
(Reich, "Império", em alemão, termo usado para descrever os
sucessivos períodos históricos do povo alemão). No momento de maior extensão
territorial, o império incluía o que são hoje a Alemanha, a Áustria, a Eslovênia, a República Checa, o oeste da Polônia, os Países
Baixos, o leste da França, a Suíça e partes da Itália central e setentrional. A partir de
meados do século XV, passou a ser conhecido como o "Sacro Império
Romano da Nação Germânica". O Império Alemão de 1871-1918 é chamado de o Segundo Reich,
de modo a indicar a sua descendência do império medieval. Segundo o mesmo raciocínio, Adolf
Hitler referia-se à Alemanha
Nazi (1933-1945) como o Terceiro
Reich. (Fonte: Wikipedia)
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
A vida se basta em si? (sem sentido?)
-Qual o sentido da vida? Há algum ou tudo não passa de simples pensamento?
-A vida é uma ilusão ou esta é a ilusão da filosofia?
Na antiguidade, o sentido da vida consistia principalmente na aquisição da Felicidade (eudaimonia*), característica mais elevada e desejada; Neste contexto, a filosofia se desenvolveu, em função do que cada escola considerava sobre ser felicidade e como cada qual considerasse sobre "como atingi-la". Platão, considerando a alma humana imortal afirmava que apenas se : razão, coragem e instintos estiverem em equilíbrio, e desde que não se contradizendo mutuamente, é que o Ser humano poderia alcançar a felicidade, tendo sido influenciado pela escola Pitagórica. Aristóteles, por sua vez, não considerava a Felicidade como uma condição estática, mas sim uma constante ativa da alma humana, que poderia ser perfeita apenas através da contemplação da vida. Enquanto o Estoicismo viria derrubar o sentimento da felicidade em função da interação com a vida como uma virtude, afirmando que só quem se encontrar em uníssono com a ordem do Cosmo, livre de emoções, desejos, paixões adotando uma postura indiferente ao próprio destino, e portanto, indiferente e apática aos acontecimentos da vida, alcançaria a paz estoica, "verdadeira felicidade". Já o Epicurismo, afirmaria que o sentido da vida jaz no desejo, sendo as condições prévias para a felicidade a superação da dor e do medo, o que poderia ser obtido com a redução da vida pública, a imaginação e o resguardo a um grupo pequeno de pessoas com a mesma intenção. Na Idade Média, com a ascensão do Cristianismo(Incluindo a igreja Ortodoxa) que monopolizou o pensamento na Europa e consequentemente abafou a voz das demais tradições (Judaica, Islâmica, Hindu e Budista) para as civilizações vindouras do Ocidente, o foco do sentido da vida migrou do pessoal para o coletivo(popularizando-o), sobretudo na baixa Idade Média, com ênfase na vida pessoal de Jesus e a possibilidade da união mística com Deus através dos ensinamentos de Jesus agora "o Cristo", considerado seu filho (simbolicamente). Assim, embora o protestantismo (igreja Luterana, Anglicana, Presbiteriana, Metodista, Congregacional, Pentecostal e neo pentecostal) e a Igreja Batista, tenham surgido (século XVI) por uma reação às doutrinas e práticas do Catolicismo Romano medieval, além do movimento Espirita que veio posteriormente (século:XIX) engrossar o caldo, ampliando cientificamente o conhecimento espiritual, o foco passou a ser : a declaração da "vida eterna" e portanto, a comunhão máxima com Deus na eternidade. Com o espaço conseguido posteriormente pelas demais tradições, principalmente no ocidente, novos referenciais dentro desta visão de "comunhão com Deus na eternidade" passaram a ser considerados, dentro deste contexto de "Qual o sentido da vida", o que nos coloca nos dias de hoje com a tarefa de tentar compreender 'a priori' o que vem de fato a ser o significado de "Deus", que com a influência do Oriente cada vez mais é sentido como uma 'essência incognoscível comum a todos', independente de credo, o que aliás já era dito em outras palavras pela tradição Judaica, através da Torá, desde os remotos tempos e reforçado pelo conhecimento da Kabalá ("Não há como pronunciar-se o nome de Deus"). --------------------------------------------------------
[*estado de ser habitado por um bom gênio]
-A vida é uma ilusão ou esta é a ilusão da filosofia?
Na antiguidade, o sentido da vida consistia principalmente na aquisição da Felicidade (eudaimonia*), característica mais elevada e desejada; Neste contexto, a filosofia se desenvolveu, em função do que cada escola considerava sobre ser felicidade e como cada qual considerasse sobre "como atingi-la". Platão, considerando a alma humana imortal afirmava que apenas se : razão, coragem e instintos estiverem em equilíbrio, e desde que não se contradizendo mutuamente, é que o Ser humano poderia alcançar a felicidade, tendo sido influenciado pela escola Pitagórica. Aristóteles, por sua vez, não considerava a Felicidade como uma condição estática, mas sim uma constante ativa da alma humana, que poderia ser perfeita apenas através da contemplação da vida. Enquanto o Estoicismo viria derrubar o sentimento da felicidade em função da interação com a vida como uma virtude, afirmando que só quem se encontrar em uníssono com a ordem do Cosmo, livre de emoções, desejos, paixões adotando uma postura indiferente ao próprio destino, e portanto, indiferente e apática aos acontecimentos da vida, alcançaria a paz estoica, "verdadeira felicidade". Já o Epicurismo, afirmaria que o sentido da vida jaz no desejo, sendo as condições prévias para a felicidade a superação da dor e do medo, o que poderia ser obtido com a redução da vida pública, a imaginação e o resguardo a um grupo pequeno de pessoas com a mesma intenção. Na Idade Média, com a ascensão do Cristianismo(Incluindo a igreja Ortodoxa) que monopolizou o pensamento na Europa e consequentemente abafou a voz das demais tradições (Judaica, Islâmica, Hindu e Budista) para as civilizações vindouras do Ocidente, o foco do sentido da vida migrou do pessoal para o coletivo(popularizando-o), sobretudo na baixa Idade Média, com ênfase na vida pessoal de Jesus e a possibilidade da união mística com Deus através dos ensinamentos de Jesus agora "o Cristo", considerado seu filho (simbolicamente). Assim, embora o protestantismo (igreja Luterana, Anglicana, Presbiteriana, Metodista, Congregacional, Pentecostal e neo pentecostal) e a Igreja Batista, tenham surgido (século XVI) por uma reação às doutrinas e práticas do Catolicismo Romano medieval, além do movimento Espirita que veio posteriormente (século:XIX) engrossar o caldo, ampliando cientificamente o conhecimento espiritual, o foco passou a ser : a declaração da "vida eterna" e portanto, a comunhão máxima com Deus na eternidade. Com o espaço conseguido posteriormente pelas demais tradições, principalmente no ocidente, novos referenciais dentro desta visão de "comunhão com Deus na eternidade" passaram a ser considerados, dentro deste contexto de "Qual o sentido da vida", o que nos coloca nos dias de hoje com a tarefa de tentar compreender 'a priori' o que vem de fato a ser o significado de "Deus", que com a influência do Oriente cada vez mais é sentido como uma 'essência incognoscível comum a todos', independente de credo, o que aliás já era dito em outras palavras pela tradição Judaica, através da Torá, desde os remotos tempos e reforçado pelo conhecimento da Kabalá ("Não há como pronunciar-se o nome de Deus"). --------------------------------------------------------
[*estado de ser habitado por um bom gênio]
quarta-feira, 26 de julho de 2017
O caminho do espelho
Cartas românticas abertas em mural,
abelhas voando a procura do polem de mel,
Caminho sob forte nevoeiro,
Estrada de curvas perigosas.
Espelho que brinca com as emoções,
distorce corações, expõe beleza em vão,
mostra a carência do homem,
a necessidade de atenção da mulher,
fazendo-os mergulhar em si mesmos.
Cartas fechadas possuem endereço,
as abelhas não acessam,
O Nevoeiro se dissipa,
Estrada que nos leva ao destino.
Espelho refletindo o caminho
deixado para trás,
Sentimento que propõe o compartilhar,
preenchendo com a atenção da mulher
a carência do homem.
Ponte entre almas.
(Escorpião)
abelhas voando a procura do polem de mel,
Caminho sob forte nevoeiro,
Estrada de curvas perigosas.
Espelho que brinca com as emoções,
distorce corações, expõe beleza em vão,
mostra a carência do homem,
a necessidade de atenção da mulher,
fazendo-os mergulhar em si mesmos.
Cartas fechadas possuem endereço,
as abelhas não acessam,
O Nevoeiro se dissipa,
Estrada que nos leva ao destino.
Espelho refletindo o caminho
deixado para trás,
Sentimento que propõe o compartilhar,
preenchendo com a atenção da mulher
a carência do homem.
Ponte entre almas.
(Escorpião)
sexta-feira, 21 de julho de 2017
A busca de compreensão lógica
Se não fosse para termos consciência e interagir com o corpo físico, não teríamos nascido munidos com este corpo que, dependendo do ponto de vista, encobre nossa essência. Assim, se não fosse para tomarmos consciência do plano físico no nível macro, não precisaríamos estar vivendo num planeta com uma física mais densa e peculiar. Portanto, é um atributo da inteligência humana evoluir, proporcionando maior conforto à sociedade civil, através das descobertas no campo da física. Se existir vida em outros planetas, e tudo indica que eles estão nos observando há muito tempo, meio que esperando um salto quântico nosso para fazer contato, haverá um ganho enorme neste contato. Nossa civilização explora a física da terceira dimensão há 2.500 anos, iniciando com Demócrito de Abdera e Leucipo, que lançaram o atomismo, onde considerava-se o átomo a menor partícula do cosmo (átomo=indivisível). De lá pra cá passou por Platão, Aristoteles (que em 330 a.c. passou a acreditar que fogo, ar, terra e água eram os elementos fundamentais e não eram constituídos por átomos, colocando o atomismo em segundo plano), Epicuro, Galeno, e com a perda da filosofia atomista na queimada da biblioteca de Alexandria no sec IV, só pôde haver o seu resgate no século XVII, através dos Iluministas, que fizeram a filosofia de Epicuro renascer. Na sequência: Descartes, Galileu-Galilei, defendiam teorias muito parecidas com o atomismo; Newton desenvolveu a teoria gravitacional (percebendo-se que o que está abaixo está em cima)e a teoria corpuscular da luz , mas o alemão Max Planck, em 1900, provou que a luz é emitida em pacotes, e chamou-os de quanta, base para o desenvolvimento da mecânica quântica. Einstein, nos trás a teoria da relatividade, revelando que tempo, espaço, matéria e energia são facetas da mesma moeda universal, ganhando o prêmio Nobel em 1921. Com a Revolução industrial, o desafio da ciência passa a ser desvendar fenômenos naturais ligados à utilidade prática das pessoas, como a energia elétrica, a magnética (Michael Faraday e James Clerck Maxwel - século XIX, descobridor da força eletromagnética por trás de fenômenos como a luz, o magnetismo, os raios X e as ondas de Rádio e TV. Apenas em 1897 o inglês J.J. Thomson mostrou a natureza dos raios que permitiram o desenvolvimento dos tubos para uso em TV, chamando a partícula que formava estes raios catódicos de "elétron", o que permitiu a verificação de que a luz é composta na verdade por partículas sem massa, chamadas: Fótons. Um pouco antes, havia sido descoberto o elemento químico Rádio, pela polonesa Marie Curie e seu marido, o que os levou à radioatividade. Assim, com a descoberta dos elétrons, era dado como correta a existência dos átomos, defendida pelos Gregos no século V a.c., mas faltava compreende-los, o que ocorreu com a demonstração dos prótons por Rutheford, em 1917, e dos neutrons, em 1932. Mas percebeu-se que a natureza mais ínfima não eram estes, descobrindo-se com o auxílio do telescópio, o múon, em 1936. Nas décadas subsequentes, 14 outras espécies exóticas e subatômicas foram detectadas nos aceleradores de partículas, por inúmeros físicos, que faturaram outros prêmios Nobel, o que possibilitou a criação dos computadores, naves espaciais, bombas atômicas, entre outros novos materiais, até que chegamos ao bóson de Higgs, em 1964, e que só agora começa a ser encontrado, possibilitando que possamos fechar a página da física do século XX e iniciar a do século XXI. Assim como, para o físico que compreender a natureza do vácuo interestelar (energia escura que permeia o universo), descoberta em 1998, que responde pela aceleração da expansão do cosmo, colocando dúvida na visão de 2.500 anos atrás sobre o vazio. É, penso que os nossos vizinhos interplanetários ainda vão ter que esperar um pouco para se apresentar. (Base do texto: artigo de Peter Moon, para a Revista Época)
quarta-feira, 19 de julho de 2017
Não se iluda
As funções práticas na vida
estão em constante transformação,
hoje terceirizamos memória cerebral,
para um aparelho portátil,
nossa capacidade parece ter aumentado,
Não se iluda,
o que melhorou
foi a capacidade tecnológica,
continuamos a mesma essência,
o mesmo corpo adaptável;
Pessoas parecem estar mais felizes,
conseguiram milhões de seguidores,
em suas redes sociais,
mas apenas saíram do anonimato,
e se conectaram;
resolvem a rotina prática em menos tempo,
usufruem de seus aplicativos,
Não se iluda,
somos a essência de sempre;
O tempo é uma invenção humana,
que visa capitalizar o modo de vida,
faz girar o sistema,
no qual escolhemos entrar e sair;
Como sair?!
Experimente observar tudo se movendo,
tudo já se movia há séculos...
Não se iluda,
somos a essência imutável,
que energiza todo o sistema,
sem a qual nada disso existiria.
(Escorpião)
estão em constante transformação,
hoje terceirizamos memória cerebral,
para um aparelho portátil,
nossa capacidade parece ter aumentado,
Não se iluda,
o que melhorou
foi a capacidade tecnológica,
continuamos a mesma essência,
o mesmo corpo adaptável;
Pessoas parecem estar mais felizes,
conseguiram milhões de seguidores,
em suas redes sociais,
mas apenas saíram do anonimato,
e se conectaram;
resolvem a rotina prática em menos tempo,
usufruem de seus aplicativos,
Não se iluda,
somos a essência de sempre;
O tempo é uma invenção humana,
que visa capitalizar o modo de vida,
faz girar o sistema,
no qual escolhemos entrar e sair;
Como sair?!
Experimente observar tudo se movendo,
tudo já se movia há séculos...
Não se iluda,
somos a essência imutável,
que energiza todo o sistema,
sem a qual nada disso existiria.
(Escorpião)
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Como pétalas
Tudo o que brota do coração,
através do sentimento,
se manifesta natural,
espontâneo,
lembra o desabrochar,
da flor, transmite a verdade,
dinâmica do momento.
através do sentimento,
se manifesta natural,
espontâneo,
lembra o desabrochar,
da flor, transmite a verdade,
dinâmica do momento.
domingo, 11 de junho de 2017
Presente do encontro
Há momentos em nossa vida que são únicos.
Ocorrem sem estarmos esperando que aconteçam,
aproximam almas sem perguntar nada.
Apenas acontecem ao sabor do acaso,
e por serem fruto do inesperado,
vivem para sempre em nossos corações.
Como não lembrar do olhar que parou o tempo.
Que me fez compreender o sentido da vida,
num simples abraço.
Como fingir que não há nada,
nenhum sentimento pulsando no peito,
se o nada num instante significa o todo em sua presença.
Enamorar-se pela surpresa do encontro,
como o desabrochar de uma flor,
tão puro quanto a energia do querer-te.
Como não voltar no tempo de sua presença,
presente do encontro,
Se sua presença torna o tempo eterno?!
(Escorpião)
quarta-feira, 31 de maio de 2017
Guardado por sete véus
Decorrido algum tempo,
a conexão com a vida ocorre,
ventos haviam soprado,
levando o sentido da vida.
Agora, no eterno encontro,
por mérito, a energia
invade e conecta o fluxo.
Sentimento que liga,
sem estar preso,
que aquece e atrai,
espontâneo.
Magnetismo que equilibra,
gravidade que liberta,
embora fugaz,
eletricidade.
A conexão proporciona
a energia que motiva,
sem buscar fora,
segredo da vida,
guardado por sete véus.
(Escorpião)
sexta-feira, 24 de março de 2017
A Porta do Paraíso
"Olhei a colossal porta e a senti meio intransponível. Que me adiantara andar tanto, me despojar daquilo tudo que eu tinha, dos meus amigos, de minha família e chegar aqui para ser recebido por portas fechadas.
Guardando a porta do paraíso lá estavam os dois Querubins, ou os Aishim como no hebraico. As Almas de Fogo me olharam e um disse:
_O que procuras aqui? Não sabes que não tem permissão para entrar por estas portas?
_Então porque é que me deixaram vir até aqui?
_Vir até aqui não é razão para poder entrar. Muitos acham que já estão aqui, ou que por se arrependerem de seus erros podem entrar sem ser convidados. Pobres coitados! Jamais enxergarão a Árvore da Vida. Enquanto a você, não sei o que te traz até aqui, mas sua vinda foi em vão.
_Eu não acredito nisso! Lutei muito para alcançar este lugar. Libertei-me de prisões, atravessei por terrenos áridos, andei pelo mar enrijecido e profundo, lutei contra anjos e demônios. O que me falta? Acaso existem coisas que eu desconheço para que eu possa entrar em tão valoroso sítio?
_Infelizmente você não tem dentro de você o fogo sagrado aceso. Por aqui passam apenas os que se iluminam por si. Aqueles que ainda necessitam que os mestres ergam suas lanternas não estão prontos para atravessar por esta porta.
_Como vou saber sobre esta luz se me barras de continuar no meu caminho?
_Nunca ouviu falar que todo caminho tem um fim? Aqui é o seu. Esta porta guarda coisas que necessitam de luz própria. As lanternas não serão acesas aqui dentro. Tal qual vaga-lume terás que ir aumentando sua luz até iluminar o recinto todo.
_Como fazer para desenvolver esta luz interior? Já não sei por onde buscar algo parecido.
_Não é uma questão de busca em lugar algum. A luz já está em você. É necessário desenvolve-la. A luz é amor e só se desenvolve o amor colocando seus atributos em prática. Nada adianta a sua Razão e sua Sabedoria se você não colocar em prática o seu coração, o seu amor. Então, volte para trás e veja onde está faltando você depositar seu amor ou em que lugares você depositou e que foi deixado ali sem serventia alguma, ou seja, o amor que você desperdiçou com coisas passageiras ou com amores ilusórios. Para se ter Amor é necessário vencê-lo. Parece que não, mas o amor também constrói barreiras para que você possa abrir estas portas. O excesso de amor pode se transformar em fanatismo e causar mortes e intolerância. Por isso, é tão necessário iluminar-se primeiro para depois transpor a porta. Não se deve carregar nada de ilusão dentro de si para este novo caminho. O que não é luz deve ficar para fora e longe da luz que deve se desenvolver agora. De imediato.
Falando assim, o anjo me deu um tapinha no ombro, me virou e disse:
_Vai-te! Volte apenas quando de longe eu conseguir enxergar a sua luz. Por enquanto sua escuridão me apavora!"
Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=174212 © Luso-Poemas
Guardando a porta do paraíso lá estavam os dois Querubins, ou os Aishim como no hebraico. As Almas de Fogo me olharam e um disse:
_O que procuras aqui? Não sabes que não tem permissão para entrar por estas portas?
_Então porque é que me deixaram vir até aqui?
_Vir até aqui não é razão para poder entrar. Muitos acham que já estão aqui, ou que por se arrependerem de seus erros podem entrar sem ser convidados. Pobres coitados! Jamais enxergarão a Árvore da Vida. Enquanto a você, não sei o que te traz até aqui, mas sua vinda foi em vão.
_Eu não acredito nisso! Lutei muito para alcançar este lugar. Libertei-me de prisões, atravessei por terrenos áridos, andei pelo mar enrijecido e profundo, lutei contra anjos e demônios. O que me falta? Acaso existem coisas que eu desconheço para que eu possa entrar em tão valoroso sítio?
_Infelizmente você não tem dentro de você o fogo sagrado aceso. Por aqui passam apenas os que se iluminam por si. Aqueles que ainda necessitam que os mestres ergam suas lanternas não estão prontos para atravessar por esta porta.
_Como vou saber sobre esta luz se me barras de continuar no meu caminho?
_Nunca ouviu falar que todo caminho tem um fim? Aqui é o seu. Esta porta guarda coisas que necessitam de luz própria. As lanternas não serão acesas aqui dentro. Tal qual vaga-lume terás que ir aumentando sua luz até iluminar o recinto todo.
_Como fazer para desenvolver esta luz interior? Já não sei por onde buscar algo parecido.
_Não é uma questão de busca em lugar algum. A luz já está em você. É necessário desenvolve-la. A luz é amor e só se desenvolve o amor colocando seus atributos em prática. Nada adianta a sua Razão e sua Sabedoria se você não colocar em prática o seu coração, o seu amor. Então, volte para trás e veja onde está faltando você depositar seu amor ou em que lugares você depositou e que foi deixado ali sem serventia alguma, ou seja, o amor que você desperdiçou com coisas passageiras ou com amores ilusórios. Para se ter Amor é necessário vencê-lo. Parece que não, mas o amor também constrói barreiras para que você possa abrir estas portas. O excesso de amor pode se transformar em fanatismo e causar mortes e intolerância. Por isso, é tão necessário iluminar-se primeiro para depois transpor a porta. Não se deve carregar nada de ilusão dentro de si para este novo caminho. O que não é luz deve ficar para fora e longe da luz que deve se desenvolver agora. De imediato.
Falando assim, o anjo me deu um tapinha no ombro, me virou e disse:
_Vai-te! Volte apenas quando de longe eu conseguir enxergar a sua luz. Por enquanto sua escuridão me apavora!"
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