terça-feira, 14 de setembro de 2010
A verdade da mentira!
Em toda mentira há implícita uma verdade sobre sí. Coletivamente, a mentira inventada pelo homem em seu sistema de vida social, traz implícita em sí a precariedade da visão, ou da capacidade de assimilar o sentimento de sua condição humana; Individualmente, traz implícita em sí a precariedade de visão em assumir um sentimento íntimo humano. Ambos revelam a verdade sobre sí, e sabendo voar acima da névoa de emoção que envolve uma mentira, e que embala o sentimento de estar sendo ludibriado pelo interlocutor, poder-se-á enxergar do alto o que a motiva.Sendo assim, ao sentir o ímpeto a ocultar uma verdade ou ao percebe-la oculta deve-se sentir, observar e refletir: - o que o estaria motivando? Reside aí a verdade oculta de sí. Esta percepção torna possível um diálogo com a essência da motivação à mentira, tanto para auxílio do próximo, como ao nosso próprio,isentos de julgamento.Tornando-se por isto, uma importante ferramenta de auto conhecimento, afinal, pode-se convencer a todos, menos à própria consciência.
sábado, 11 de setembro de 2010
O ator é quem possui vida, não os personagens...
A identificação com personagens e cenários (situações) que vivemos é a grande mola propulsora à busca incessante de algo ilusoriamente fora de nós mesmos, embora dentro do senso de "quem somos".É o que vela a nossa capacidade de entregar-nos ao momento que se apresenta naturalmente, à medida em que, na ânsia de nos sentirmos completos (felizes enfim) idealizamos "eus e situações" ideais aos quais buscamos, em vão. É como se o ator e a atriz sempre estivessem identificados e apegados com seus personagens, vivendo sem despertar para o fato de serem eles próprios quem dão vida a eles, e que portanto, não são eles.Assim, ilusoriamente abrimos mão de vivermos "quem somos", para viver a vida dos personagens criados, que sobrepõem a vida do ator, que portanto, tem sua energia drenada por estes personagens, afinal, ganham mais importância e atenção do que o "ser" ator. Sendo assim, a mãe e o pai, o filho e a filha, a esposa e o marido, os amantes, o profissional disso ou daquilo, o modo de ser desta ou de outra forma, o status social assim ou assado, , entre outros, são personagens que cada um de nós, atores e atrizes que somos, damos vida e nos identificamos, ...nos apegamos. Interagir com todos estes papéis na vida prática é normal e saudável para o nosso "desenvolvimento" enquanto Ser humano, mas a identificação com eles, velando o ator que os interpreta é que nos causa a impressão de separação da felicidade, ...de que a felicidade é algo de que precisamos estar em busca constante. O ator é quem observa todos os papéis e cenários (situações) geradas em função de sua interpretação, não havendo nada a buscar em cada personagem ou cenário. O ator é quem possui vida e energiza os personagens, não o inverso, sendo assim já é completo em sí mesmo.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Procuro-me, em vão...
Solidão não é a busca
frenética por companhia,
na madrugada fria,
ato reflexo do sentimento,
que vai mais por dentro;
Tão pouco, as contradições,
entre o que afirmo e o que faço,
projeção desfocada do que sinto;
Solidão, não é o encontro
com a pessoa amada,
em que sinto o céu de minh'alma,
bálsamo da solução;
Tão pouco, reunir-me,
aos colegas e amigos,
no lazer ou no trabalho,
amizades quando passageiras,
passatempo;
Solidão, não é afinar-se
na palavra alheia,
ler com lentes próprias,
no embalo da emoção,
o que vai fundo no coração,
perfume no ar;
Mas na própria companhia, sentir-me ausente;
na contradição, esboçar o que ressinto;
no amor, encontrar a tristeza;
na amizade, buscar solução;
na emoção, procurar-me.
frenética por companhia,
na madrugada fria,
ato reflexo do sentimento,
que vai mais por dentro;
Tão pouco, as contradições,
entre o que afirmo e o que faço,
projeção desfocada do que sinto;
Solidão, não é o encontro
com a pessoa amada,
em que sinto o céu de minh'alma,
bálsamo da solução;
Tão pouco, reunir-me,
aos colegas e amigos,
no lazer ou no trabalho,
amizades quando passageiras,
passatempo;
Solidão, não é afinar-se
na palavra alheia,
ler com lentes próprias,
no embalo da emoção,
o que vai fundo no coração,
perfume no ar;
Mas na própria companhia, sentir-me ausente;
na contradição, esboçar o que ressinto;
no amor, encontrar a tristeza;
na amizade, buscar solução;
na emoção, procurar-me.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
E Agora?
O desejo te impulsionou até aqui! Vários pensamentos, emoções depois, e aqui esta a situação. Sim, temos sonhos, ...sabemos que alguns são um "sonho" literalmente, mas:-temos feito algo realmente para que este sonho se torne realidade? Queremos realmente, ou este é daqueles sonhos dos quais preferimos nem acordar... Portanto, temos por um lado a oportunidade de colocar a foto de um sonho na frente, bem naquele lugarzinho do monitor do PC, colada, traçar planos com objetivos e metas, buscando torna-lo paupável e real à medida em que focamos a imagem contida na foto se realizando, ...se manifestando; Ou, podemos guardar esta imagem na memória, apenas como um Souvenir daqueles que recordam doces e sublimes momentos vividos. Mas peraí! Sentimos impulso emocional, mas não queremos sair de nossa zona de conforto!!! E agora? O agora pressupõe entrega ao que é. Vejamos, ..se não estamos nos movendo, apenas não estamos nos movendo, simples assim, ...se estamos sentindo e não estamos nos movendo, apenas estamos sentindo e não estamos nos movendo, ...estamos sofrendo ao sentir e não estamos nos movendo, Ok apenas estamos sofrendo, sentindo e não estamos nos movendo, ...estamos sofrendo ao sentir, estamos nos movendo, traçamos planos, objetivos, metas... Uau, apenas estamos sentindo, sofrendo ao sentir, nos movendo e remando em busca de uma meta, que resolvemos materializar. E mesmo não nos movendo, estamos seguindo. Que tal aceitarmos o que é?! Fluir com a vida sem buscar lá no nosso arquivo interior o nome para aquilo que estamos vivendo... Apenas viver!!! E agora? O agora é viver.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
E assim, rumando, vou descobrindo que realmente "Eu Sou"
Um sentimento triste no ar, modo de ver subjetivo,
e o navio ruma sobre as águas, enquanto a águia sobrevoa a cena,
No convés, o Capitão da Náo, segue firme no leme,
olhar firme à frente, enfrenta as pequenas ondas,
que no mar iniciam movimento;
O tempo aos poucos vai se fechando,
a águia por instinto, alcança maior altura,
voa por sobre as núvens, da tempestada que se forma;
O Capitão atento, observa o movimento da ave,
sente o coração apertado, o tempo escurece,
relâmpagos rasgam o céu;
Com o olhar sempre a frente, se amarra com a corda,
ao mastro da embarcação, orienta a tripulação,
Inicia as manobras, enquanto a águia, por sobre as ondas,
segue seu vôo livre;
Uma batalha se levanta ao Capitão,
olhos firmes à frente,
amarrado, mãos ao leme,
Náo e águia rumam no mesmo sentido;
Uma luta se trava, entre ondas tão altas,
quanto a força da emoção,
o medo paira no ar, a tristeza ameaça;
Ao manter-se firme no leme, o Capitão recebe a visão da águia,
que enxerga à frente o fim da tormenta;
No fundo a águia e o Capitão,
sempre foram o mesmo olhar...
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