terça-feira, 11 de maio de 2010





Quando dizemos "há um motivo para algo estar acontecendo", não se trata de algo pré-destinado de fora pra dentro, mas algo em que nosso próprio inconsciente busca meios para trazer à luz da consciência. Carl G. Jung dedicou sua vida para nos apresentar suas constatações sobre este assunto. "O que guardamos no inconsciente produz em algum momento, a possibilidade de vivenciarmos o que necessitamos aprender, através de nosso livre-arbítrio" ....E parte do trabalho do inconsciente é processado durante a noite, qdo nos livramos da mente em vigília (ou seja, “in off”). Assim, em determinada fase do sono, sonhamos simbolicamente, ou seja, o inconsciente mostra para o consciente o que precisamos saber, só que não somos educados a compreender esta linguagem, não anotamos nossos sonhos, ...e ao acordar, com o despertar, perdemos o que poderia ser a chave para um sentimento sobre um assunto do momento. O inconsciente nas fases do sono possui muitas capacidades, sendo uma delas prever e observar o que será atraído para o nosso aprendizado, trabalhar nossa memória, ...e muitas vezes, passamos por uma determinada situação e temos certeza de já ter passado por aquilo (De javú), sim...o inconsciente já havia programado.... com os elementos que fomos colocando nele: anseios, aflições, dúvidas, frustrações, e por aí vai....portanto, o motivo de algo acontecer, já se encontra em nosso inconsciente, muito antes de se manifestar em nossa vida, mas não percebemos. Neste sentido, podemos notar que a condição de estar inconsciente, ou seja, de não estar à luz das vistas(in off), ganha um significado muito especial, para a reformulação de si mesmo(a), à medida em que opcionalmente, pelo livre-arbítrio, pode-se mostrar para o mundo externo algo em que estamos trabalhando na vida, ou nossa própria conduta e comportamento, enquanto, o que realmente somos, se já consciente ou se ainda não consciente, com ações puramente impulsivas, fica velado. Encontramos muitos tipos de pessoas em nossos caminhos pela vivência, algumas conscientes deste mecanismo mostram para o mundo externo a imagem que melhor lhe convém, mas sabem que não são aquela imagem, e no subterrâneo de sua personalidade, nas sombras, trabalham para o que sabem que realmente são, almejam e anseiam, o que gera a vontade de suas ações. Há também as que conscientes do que são, expressam sua imagem, assim como, sua essência, exatamente como sentem que são, para o meio externo. Outras, inconscientes deste mecanismo, apenas vivem a vida e seguem. Individualmente, nossa natureza possui este processo de forma natural, onde os elementos que ainda precisamos trabalhar em nós, possam ser revistos e as situações possam ser atraídas, afim de expandir nossa consciência sobre determinado assunto ainda pendente de compreensão tanto mental quanto emocional. Livre de julgamentos morais, a vida se desenrola simples e naturalmente. Num ir e vir constante, enquanto vamos elucidando os nossos mais profundos anseios, mas sabiamente, há um espaço em que se trabalha em privacidade (in off), onde não podemos encobrir, ...laboratório do indivíduo para sua própria remodelação.
“Podemos conscientemente encobrir tudo o que somos aos olhos alheios, mas não podemos encobrir o que somos de nós mesmos”

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