sábado, 29 de outubro de 2011

Uma viagem chamada: Vida.

Os sonhos movem nossa vida aqui no plano da manifestação, quando os transformamos em metas e objetivos, sentimos a dádiva que representa a arte de viver, que vai aos poucos proporcionando a retirada de nossos véus para que possamos deixar de seguir com a mente para seguir com o coração através da mente, e então, descobrimos a capacidade de materializar o sonho. Se ele não faz mal para os demais, porque não mudar o cenário da vida, com inteligência, seguindo o seu fluxo natural e deixando que o amor traga o nosso futuro?
Com o tempo agente aprende que a noção de "vida" em nossa cultura está invertida. Nos é passado subliminarmente desde a infância que a sensação de felicidade deve vir do conforto não do desafio, assim tendemos a nos acomodar em muitos níveis da vida. Se ficarmos apenas na zona de conforto de conquistas anteriores, vamos apenas manter o que já existe. A vida está na zona do desafio, naquele ambiente em que ficamos desconfortáveis pois precisamos ralar para conquistar mais um nível, seja na saúde, no psicológico,na prosperidade ou no espiritual. Mas como avançar se nos foi passado sub-conscientemente que após a conquista devemos nos manter na zona confortável? É assim que surge o medo do "avançar", o medo do novo.O amor próprio, por outro lado, nos torna independentes, não necessitamos mais estar vinculados a ninguém, já sabemos identificar quando gostamos de alguém, não obstante todos os obstáculos circunstanciais ou que a própria personalidade possa criar com suas crenças, pois sabemos que crenças não se sustentam por sí só e a consciência colocará luz neste ponto de vista iluminando as sombras que possam persistir. A independência nos fortalece, pois passamos a sentir e pensar por nós mesmos, aprendendo a ir olhando para os nossos demônios e crescendo com a expansão de consciência que disto brota."Se observarmos, os egos estão na nuvem, como ocorre com a informática, algumas pessoas já conseguem escolher a resposta para algumas ações escolhendo um determinado ego que está na nuvem. Faz o dowload e isso se reflete em suas ações subsequentes, assim, para estes há possibilidade de escolher melhor o destino, enquanto para aquela pessoa impulsiva, o destino parece ser certo, já que não tem consciência de sua capacidade de escolha no nível sutil" (Lama Padma Santem).
No tocante ao plano da manifestação, se formos levar em conta a energia para a vivência e expansão da consciência, poderíamos citar a afirmação do escritor Jim Rohn: "Se você se mantiver fazendo o que sempre fez, continuará conseguindo o que sempre conseguiu". Portanto, na vida prática, é preciso estar sempre procurando aprender novas maneiras e técnicas para conquistar nossos objetivos e metas, q...ue nos inserem nas respectivas vivências pelas quais expandimos nosso nível de consciência. No entanto, há quem prefira romper com o labirinto da manifestação, e parar de fazer inclusive o que sempre fez, uns por escolha inconsciente, e outros, conscientemente. Particularmente aprecio aqueles que transcenderam a mente, mas permanecem na dança da vida manifesta. Se num determinado momento despertamos para o fato de que nunca deixamos de ser crianças, e que durante um longo tempo estivemos identificados com todos os nossos personagens e agindo em função deles, o que nos levou a tomar consciência da relação de causa e efeito, a ter a capacidade de observar os egos gerados e interagir melhor com a vida, a perceber o aspecto espiritual, mental e físico da manifestação; Poderíamos então supor que a vida nos propõe ser uma criança que aprende a brincar melhor e com plena consciência do que poderá materializar e gerar para o seu próprio futuro, embora sem apego?No esporte, por exemplo,"Superar-se" é uma palavra indispensável, e quando o atleta aceita a derrota e se supera numa outra oportunidade, ele dá o exemplo e serve como parâmetro para a própria vida. Portanto, a felicidade pode parecer estar vinculada a não termos "problemas" para resolver, mas esta visão é apenas uma primeira visão a nós passada. Com o tempo a vida nos mostra que os "problemas" nunca cessam, e que na verdade, não são problemas, mas sim desafios para um treino rumo a vitória. A vitória não significa apenas ganhar de todos os outros concorrentes, mas antes ganhar dos desafios que enxergamos em nós mesmos. Vencendo-os, venceremos tb os desafios da vida!
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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Drama inconsciente x alimento emocional


Um  terapeuta escutava sua paciente contar como ocorreram as suas separações conjugais, para compreender se havia algum motivo recorrente que a tornasse refém de algum hábito ou drama de controle, que influenciasse nos seus relacionamentos...  –No primeiro casamento, peguei algumas vezes o elevador no térreo do prédio no horário em que meu marido chegava do trabalho e coincidência ou não, uma linda vizinha sempre estava dentro. Até que não pude agüentar e chutei o balde. Assim, foi o fim de meu primeiro casamento. -No segundo casamento, tinha o hábito de ficar olhando pela janela a saída de meu marido do escritório, já que trabalhava num escritório na Av. paulista, num prédio em frente ao do escritório dele. E comecei a perceber a freqüência em que uma colega sua de departamento saía junto para almoçarem no mesmo restaurante. Ligava para ele à tarde, questionando o porque desta pessoa sempre ir junto almoçar, e ele dizia que ela fazia parte do grupo de seu departamento que gostava de almoçar no 7’Bello, um ótimo restaurante da região. Até que um dia não agüentei mais e numa discussão terrível, acabamos o relacionamento. E o pior é continuar vendo-o saindo para almoçar com aquela garota que hoje leva o namorado junto, um outro rapaz do mesmo departamento. Quando vejo uma situação que me leve a supor um possível envolvimento da pessoa com quem me relaciono, com outra pessoa, algo toma conta de mim e é como se visse a cena dele tendo um caso com alguém, então começo a questionar, a investigar, e a emoção que sinto parece alimentar algo dentro de mim, que não sei ao certo o porque, mas que acaba me saciando de algo e quando percebo, já estou sentindo de novo por outra pessoa. Como por exemplo, o que venho sentindo pelo meu atual marido. Outro dia, num final de semana, desci no playground do condomínio e ele estava dando uma abraço de despedida numa vizinha, que dias antes ficara conversando com ele na sala de ginástica, ...pronto, foi o suficiente para começar a ficar mais atenta, e começa a crescer uma emoção que me faz querer investigar, então começo a questionar, sondar, até que percebo que ele se sente culpado, então, vou questionando e a vida conjugal, neste meio tempo já está um caos. Dra. O que faço? Gostaria de compreender o que sinto, afinal, nunca tenho certeza do porque acabei encerrando o relacionamento, e fico com a impressão de que tudo não passou de imaginação!  -Fique tranqüila, Marcella; Vamos tomar consciência de alguns roteiros mentais que podem ter começado na infância. –Como era o seu relacionamento com sua mãe? (Pergunta a terapeuta) – Bem, não era assim uma Brastemp, mas convivíamos bem... Havia algo que considerasse relevante entre vc e sua mãe? –Sim, ...na verdade, sentia ela distante. Éramos em três irmãs em casa, e sou a filha do meio. Como meu pai faleceu muito cedo, sentia muita necessidade de estar com minha mãe, no entanto, as atenções sempre eram para minha irmã mais velha  ou para a mais nova... –Sei !(pausou a terapeuta) e como vc superou esta carência afetiva? (Complementou) – Ah!! Sempre tive muito carinho por minha tia, que se sentia só, já que os filhos já haviam casado, uma incrível pessoa, e quando dei por mim estava me relacionando tanto com ela, indo à sua casa, passeando, brincando, jogando, que acabei adotando-a como mãe. -Vivi, portanto, grande parte de minha adolescência, na companhia de minha tia. Ok! (pausou a Terapeuta) -e sua mãe? como lidava com isso? (Emendou)... Hum! Morria de ciúme!!! Certo!! (disse a terapeuta) E vc percebia isso? (emendou) – Sim! E comecei a perceber que era uma forma de conseguir um pouco mais de sua atenção, e quando sentia que conseguia, aí que provocava ainda mais, ficando junto de minha tia. Certo! (pontuou a terapeuta) – E esta emoção (de quando conseguia a atenção dela) era como um alimento, te preenchia não é mesmo?!! (Emendou) – Sim!!! E como foi sua relação com seus namorados, nesta época? (Perguntou a terapeuta) -Bem, quando gostava de alguém e percebia que o romance estava esfriando, sempre dava um jeito de fazê-lo ficar com ciúme, e assim, conseguia sua atenção . Ta certo! (Pausou a terapeuta) ... Esta semana vamos ficar por aqui, mas quero que reflita sobre esta emoção que sentia quando conseguia a atenção de sua mãe, e se sentia algo parecido quando usava do mesmo artifício com algum namorado. –Não diga nada agora, apenas reflita durante a semana , procurando sentir se há alguma relação entre as duas situações...  Até a próxima semana!!!

 " O primeiro passo no processo de esclarecimento para cada um de nós é trazer o nosso drama de controle pessoal à plena consciência. Nada pode prosseguir enquanto não olharmos de fato para nós mesmos e descobrirmos o que estamos fazendo para manipular em busca de energia.
Cada um de nós tem de voltar ao próprio passado, ao centro da vida familiar inicial, e observar como se formou este hábito. Ver a gestação disso mantém consciente nossa maneira de controlar. Lembre-se, a maior parte dos membros de nossa família tinha um drama próprio, tentando extrair energia de nós quando crianças. Por isso é que tivemos que criar uma forma de drama de controle, para começar. Tivemos de criar uma estratégia para recuperar a energia. É sempre na relação com os membros da família que criamos nossos dramas particulares.Contudo, assim que reconhecemos as dinâmicas de energia familiares, podemos nos distanciar dessas estratégias de controle e ver o que realmente está acontecendo. -Que quer dizer: Realmente acontecendo? Cada pessoa tem de reinterpretar a experiência familiar de um ponto de vista evolutivo, espiritual, e descobrir quem é ela própria na realidade. Assim que fazemos isso, nosso drama de controle desaparece e nossas vidas reais decolam. Então, entenda primeiro como começou seu drama! (...)
  Todos manipulam em busca de energia, ou de uma maneira agressiva, direta, forçando as pessoas a prestar atenção neles, ou de uma maneira passiva, jogando com a simpatia ou curiosidade das pessoas para chamar a atenção. (...)Reflita.... Nunca se viu com alguém que o(a) faz se sentir culpado(a) qdo está em presença dele(a), mesmo sabendo q não existe nenhum motivo para se sentir assim? (...)Algumas pessoas usam mais de um estilo em diferentes circunstâncias, mas a maioria de nós tem um drama de controle dominante, que tentamos repetir, dependendo de qual funcionava bem com os membros de nossa família inicial. “ (James Redfield)