quarta-feira, 19 de maio de 2010



Num determinado momento, despertei para o fato de que agir em sintonia com o que se sente no coração é sempre a melhor escolha, mesmo que muitas vezes,o que sentimos ainda se apresente como uma intuição, já que esta nada mais é do que o sentimento de qual o caminho a seguir, sem o domínio da razão linear. Então, o grande desafio passou a ser : -Como compreender o que sinto no coração e o que é condicionamento de fora pra dentro? Lembrando que agir de forma condicionada nos dá a impressão de estarmos seguindo junto à correnteza, quando na verdade, tráta-se de uma correnteza forjada pelo meio externo, e que não nos permite despertar para o nosso real sentimento (velando-o). Portanto, tal felicidade é ilusória, velando a verdadeira felicidade, assim como a sombra projetada na parede da caverna de Platão criava um cenário ilusório, onde os moradores da caverna acreditavam estar inseridos, ilusão só perceptível ao romper os limites da caverna e enxergar o brilho do Sol, com os próprios olhos. E mesmo assim, ao voltar à caverna e contar tal estória, os moradores da caverna iludidos, continuarão a acreditar que o seu mundo é que reflete a realidade. Este sentimento de seguir com o coração, encontra amparo na árvore da vida da tradição judaica (Cabalah), onde, a partir do mental e do emocional o Ser passa a se despir de influências externas adentrando ao espaço do Eu superior que pressupõe persistência com coragem e amor, deixando que a intuição assuma o controle da situação. Assim, de um lado a compreensão tráz a virtude de se aplicar a própria genialidade absorvida numa determinada situação, e do outro, a sabedoria, utiliza a intuição para assumirmos a própria genialidade, operacionalizando o feeling, o que nos conduz à plenitude do Ser.

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