terça-feira, 24 de dezembro de 2013
sábado, 23 de novembro de 2013
Manipulando energia cósmica (prana)
O que acontece agora é sempre o que pode estar acontecendo de acordo com o que minha energia atrai...
Se a gente já sabe que manter-se muito tempo digerindo um assunto que nos faz mal mantém a vibração energética num nível baixo; Porque permanecer energizando-o focando a atenção nele? Buscar ferramentas no dia a dia que possam transmutar a emoção oriunda de uma impressão mental, é uma boa estratégia, em certas situações. Nos cercarmos de ambientes que elevem a vibração da energia, também faz muito bem...
"Parte da energia que nos mantém vem da ingestão dos alimentos, para a manutenção física dos organismos, que geram a energia nervosa, a qual em conjunto com a energia astral compõe toda a nossa energia. Após o processamento dos alimentos ingeridos, é o glóbulo sanguíneo quem leva à célula o que respirar, e é desta respiração local que resulta a manutenção da vida da célula, da mesma forma que nosso planeta fornece ao homem o ar necessário à sua respiração, ou seja, à manutenção de sua vida. A vontade (motivação) em realizar algo, está diretamente ligada ao uso desta força nervosa à serviço do espírito, porém, a qualidade da energia (força) que atua em nosso organismo, depende tanto da qualidade dos alimentos absorvidos quanto do ar que respiramos, pelos quais, ocorre toda a sua renovação. Sendo assim, o estado de saúde física é obtido mediante um harmonioso equilíbrio entre espírito (essência) e organismo, sendo que nossa vontade estará sempre atuando para restabelecer o equilíbrio energético quando o intelecto se sobrepor ao organismo(identificação com a mente) ou vice-versa (ação impulsiva)." Ou seja, os desequilíbrios pessoais e emocionais oriundos de hábitos adquiridos desde a infância, que nos mantém condicionados ao eu condicionado energizando com a atenção estados ilusórios como apegos, orgulho, inveja, crenças, apatia, tristeza, medo, raiva, mágoa, sentimento de inferioridade, vitimismo, super-proteção, dependência, entre outros, colaboram para que a nossa energia seja desperdiçada e também drenada por outras pessoas que vibram na mesma frequência. E portanto, a capacidade de sobreposição do corpo mental(eu condicionado) velará a capacidade que temos de nos centrar e energizar naturalmente(eu sou), equalizando a motivação à realização ou "vontade". Vivendo imersos num ambiente repleto de energia cósmica, com a ajuda dos chakras, esta energia é absorvida e processada pelo nosso organismo. Estando em harmonia, ou seja, sem conflitos ou desequilíbrios pessoais, vibrando a partir da nossa essência e não apenas do corpo mental e emocional, o que nos proporciona a possibilidade de Ser o que somos, estes centros energéticos operam sem que notemos conscientemente e assim o abastecimento da energia é constante e inconsciente, no entanto, com as demandas do mundo moderno, acabamos nos afastando da natureza, espaço e fonte de reposição da energia astral ou cósmica. Este afastamento veio associado à alienação mental, em função da necessidade de sobrevivência nas cidades modernas, o que absorve nossa energia astral, gerando a necessidade de compensação. Essa carência aliada aos desequilíbrios pessoais e emocionais, em função da vida cotidiana, aos poucos, criam condicionamentos para a compensação energética através do outro, ou seja, das pessoas com quem nos relacionamos, e assim, inconscientemente desenvolvemos posturas emocionais que visam drenar sua energia, através da atenção, influência e controle sobre sua vida. Afinal, não estando centrados, acreditamos inconscientemente que ao controlar o outro iremos sentir mentalmente o contorno do que pensamos ser (inversão da base espiritual para a base mental). O mesmo ocorre com a necessidade de buscar um status externo, apenas para nos sentirmos ilusoriamente melhores do que o outro, já que quando não somos a partir da essência, sempre haverá necessidade de projetar uma imagem que represente o que pensamos ser, pela qual julgamos sentir o contorno do que somos, embora o que somos e nossa energia parta desde antes deste personagem forjado pela mente e a emoção (identidade). Seja o que observa todo este cenário. Seja a essência ou como costumeiramente chamamos: "o espírito" (a consciência pura que observa).
Se a gente já sabe que manter-se muito tempo digerindo um assunto que nos faz mal mantém a vibração energética num nível baixo; Porque permanecer energizando-o focando a atenção nele? Buscar ferramentas no dia a dia que possam transmutar a emoção oriunda de uma impressão mental, é uma boa estratégia, em certas situações. Nos cercarmos de ambientes que elevem a vibração da energia, também faz muito bem...
"Parte da energia que nos mantém vem da ingestão dos alimentos, para a manutenção física dos organismos, que geram a energia nervosa, a qual em conjunto com a energia astral compõe toda a nossa energia. Após o processamento dos alimentos ingeridos, é o glóbulo sanguíneo quem leva à célula o que respirar, e é desta respiração local que resulta a manutenção da vida da célula, da mesma forma que nosso planeta fornece ao homem o ar necessário à sua respiração, ou seja, à manutenção de sua vida. A vontade (motivação) em realizar algo, está diretamente ligada ao uso desta força nervosa à serviço do espírito, porém, a qualidade da energia (força) que atua em nosso organismo, depende tanto da qualidade dos alimentos absorvidos quanto do ar que respiramos, pelos quais, ocorre toda a sua renovação. Sendo assim, o estado de saúde física é obtido mediante um harmonioso equilíbrio entre espírito (essência) e organismo, sendo que nossa vontade estará sempre atuando para restabelecer o equilíbrio energético quando o intelecto se sobrepor ao organismo(identificação com a mente) ou vice-versa (ação impulsiva)." Ou seja, os desequilíbrios pessoais e emocionais oriundos de hábitos adquiridos desde a infância, que nos mantém condicionados ao eu condicionado energizando com a atenção estados ilusórios como apegos, orgulho, inveja, crenças, apatia, tristeza, medo, raiva, mágoa, sentimento de inferioridade, vitimismo, super-proteção, dependência, entre outros, colaboram para que a nossa energia seja desperdiçada e também drenada por outras pessoas que vibram na mesma frequência. E portanto, a capacidade de sobreposição do corpo mental(eu condicionado) velará a capacidade que temos de nos centrar e energizar naturalmente(eu sou), equalizando a motivação à realização ou "vontade". Vivendo imersos num ambiente repleto de energia cósmica, com a ajuda dos chakras, esta energia é absorvida e processada pelo nosso organismo. Estando em harmonia, ou seja, sem conflitos ou desequilíbrios pessoais, vibrando a partir da nossa essência e não apenas do corpo mental e emocional, o que nos proporciona a possibilidade de Ser o que somos, estes centros energéticos operam sem que notemos conscientemente e assim o abastecimento da energia é constante e inconsciente, no entanto, com as demandas do mundo moderno, acabamos nos afastando da natureza, espaço e fonte de reposição da energia astral ou cósmica. Este afastamento veio associado à alienação mental, em função da necessidade de sobrevivência nas cidades modernas, o que absorve nossa energia astral, gerando a necessidade de compensação. Essa carência aliada aos desequilíbrios pessoais e emocionais, em função da vida cotidiana, aos poucos, criam condicionamentos para a compensação energética através do outro, ou seja, das pessoas com quem nos relacionamos, e assim, inconscientemente desenvolvemos posturas emocionais que visam drenar sua energia, através da atenção, influência e controle sobre sua vida. Afinal, não estando centrados, acreditamos inconscientemente que ao controlar o outro iremos sentir mentalmente o contorno do que pensamos ser (inversão da base espiritual para a base mental). O mesmo ocorre com a necessidade de buscar um status externo, apenas para nos sentirmos ilusoriamente melhores do que o outro, já que quando não somos a partir da essência, sempre haverá necessidade de projetar uma imagem que represente o que pensamos ser, pela qual julgamos sentir o contorno do que somos, embora o que somos e nossa energia parta desde antes deste personagem forjado pela mente e a emoção (identidade). Seja o que observa todo este cenário. Seja a essência ou como costumeiramente chamamos: "o espírito" (a consciência pura que observa).
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A verdade e a Parábola
Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como seu próprio nome.
E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas.
Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.
Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante.
— Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola.
— Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! — respondeu a amargurada Verdade.
— Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam você. Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.
Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.
'Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles preferem-na disfarçada.'
(Conto Judaico)
E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas.
Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.
Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante.
— Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola.
— Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! — respondeu a amargurada Verdade.
— Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam você. Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.
Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.
'Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles preferem-na disfarçada.'
(Conto Judaico)
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Sobre Ser, a limitação da persona e a sutileza inerente à consciência - Parábola Hindu - Nárada
Um grande mestre, Nárada, dirigia-se ao paraíso. Ele costumava viajar entre o paraíso e a terra. Funcionava como uma espécie de mensageiro entre o outro mundo e este mundo; ele servia de ponte entre os dois.
Ele encontrou um velho sábio, muito velho, sentado sob uma árvore e repetindo seu mantra. Ele esteve repetindo esse mantra durante muitos anos, muitas vidas. Nárada perguntou a ele, “Você gostaria de perguntar alguma coisa? Você gostaria de pedir alguma?”
O velho abriu seus olhos e disse, “Apenas uma pergunta: quanto tempo mais tenho que esperar? Quanto tempo? Diga a ele que isso é demais. Por muitas vidas estive repetindo este mantra, por quanto tempo mais tenho que continuar a fazê-lo? Estou cansado disso. Estou cheio disso.”
Bem ao lado do velho sábio, debaixo de outra árvore, havia um jovem com uma ektara, um instrumento de uma só corda, tocando e dançando. Nárada perguntou a ele brincando, “Você também gostaria de perguntar quanto tempo ainda falta para sua iluminação acontecer?” Mas o jovem nem mesmo se incomodou em responder. Ele continuou a dançar.
Nárada perguntou novamente, “Estou indo fazer um pedido à existência. Você não tem nada a dizer?” O jovem porém, apenas sorriu e continuou a dançar.
Quando Nárada voltou alguns dias depois, ele disse ao velho, “A mensagem divina é que você terá que esperar pelo menos mais três vidas.” O velho ficou tão furioso que jogou no chão seu rosário de orações. Ele estava prestes a bater em Nárada! E ele disse, “Isso é bobagem! Tenho esperado durante muito tempo e tenho sido absolutamente austero, tenho recitado os mantras, jejuado, cumprido todos os rituais. Já cumpri todos os requisitos. Três vidas! Isso não é justo!”
O jovem ainda estava dançando sob sua árvore, muito alegremente. Nárada ficou receoso, ainda assim foi até lá e perguntou a ele, “Embora você não tenha perguntado nada, de minha própria curiosidade eu indaguei. Quando você disse que esse velho homem teria que aguardar por mais três vidas, eu indaguei sobre o jovem que dançava ao seu lado, dançando e tocando a ektara. E ele disse: ’Este jovem terá que esperar tantas vidas quanto forem as folhas da árvore sob a qual ele está dançando.' "
E o jovem passou a dançar ainda mais rápido e ele disse, “Tantas folhas quanto houver nesta árvore? Então não está muito longe, assim eu já cheguei lá! Pense quantas árvores há na terra e compare! Portanto, isso está bem próximo. Obrigado, por ter perguntado.”
Ele continuou a dançar. E a história conta que o jovem se iluminou imediatamente, naquele mesmo instante.
Ele encontrou um velho sábio, muito velho, sentado sob uma árvore e repetindo seu mantra. Ele esteve repetindo esse mantra durante muitos anos, muitas vidas. Nárada perguntou a ele, “Você gostaria de perguntar alguma coisa? Você gostaria de pedir alguma?”
O velho abriu seus olhos e disse, “Apenas uma pergunta: quanto tempo mais tenho que esperar? Quanto tempo? Diga a ele que isso é demais. Por muitas vidas estive repetindo este mantra, por quanto tempo mais tenho que continuar a fazê-lo? Estou cansado disso. Estou cheio disso.”
Bem ao lado do velho sábio, debaixo de outra árvore, havia um jovem com uma ektara, um instrumento de uma só corda, tocando e dançando. Nárada perguntou a ele brincando, “Você também gostaria de perguntar quanto tempo ainda falta para sua iluminação acontecer?” Mas o jovem nem mesmo se incomodou em responder. Ele continuou a dançar.
Nárada perguntou novamente, “Estou indo fazer um pedido à existência. Você não tem nada a dizer?” O jovem porém, apenas sorriu e continuou a dançar.
Quando Nárada voltou alguns dias depois, ele disse ao velho, “A mensagem divina é que você terá que esperar pelo menos mais três vidas.” O velho ficou tão furioso que jogou no chão seu rosário de orações. Ele estava prestes a bater em Nárada! E ele disse, “Isso é bobagem! Tenho esperado durante muito tempo e tenho sido absolutamente austero, tenho recitado os mantras, jejuado, cumprido todos os rituais. Já cumpri todos os requisitos. Três vidas! Isso não é justo!”
O jovem ainda estava dançando sob sua árvore, muito alegremente. Nárada ficou receoso, ainda assim foi até lá e perguntou a ele, “Embora você não tenha perguntado nada, de minha própria curiosidade eu indaguei. Quando você disse que esse velho homem teria que aguardar por mais três vidas, eu indaguei sobre o jovem que dançava ao seu lado, dançando e tocando a ektara. E ele disse: ’Este jovem terá que esperar tantas vidas quanto forem as folhas da árvore sob a qual ele está dançando.' "
E o jovem passou a dançar ainda mais rápido e ele disse, “Tantas folhas quanto houver nesta árvore? Então não está muito longe, assim eu já cheguei lá! Pense quantas árvores há na terra e compare! Portanto, isso está bem próximo. Obrigado, por ter perguntado.”
Ele continuou a dançar. E a história conta que o jovem se iluminou imediatamente, naquele mesmo instante.
O sábio e a ilusão (Parábola Hindu)
Era uma vez, um grande sábio chamado Nárada. Seu conhecimento da Unidade da vida
era perfeito. Ele conseguia agir sempre de maneira serena e amorosa. Fazia tudo
como um presente para Deus. E, quando chegavam à sua vida os resultados de suas
ações, ele os recebia com satisfação e agradecimento. Mesmo quando diferiam de
sua expectativa ou contradiziam o seu desejo, ele se comprazia com os
resultados, sabendo que eles obedeciam às Amorosas Leis Cósmicas. De fato, ele
considerava tudo que lhe acontecia como um amoroso presente dado pela
Fonte-de-Todo-Amor. Ele ouvia as pessoas falarem da dificuldade de escolher a
Verdade e de confiar no Amor, mas não conseguia imaginar tal situação, tão
natural era para ele agir com sabedoria.
Uma vez chegou na sua aldeia um respeitado yogui. Todos se reuniram para
escutá-lo falar sobre a Vida. E a curiosidade de Nárada foi de novo despertada
quando ouviu o yogui discursar sobre Maya, a Ilusão ou erro de compreensão que
faz com que seres cuja natureza é paz e plenitude possam se sentir ansiosos e
carentes, que faz com que seres perfeitos e divinos se considerem limitados e
insignificantes.
Nárada, não chegava a entender.
Para ele tudo era uma dança cósmica de Luz e Harmonia, não conseguia ficar cego
à Presença Divina e muito menos encontrar qualquer sinal da famosa Maya ou
Ilusão que enfeitiça os homens.
Nessa noite, como de costume, Nárada sentou-se em meditação para deliciar-se com
a contemplação do Amado Divino. E, como sempre, o Senhor do Cosmos sentou-se à
sua frente para deleitar-se com o néctar de devoção oferecido pelo seu devoto.
Depois de alguns momentos em amorosa comunhão, Nárada disse: "Amado Senhor, ouvi
falar muito da força de Tua Maya, e senti o desejo de conhecer o Jogo da
Ilusão". E acrescentou com total confiança na bondade divina: "Me concedes
isso?". E Deus assentiu sorrindo: "Claro, por que não?".
Passaram-se algumas horas em vibrante e luminoso silêncio findas as quais Deus,
com seu poder onipotente, materializou um cântaro e pediu a seu devoto: - "Estou
com sede, poderias trazer-me um pouco de água do rio?". Nárada levantou-se
graciosamente e feliz de poder servir o seu Amado, percorreu a curta distância
que o separava do rio. Chegando na margem, inclinou-se para encher o cântaro.
Ouviu então alguns passos e virando-se para um lado pode contemplar a forma mais
maravilhosa que jamais tivera visto. Trêmulo de emoção deixou o cântaro no chão
e aproximou-se daquela figura feminina de contornos inebriantes. "Que rosto!
Que olhos!" - murmurava fascinado. Percebeu então que o sol despontava no
horizonte e o céu explodia em tons dourados e azuis, e pensou "Isto só pode
significar o amanhecer de minha própria vida!". E, em poucos instantes,
aproximando-se da jovem, sua voz apaixonada descreveu poeticamente a intensidade
e profundidade de seus sentimentos, e a necessidade absoluta de desposar a bela
mulher. Os poucos segundos que se sucederam até a jovem dar a sua resposta,
pareceram intermináveis séculos para Nárada. Mas a angústia de seu peito foi
colimada de alegria quando ouviu da moça o mesmo desejo de compartilhar as suas
vidas.
Os anos se passaram.
Depois de muito esforço, conseguiram construir uma pequena casa na margem do
rio.
Algum tempo depois, felizes, comemoraram a primeira gravidez. O primogênito
trouxe-lhes grande alegria, assim como o segundo e o terceiro filho. Nárada os
educava com paciência, e observava com orgulho como eles iam se desenvolvendo.
Sua esposa continuava bela, mesmo depois da juventude ter ficado para trás. E,
apesar das divergências e freqüentes discussões, o amor entre eles continuava
firme e inspirador.
Um dia, quando as crianças já tinham chegado na adolescência, o céu ficou escuro
muito antes do entardecer.
Uma grande tormenta se aproximava.
Os três garotos brincavam no rio, numa balsa em cuja construção trabalharam por
mais de uma semana. A mãe aproximou-se do rio e pediu para eles saírem. Mas
eles, muito confiantes, disseram que estavam prontos para enfrentar qualquer
tempestade.
A mãe, aflita, correu até onde o seu marido trabalhava a terra e o trouxe
consigo até a margem do rio. O pai ordenou às crianças que voltassem, mas já era
tarde demais. A tormenta desatava seu furor levantando incontroláveis ondas que
sacudiam mortalmente a frágil balsa, a essa altura totalmente fora de controle.
Os pais desesperados lançaram-se ao resgate num pequeno barco que possuíam.
Lutaram bravamente, mas em vão. O rio engoliu a jangada e as crianças diante do
olhar impotente de Nárada e sua esposa. O casal gritava em tremenda aflição e o
clamor do seu pranto podia ouvir-se por sobre a voz ensurdecedora da tempestade.
Mas, quando a desgraça parecia ter alcançado o seu fim, eis que uma imensa onda
varre a superfície do barco arrastando consigo a mulher de Nárada. Ele se joga
ao rio tentando tirar dele seu último tesouro. Mas seu esforço sobre-humano é em
vão.
Com o coração partido, consegue manter-se flutuando enquanto a tormenta vai
amainando.
Finalmente, chega na margem do rio.
Com a alma rasgada e o rosto encharcado em lágrimas, Nárada levanta os braços ao
céu e, no limite do seu desespero, clama por Deus. Misturando raiva e
desolação grita pedindo forças e compaixão. Abrindo caminho entre as ondas
emocionais de sua tempestade interior, sua alma agita os céus exigindo
compreensão do sentido disso tudo, do sentido da vida.
Com o corpo agitado por seu choro, curvado pela dor em seu peito, Nárada não
percebe que alguém se aproxima.
Mas pode sentir que uma mão toca gentilmente em seu ombro, e pode ouvir quando
uma voz serena o chama pelo nome.
Levantando o rosto e enxugando as lágrimas vê alguém que conhece, mas não lembra
de onde.
E esse Alguém lhe diz com um sorriso maroto:
-"Nárada, que fazes? Por que gritas? Estou com sede, cadê a minha água?"
era perfeito. Ele conseguia agir sempre de maneira serena e amorosa. Fazia tudo
como um presente para Deus. E, quando chegavam à sua vida os resultados de suas
ações, ele os recebia com satisfação e agradecimento. Mesmo quando diferiam de
sua expectativa ou contradiziam o seu desejo, ele se comprazia com os
resultados, sabendo que eles obedeciam às Amorosas Leis Cósmicas. De fato, ele
considerava tudo que lhe acontecia como um amoroso presente dado pela
Fonte-de-Todo-Amor. Ele ouvia as pessoas falarem da dificuldade de escolher a
Verdade e de confiar no Amor, mas não conseguia imaginar tal situação, tão
natural era para ele agir com sabedoria.
Uma vez chegou na sua aldeia um respeitado yogui. Todos se reuniram para
escutá-lo falar sobre a Vida. E a curiosidade de Nárada foi de novo despertada
quando ouviu o yogui discursar sobre Maya, a Ilusão ou erro de compreensão que
faz com que seres cuja natureza é paz e plenitude possam se sentir ansiosos e
carentes, que faz com que seres perfeitos e divinos se considerem limitados e
insignificantes.
Nárada, não chegava a entender.
Para ele tudo era uma dança cósmica de Luz e Harmonia, não conseguia ficar cego
à Presença Divina e muito menos encontrar qualquer sinal da famosa Maya ou
Ilusão que enfeitiça os homens.
Nessa noite, como de costume, Nárada sentou-se em meditação para deliciar-se com
a contemplação do Amado Divino. E, como sempre, o Senhor do Cosmos sentou-se à
sua frente para deleitar-se com o néctar de devoção oferecido pelo seu devoto.
Depois de alguns momentos em amorosa comunhão, Nárada disse: "Amado Senhor, ouvi
falar muito da força de Tua Maya, e senti o desejo de conhecer o Jogo da
Ilusão". E acrescentou com total confiança na bondade divina: "Me concedes
isso?". E Deus assentiu sorrindo: "Claro, por que não?".
Passaram-se algumas horas em vibrante e luminoso silêncio findas as quais Deus,
com seu poder onipotente, materializou um cântaro e pediu a seu devoto: - "Estou
com sede, poderias trazer-me um pouco de água do rio?". Nárada levantou-se
graciosamente e feliz de poder servir o seu Amado, percorreu a curta distância
que o separava do rio. Chegando na margem, inclinou-se para encher o cântaro.
Ouviu então alguns passos e virando-se para um lado pode contemplar a forma mais
maravilhosa que jamais tivera visto. Trêmulo de emoção deixou o cântaro no chão
e aproximou-se daquela figura feminina de contornos inebriantes. "Que rosto!
Que olhos!" - murmurava fascinado. Percebeu então que o sol despontava no
horizonte e o céu explodia em tons dourados e azuis, e pensou "Isto só pode
significar o amanhecer de minha própria vida!". E, em poucos instantes,
aproximando-se da jovem, sua voz apaixonada descreveu poeticamente a intensidade
e profundidade de seus sentimentos, e a necessidade absoluta de desposar a bela
mulher. Os poucos segundos que se sucederam até a jovem dar a sua resposta,
pareceram intermináveis séculos para Nárada. Mas a angústia de seu peito foi
colimada de alegria quando ouviu da moça o mesmo desejo de compartilhar as suas
vidas.
Os anos se passaram.
Depois de muito esforço, conseguiram construir uma pequena casa na margem do
rio.
Algum tempo depois, felizes, comemoraram a primeira gravidez. O primogênito
trouxe-lhes grande alegria, assim como o segundo e o terceiro filho. Nárada os
educava com paciência, e observava com orgulho como eles iam se desenvolvendo.
Sua esposa continuava bela, mesmo depois da juventude ter ficado para trás. E,
apesar das divergências e freqüentes discussões, o amor entre eles continuava
firme e inspirador.
Um dia, quando as crianças já tinham chegado na adolescência, o céu ficou escuro
muito antes do entardecer.
Uma grande tormenta se aproximava.
Os três garotos brincavam no rio, numa balsa em cuja construção trabalharam por
mais de uma semana. A mãe aproximou-se do rio e pediu para eles saírem. Mas
eles, muito confiantes, disseram que estavam prontos para enfrentar qualquer
tempestade.
A mãe, aflita, correu até onde o seu marido trabalhava a terra e o trouxe
consigo até a margem do rio. O pai ordenou às crianças que voltassem, mas já era
tarde demais. A tormenta desatava seu furor levantando incontroláveis ondas que
sacudiam mortalmente a frágil balsa, a essa altura totalmente fora de controle.
Os pais desesperados lançaram-se ao resgate num pequeno barco que possuíam.
Lutaram bravamente, mas em vão. O rio engoliu a jangada e as crianças diante do
olhar impotente de Nárada e sua esposa. O casal gritava em tremenda aflição e o
clamor do seu pranto podia ouvir-se por sobre a voz ensurdecedora da tempestade.
Mas, quando a desgraça parecia ter alcançado o seu fim, eis que uma imensa onda
varre a superfície do barco arrastando consigo a mulher de Nárada. Ele se joga
ao rio tentando tirar dele seu último tesouro. Mas seu esforço sobre-humano é em
vão.
Com o coração partido, consegue manter-se flutuando enquanto a tormenta vai
amainando.
Finalmente, chega na margem do rio.
Com a alma rasgada e o rosto encharcado em lágrimas, Nárada levanta os braços ao
céu e, no limite do seu desespero, clama por Deus. Misturando raiva e
desolação grita pedindo forças e compaixão. Abrindo caminho entre as ondas
emocionais de sua tempestade interior, sua alma agita os céus exigindo
compreensão do sentido disso tudo, do sentido da vida.
Com o corpo agitado por seu choro, curvado pela dor em seu peito, Nárada não
percebe que alguém se aproxima.
Mas pode sentir que uma mão toca gentilmente em seu ombro, e pode ouvir quando
uma voz serena o chama pelo nome.
Levantando o rosto e enxugando as lágrimas vê alguém que conhece, mas não lembra
de onde.
E esse Alguém lhe diz com um sorriso maroto:
-"Nárada, que fazes? Por que gritas? Estou com sede, cadê a minha água?"

terça-feira, 1 de outubro de 2013
Auto corrupções e rotinas automáticas nos vinculando à ignorância existencial
Avydia (ignorância existencial) pode ser observada por 4 focos através do discernimento: pela conexão com os 6 sentidos(sem a conexão pelos sentidos não estou no mundo), pela objetividade ou discernimento das bolhas de realidade (ilusões, como por exemplo, aquilo que nos condicionamos a fazer automaticamente), pela forma manipuladora do mundo em que vivemos ou seja, como a persona emerge com o mundo, o que faz a ligação do externo com o interno ( produzindo a lente pela qual olhamos o mundo) e através dos referenciais que adotamos para o despertar, observando as fontes de refúgio (plataforma de interação mental/emocional a qual recorremos quando algo foge do controle). Entre estas duas últimas faixas há algo relativo a como posiciono a mente focando um referencial, mas que pode também tornar a pessoa escrava, já que imersa no ego dos ensinamentos, abre mão da liberdade, ou seja, deixa de viver a essência da sabedoria em si para repetir uma rotina(fontes de refúgio mental). Piero Ferrucci autor italiano, refere-se a este estágio como "rotinização". A lição que abstraí disto foi absorver que os ensinamentos dos sábios devem ser assimilados em sua essência e vividos com liberdade por cada um, a partir de si próprio, ou seja, aplicando em sua vida cotidiana, a partir de si, sendo os ensinamentos uma referência que deve ser digerida e descartada com o tempo (enquanto rotina). As expressões vão ao longo da vida formando uma rede interconectada inconsciente que reflete a expansão da consciência num movimento de dentro pra fora. Em determinados ciclos podemos ter ficado tecendo ramos periféricos recorrentes desvinculados aparentemente do Ser, que parte do centro, já que a atenção se fixou na sobreposição de motivos periféricos anteriormente memorizados, dando a impressão de separação, mas logo percebemos que está tudo interconectado e que nunca houve separação. Embora esta teia possa influenciar o livre arbítrio ou o desenho de alguns ramos da vida. O movimento cada vez mais vindo de dentro e conectado ao presente promove o sentimento do desabrochar de uma flor e mesmo que em alguns ramos desconexos tenhamos sofrido emocionalmente, isto tende a se pulverizar no todo, cujo significado expressa a manifestação do que somos. Na observação desta rede interconectada expandimos a consciência para uma dimensão além da nossa lógica e que escapa ao controle, o que proporciona que nos demos conta de que nos aceitando como somos, com amor, também aceitaremos a vida como ela se expressa, em comunhão ao amor que desabrocha com a dádiva do viver.
É muito comum, por exemplo, desenvolvermos a habilidade de julgar o que estamos colhendo no momento presente, enquanto a vida apenas flui, e no momento em que automaticamente rotulamos algo como bom ou mau, passamos a dar importância e a criar o cenário desta circunstância, produzindo uma bolha de realidade subjetiva. Se, por outro lado, tivermos a possibilidade de viver o silêncio entre a nossa mente e as nossas ações, cotidianamente, teremos a oportunidade de tomar consciência deste vínculo, o que nos libera, afinal, de tudo aquilo que não podemos soltar, não somos seus donos, mas sim, seus escravos. "A dificuldade de encontrar a si mesma(o) pode se manifestar por meio de diferentes sintomas, como a compulsão e o consumismo. Essa (compulsão) é a principal razão que leva as pessoas a comprarem o que não precisam, com o dinheiro que ainda não possuem, para impressionar quem não conhecem e fingir ser o que não são. O auto engano é um grande opositor do autoconhecimento, e o maior aliado dele (do auto engano) é o medo da exclusão social" (Waldemar Magaldi Filho - Psicólogo). O florescimento na natureza implica que tenha havido a semeadura. Podemos deixar que tudo floresça ao seu tempo, e que as semeaduras sejam espontâneas, embora seja um atributo da mente, depois que conhecemos o processo da semeadura à colheita, podermos nos utilizar do planejamento para que a flor brote ao lado do caminho e não no caminho, onde possa ser pisoteada pelos transeuntes, por exemplo. Ocorre que planejando tudo podemos acabar tão identificados com este atributo que passamos a viver no futuro e não mais no presente, o que gera a ansiedade. -Você tem que fazer deste jeito !!! ...As pessoas não te dizem : - Faça do seu jeito!!! Então, este condicionamento de querer que sejamos perfeitos desde filhos, etc já vai se moldando, e sem perceber, passamos a também querer ser perfeitos em tudo, daí o estímulo de planejar tudo para que saia "perfeito". No entanto, a busca da perfeição gera ansiedade, que gera expectativa, que gera o medo de não atender a expectativa alheia, e quando percebemos estamos no labirinto novamente. Sentir medo de não atingir a expectativa alheia é o mesmo que sentir medo da rejeição dos outros, por não nos enquadrarmos em seus moldes. Então, no limite, nos auto corrompemos, por medo de não nos enquadrarmos no que os outros querem que sejamos, embora deixar-se ir do nosso jeito, nos proporciona transcender este medo.Trem que não para,Vício, Matrix, Labirinto, Sansara, Ilusão,Plano Manifesto ...a todo momento recebemos dicas de que algo existe e permite que a energia vital flua e manifeste aquilo que absorvemos. A ignorância existencial é apenas aquilo que impede que despertemos para expandir a consciência para o fato de que a energia vital entra no labirinto da existência e muitas vezes se perde em seus caminhos, e inúmeros refúgios, que velam com suas paredes as portas de saída e entrada. Uma vez neste ambiente, uma energia magnética dinâmica nos impele a agir em seu meio, enquanto no propõe tomar consciência de seu poder em nos manter presos. Em cada circunstância há a possibilidade de observarmos a ignorância existencial, e neste sentido, a própria vida se basta para nos conduzir ao momento em que vamos tomar consciência desta realidade. Na compulsão , no consumismo, na necessidade de se sentir inserido, enfim, em tudo que está a nossa volta observamos um contexto, uma energia dinâmica emergindo com o mundo a nos atrair para o seu meio, e aos poucos vamos expandindo a consciência para isto. A impermanência gerando a insatisfação e consequentemente o sofrimento, marcando. Por isso, enquanto não nos voltarmos para dentro, a impressão é de que o trem não vai parar e vamos sucumbir com ele. Teremos então de um lado a circunstância demandando energia, consequentemente a expansão da manifestação, e do outro, a possibilidade de desconectar desta identidade do mundo, possibilitando que a energia brote sem a interferência do meio externo. Só quando passarmos a gerir esta energia dinâmica do mundo a ponto de não irmos com ela, sendo capazes de produzir a energia a partir da nossa essência, sem interferência do meio externo é que neutralizaremos a relação de causa e efeito. Afinal, estaremos interagindo com a vida alheios ao labirinto, sem a necessidade de busca da energia no meio.A realidade considerada como sendo a capacidade de nos energizarmos e consequentemente nos motivarmos, pelo simples fato de estarmos respirando, se contrapõe à realidade de nos energizarmos, e portanto, nos motivarmos com algo advindo de uma circunstância externa (Promoção profissional, vitória do time que torcemos, compra de algo novo, status, ser aceito no meio social, vício, drama de controle, etc). E para que possamos nos energizar em função de uma circunstância externa é necessário que estejamos convictos de que ela é real, e representa a verdade para nós, mesmo que seja algo que nos energiza temporariamente, ou seja, com prazo de validade, quando focaremos nossa atenção em outra circunstância externa, caracterizando a impermanência que gera insatisfação, e consequentemente produz sofrimento. Assim, detectamos e tomamos consciência pouco a pouco da existência de " bolhas de realidade", na vida cotidiana, o que pode ser chamado de ilusão, já que quando nos energizamos de dentro para fora, independemos destas circunstâncias para nos mantermos motivados, e consequentemente, o sofrimento oriundo do meio perde a força dinâmica. Cedo ou tarde vamos despertar para a consciência das portas de saída, para os aspectos desta energia magnética que nos impele a agir e vamos poder agir ou não, assim como, entrar e sair conscientemente. Portanto, o importante é tomar consciência do que é a ignorância existencial, sendo que atrairemos exatamente o que precisamos para achar a porta de saída e depois poderemos treinar entrar e sair até que este treino não seja mais necessário. Sendo assim, conscientemente podemos desfrutar de tudo, e desfrutar da vida o que ela nos proporciona de mais belo: a possibilidade de viver plenamente. Aos poucos, a vida vai nos ensinando a dar menos atenção pro mundo la fora e a nos aceitarmos como somos, e quando a gente se aceita, assim natural, sem julgamentos, aceitamos também o outro como é, e sentimos com maior lucidez o sentimento de amor. Ao nos dedicarmos mais a nós mesmos, voltando a energia para partir de dentro e não apenas focando os interesses do mundo, sentimos amor próprio e este sentimento se expande para fora, re-significando a lente com que enxergamos o mundo. As resistências que moram dentro de nós, portanto, passam a fluir, com o não julgamento, tanto de si quanto do mundo, propiciando a expansão da consciência para novos horizontes.
É muito comum, por exemplo, desenvolvermos a habilidade de julgar o que estamos colhendo no momento presente, enquanto a vida apenas flui, e no momento em que automaticamente rotulamos algo como bom ou mau, passamos a dar importância e a criar o cenário desta circunstância, produzindo uma bolha de realidade subjetiva. Se, por outro lado, tivermos a possibilidade de viver o silêncio entre a nossa mente e as nossas ações, cotidianamente, teremos a oportunidade de tomar consciência deste vínculo, o que nos libera, afinal, de tudo aquilo que não podemos soltar, não somos seus donos, mas sim, seus escravos. "A dificuldade de encontrar a si mesma(o) pode se manifestar por meio de diferentes sintomas, como a compulsão e o consumismo. Essa (compulsão) é a principal razão que leva as pessoas a comprarem o que não precisam, com o dinheiro que ainda não possuem, para impressionar quem não conhecem e fingir ser o que não são. O auto engano é um grande opositor do autoconhecimento, e o maior aliado dele (do auto engano) é o medo da exclusão social" (Waldemar Magaldi Filho - Psicólogo). O florescimento na natureza implica que tenha havido a semeadura. Podemos deixar que tudo floresça ao seu tempo, e que as semeaduras sejam espontâneas, embora seja um atributo da mente, depois que conhecemos o processo da semeadura à colheita, podermos nos utilizar do planejamento para que a flor brote ao lado do caminho e não no caminho, onde possa ser pisoteada pelos transeuntes, por exemplo. Ocorre que planejando tudo podemos acabar tão identificados com este atributo que passamos a viver no futuro e não mais no presente, o que gera a ansiedade. -Você tem que fazer deste jeito !!! ...As pessoas não te dizem : - Faça do seu jeito!!! Então, este condicionamento de querer que sejamos perfeitos desde filhos, etc já vai se moldando, e sem perceber, passamos a também querer ser perfeitos em tudo, daí o estímulo de planejar tudo para que saia "perfeito". No entanto, a busca da perfeição gera ansiedade, que gera expectativa, que gera o medo de não atender a expectativa alheia, e quando percebemos estamos no labirinto novamente. Sentir medo de não atingir a expectativa alheia é o mesmo que sentir medo da rejeição dos outros, por não nos enquadrarmos em seus moldes. Então, no limite, nos auto corrompemos, por medo de não nos enquadrarmos no que os outros querem que sejamos, embora deixar-se ir do nosso jeito, nos proporciona transcender este medo.Trem que não para,Vício, Matrix, Labirinto, Sansara, Ilusão,Plano Manifesto ...a todo momento recebemos dicas de que algo existe e permite que a energia vital flua e manifeste aquilo que absorvemos. A ignorância existencial é apenas aquilo que impede que despertemos para expandir a consciência para o fato de que a energia vital entra no labirinto da existência e muitas vezes se perde em seus caminhos, e inúmeros refúgios, que velam com suas paredes as portas de saída e entrada. Uma vez neste ambiente, uma energia magnética dinâmica nos impele a agir em seu meio, enquanto no propõe tomar consciência de seu poder em nos manter presos. Em cada circunstância há a possibilidade de observarmos a ignorância existencial, e neste sentido, a própria vida se basta para nos conduzir ao momento em que vamos tomar consciência desta realidade. Na compulsão , no consumismo, na necessidade de se sentir inserido, enfim, em tudo que está a nossa volta observamos um contexto, uma energia dinâmica emergindo com o mundo a nos atrair para o seu meio, e aos poucos vamos expandindo a consciência para isto. A impermanência gerando a insatisfação e consequentemente o sofrimento, marcando. Por isso, enquanto não nos voltarmos para dentro, a impressão é de que o trem não vai parar e vamos sucumbir com ele. Teremos então de um lado a circunstância demandando energia, consequentemente a expansão da manifestação, e do outro, a possibilidade de desconectar desta identidade do mundo, possibilitando que a energia brote sem a interferência do meio externo. Só quando passarmos a gerir esta energia dinâmica do mundo a ponto de não irmos com ela, sendo capazes de produzir a energia a partir da nossa essência, sem interferência do meio externo é que neutralizaremos a relação de causa e efeito. Afinal, estaremos interagindo com a vida alheios ao labirinto, sem a necessidade de busca da energia no meio.A realidade considerada como sendo a capacidade de nos energizarmos e consequentemente nos motivarmos, pelo simples fato de estarmos respirando, se contrapõe à realidade de nos energizarmos, e portanto, nos motivarmos com algo advindo de uma circunstância externa (Promoção profissional, vitória do time que torcemos, compra de algo novo, status, ser aceito no meio social, vício, drama de controle, etc). E para que possamos nos energizar em função de uma circunstância externa é necessário que estejamos convictos de que ela é real, e representa a verdade para nós, mesmo que seja algo que nos energiza temporariamente, ou seja, com prazo de validade, quando focaremos nossa atenção em outra circunstância externa, caracterizando a impermanência que gera insatisfação, e consequentemente produz sofrimento. Assim, detectamos e tomamos consciência pouco a pouco da existência de " bolhas de realidade", na vida cotidiana, o que pode ser chamado de ilusão, já que quando nos energizamos de dentro para fora, independemos destas circunstâncias para nos mantermos motivados, e consequentemente, o sofrimento oriundo do meio perde a força dinâmica. Cedo ou tarde vamos despertar para a consciência das portas de saída, para os aspectos desta energia magnética que nos impele a agir e vamos poder agir ou não, assim como, entrar e sair conscientemente. Portanto, o importante é tomar consciência do que é a ignorância existencial, sendo que atrairemos exatamente o que precisamos para achar a porta de saída e depois poderemos treinar entrar e sair até que este treino não seja mais necessário. Sendo assim, conscientemente podemos desfrutar de tudo, e desfrutar da vida o que ela nos proporciona de mais belo: a possibilidade de viver plenamente. Aos poucos, a vida vai nos ensinando a dar menos atenção pro mundo la fora e a nos aceitarmos como somos, e quando a gente se aceita, assim natural, sem julgamentos, aceitamos também o outro como é, e sentimos com maior lucidez o sentimento de amor. Ao nos dedicarmos mais a nós mesmos, voltando a energia para partir de dentro e não apenas focando os interesses do mundo, sentimos amor próprio e este sentimento se expande para fora, re-significando a lente com que enxergamos o mundo. As resistências que moram dentro de nós, portanto, passam a fluir, com o não julgamento, tanto de si quanto do mundo, propiciando a expansão da consciência para novos horizontes.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
As camadas de condicionamento
O que há em comum entre nós e o herói que nasce numa família humana comum, transcende as teias mentais do meio em que vive, despertando para o absoluto, após inúmeros desafios cotidianos, para onde se dilui, surgindo novamente transfigurado para permanecer vivendo a vida relativa, porém agora onisciente?
Na vivência, tudo o que chega através dos sentidos encontra um código gravado, que dá sentido aquela vibração
e a torna perceptível. Uma vibração sonora, encontra um código emocional e viaja pelo nosso sistema nervoso;
Num instante estaremos flutuando, levados pelo embalo da melodia; Como barcos na correnteza, os códigos gravados nos levarão rumo ao destino; A questão é que depois que este código é gravado em nosso sistema, desde a infância, até tomar consciência que focinho de porco não é tomada, demora...
A linguagem é o principal meio pelo qual é transferido conhecimento, atitudes, preconceitos, sentimentos e aqueles aspectos que formam a personalidade e a cultura individual. Se somos um conjunto de dimensões que juntas interagem com o plano em que atuamos, é bastante compreensível considerar que a construção e a gravação destes códigos em nosso sistema nervoso visa nos capacitar para interagir com este plano de vivência. No entanto, esta interação com o meio, com o tempo, causa uma identificação, que poderá ser percebida e gerenciada, afinal, tudo na sociedade em que vivemos nos leva à distração de nós mesmos, da nossa vida interior. Portanto, a tendência da sociedade moderna é que cada um viva "fora de si", o que gera alienação, ansiedade e todo tipo de sofrimento pessoal. Se equilibrarmos o tempo que estimulamos os músculos numa academia ou esporte, por exemplo, com o tempo que estimulamos as emoções e sentimentos, estaremos dando também importância para a nossa dimensão sutil, mas o estímulo não é no sentido de exteriorizá-las à vontade, para obter alívio (catarse), como se expressando nossa raiva ela acabasse por se esgotar, afinal, pesquisas recentes verificam que a expressão incontida dessas emoções negativas podem levar a uma piora no estado geral de saúde, podendo causar aumento do estresse e sintomas cardiovasculares indesejáveis (ataques cardíacos, pressão alta, etc). Isso porque toda ideia, toda emoção, embora sutil, constitui um impulso eletromagnético que "navega" pelos nossos neurônios, cujo gatilho está ligado aos códigos gravados em nosso sistema desde a infância. Se esses impulsos forem muito fortes ou contínuos produzirão substâncias neuroquímicas em excesso, que por sua vez poderão afetar o equilíbrio neuro-hormonal: a acetilcolina, a adrenalina, noradrenalina, serotonina, dopaminas, etc. E este é o motivo pelo qual adotar posturas de consciência sobre a nossa essência sutil, nos ajuda a evitar a instalação e a manutenção de um estado de saúde indesejável, seja lá por qual meio adotemos (meditação, esporte, ioga, etc), já que passamos a nos desidentificar com esta dimensão mais ligada à sociedade e seus labirintos, passando a observa-la de forma a reduzir o grau de envolvimento. Isso porque nas dimensões em que estamos vibrando simultaneamente (da sutil à mais densa), tudo funciona de maneira integrada, assim como em toda a natureza, sendo assim, o desequilíbrio emocional(ligado aos nossos códigos de referência) levará ao desequilíbrio energético, que por sua vez atua em nosso sistema nervoso, hormonal e imunológico, podendo produzir qualquer tipo de doença, desde distúrbios da pressão arterial, de sono, dores na coluna, gastrites, resfriados constantes, até a formação de tumores, doenças autoimunes e falta de defesa a viroses e infecções.
Até mesmo a concepção do tempo instituído em nossa civilização, enquanto "unidade de medida" é uma convenção organizada para a implementação da vida em sociedade, e que reflete o alcance da consciência humana, dentro das dimensões conhecidas. Com o avanço da consciência humana para universos paralelos de existência, aos poucos a humanidade produzirá condições para romper com crenças limitantes sobre sua existência e poderá dar um salto quântico em sua concepção sobre a vida e a eternidade. Sendo assim, no ciclo da vida em que o exercício do discernimento for mais necessário, afim de discriminarmos o falso do verdadeiro, sinto ser importante observarmos os paradigmas aos quais fomos condicionados a acreditar em nossa cultura, pelos olhos da cultura de outros povos. É muito saudável, por exemplo, verificar o que há de comum nos mitos de cada cultura; Como determinado povo observa o mesmo aspecto da vida que observamos, através da lente de nossa cultura! Não que isto possa determinar o que é verdade ou o que é falso, porque já somos a verdade, mas para percebermos o que passamos a considerar como verdadeiro, sobrepondo o que verdadeiramente sentimos e somos. E ir aos poucos tirando os véus. É um trabalho subjetivo de cada um e que produz subsídios para um auto despertar, já que cada um é responsável por sua própria purificação. A impressão ilusória de separação, em função da identificação com o "eu aparente" que é o reflexo do sistema de códigos gravados em nossa memória mental e emocional desde a infância, dimensão em nós que fornece subsídios para que possamos interagir com o plano da manifestação, já que estamos encarnados; em algum momento da nossa vivência será motivo de reflexão para o discernimento e a re-significação de nossos paradigmas, já que com o tempo, ocorre o amadurecimento deste tema intuitivamente de forma natural (cada um ao seu tempo). Daí é que se origina a expressão "religare" utilizada por Lactâncio por volta do século III a IV d.C. para demonstrar a origem da palavra latina "religionem", que no mundo contemporâneo ocidental derivou para "religião". Ele contestou Cícero, e demonstrou que a raíz correta da palavra "religionem" seria "religare", afinal a função das religiões seria a de religar o homem à Deus (sua fonte). O artista, através de sua arte, intuitivamente sempre nos inspira, no entanto, ele se utiliza da lente da cultura, considerando os símbolos que estão no inconsciente coletivo de sua época, e dependendo da época, até para se manter vivo (rsrsrs). Na obra de Michelângelo sobre a criação de Adão metaforicamente pode-se enxergar ainda a sugestão subliminar de sua religação à fonte (Deus), segundo a concepção divina da época. Aliás uma ótima pergunta, afim de observarmos e discernirmos subjetivamente sobre a força da metáfora simbólica do arquétipo: -Quem seriam Adão e Eva (nas tradições que se utilizam do Gênesis), o primeiro homem e a primeira mulher ou uma metáfora ao "eu aparente" (sistema de códigos na memória aos quais nos identificamos e que causa a impressão ilusória de separação da fonte) no seu aspecto masculino e feminino, ou...razão e emoção ?
Para a vida cotidiana, a percepção subjetiva da origem e formação do "eu aparente", em função do condicionamento ao qual nos submetemos desde a infância, produz as condições para que compreendamos inicialmente através do intelecto, quem realmente somos. Posteriormente, com a ajuda de ferramentas que nos ajudam a cada vez mais colocar a energia no 'estar fluindo com o momento presente', como a meditação, a ioga, o esporte, o desapego, o exercício diário com a própria vivência, etc, aos poucos, o Ser vai se energizando e propiciando que façamos outras descobertas como, por exemplo que, se não todo, mas uma grande parte do sofrimento humano do dia a dia tem a ver com a 'não aceitação' do momento presente como ele é ou se apresenta, pois identificados com o "eu aparente" criamos o "tempo psicológico", onde, em função dos códigos gravados na memória, julgamos o espaço de tempo presente como mau ou bom, com base em fatos passados ou projetando circunstâncias imaginárias no futuro, por onde o momento presente,... o Ser, escapa, como o piscar dos olhos. Sendo que o presente, sem nenhum tipo de julgamento mental é puro e apenas flui com a vida. Portanto, assumindo que não somos esta nuvem condicionada que paira sobre nossas cabeças vinculada ao 'eu aparente', podemos expandir a consciência para Ser (desde a pureza da fonte) e fluir com os momentos presentes que se sucedem. Tornando possível observar os problemas oriundos dos desafios cotidianos e resolve-los de forma prática, aceitando-os sem apego, e seguindo o fluxo natural do viver, o que evita patologias como o estresse e a depressão, que nada mais são do que a sobreposição do Ser pelo "eu aparente". O primeiro, em função da identificação com as metas e objetivos projetados para o futuro, e a segunda, em função da identificação com a frustração e a tristeza consequente, por viver com a impressão ilusória de que as coisas não ocorreram de acordo com as nossas expectativas, produzida pelo mesmo "eu aparente", enquanto o Ser, quem somos verdadeiramente, permanece adormecido sob as camadas de todo o condicionamento ocorrido.
Na vivência, tudo o que chega através dos sentidos encontra um código gravado, que dá sentido aquela vibração
e a torna perceptível. Uma vibração sonora, encontra um código emocional e viaja pelo nosso sistema nervoso;
Num instante estaremos flutuando, levados pelo embalo da melodia; Como barcos na correnteza, os códigos gravados nos levarão rumo ao destino; A questão é que depois que este código é gravado em nosso sistema, desde a infância, até tomar consciência que focinho de porco não é tomada, demora...
A linguagem é o principal meio pelo qual é transferido conhecimento, atitudes, preconceitos, sentimentos e aqueles aspectos que formam a personalidade e a cultura individual. Se somos um conjunto de dimensões que juntas interagem com o plano em que atuamos, é bastante compreensível considerar que a construção e a gravação destes códigos em nosso sistema nervoso visa nos capacitar para interagir com este plano de vivência. No entanto, esta interação com o meio, com o tempo, causa uma identificação, que poderá ser percebida e gerenciada, afinal, tudo na sociedade em que vivemos nos leva à distração de nós mesmos, da nossa vida interior. Portanto, a tendência da sociedade moderna é que cada um viva "fora de si", o que gera alienação, ansiedade e todo tipo de sofrimento pessoal. Se equilibrarmos o tempo que estimulamos os músculos numa academia ou esporte, por exemplo, com o tempo que estimulamos as emoções e sentimentos, estaremos dando também importância para a nossa dimensão sutil, mas o estímulo não é no sentido de exteriorizá-las à vontade, para obter alívio (catarse), como se expressando nossa raiva ela acabasse por se esgotar, afinal, pesquisas recentes verificam que a expressão incontida dessas emoções negativas podem levar a uma piora no estado geral de saúde, podendo causar aumento do estresse e sintomas cardiovasculares indesejáveis (ataques cardíacos, pressão alta, etc). Isso porque toda ideia, toda emoção, embora sutil, constitui um impulso eletromagnético que "navega" pelos nossos neurônios, cujo gatilho está ligado aos códigos gravados em nosso sistema desde a infância. Se esses impulsos forem muito fortes ou contínuos produzirão substâncias neuroquímicas em excesso, que por sua vez poderão afetar o equilíbrio neuro-hormonal: a acetilcolina, a adrenalina, noradrenalina, serotonina, dopaminas, etc. E este é o motivo pelo qual adotar posturas de consciência sobre a nossa essência sutil, nos ajuda a evitar a instalação e a manutenção de um estado de saúde indesejável, seja lá por qual meio adotemos (meditação, esporte, ioga, etc), já que passamos a nos desidentificar com esta dimensão mais ligada à sociedade e seus labirintos, passando a observa-la de forma a reduzir o grau de envolvimento. Isso porque nas dimensões em que estamos vibrando simultaneamente (da sutil à mais densa), tudo funciona de maneira integrada, assim como em toda a natureza, sendo assim, o desequilíbrio emocional(ligado aos nossos códigos de referência) levará ao desequilíbrio energético, que por sua vez atua em nosso sistema nervoso, hormonal e imunológico, podendo produzir qualquer tipo de doença, desde distúrbios da pressão arterial, de sono, dores na coluna, gastrites, resfriados constantes, até a formação de tumores, doenças autoimunes e falta de defesa a viroses e infecções.
Até mesmo a concepção do tempo instituído em nossa civilização, enquanto "unidade de medida" é uma convenção organizada para a implementação da vida em sociedade, e que reflete o alcance da consciência humana, dentro das dimensões conhecidas. Com o avanço da consciência humana para universos paralelos de existência, aos poucos a humanidade produzirá condições para romper com crenças limitantes sobre sua existência e poderá dar um salto quântico em sua concepção sobre a vida e a eternidade. Sendo assim, no ciclo da vida em que o exercício do discernimento for mais necessário, afim de discriminarmos o falso do verdadeiro, sinto ser importante observarmos os paradigmas aos quais fomos condicionados a acreditar em nossa cultura, pelos olhos da cultura de outros povos. É muito saudável, por exemplo, verificar o que há de comum nos mitos de cada cultura; Como determinado povo observa o mesmo aspecto da vida que observamos, através da lente de nossa cultura! Não que isto possa determinar o que é verdade ou o que é falso, porque já somos a verdade, mas para percebermos o que passamos a considerar como verdadeiro, sobrepondo o que verdadeiramente sentimos e somos. E ir aos poucos tirando os véus. É um trabalho subjetivo de cada um e que produz subsídios para um auto despertar, já que cada um é responsável por sua própria purificação. A impressão ilusória de separação, em função da identificação com o "eu aparente" que é o reflexo do sistema de códigos gravados em nossa memória mental e emocional desde a infância, dimensão em nós que fornece subsídios para que possamos interagir com o plano da manifestação, já que estamos encarnados; em algum momento da nossa vivência será motivo de reflexão para o discernimento e a re-significação de nossos paradigmas, já que com o tempo, ocorre o amadurecimento deste tema intuitivamente de forma natural (cada um ao seu tempo). Daí é que se origina a expressão "religare" utilizada por Lactâncio por volta do século III a IV d.C. para demonstrar a origem da palavra latina "religionem", que no mundo contemporâneo ocidental derivou para "religião". Ele contestou Cícero, e demonstrou que a raíz correta da palavra "religionem" seria "religare", afinal a função das religiões seria a de religar o homem à Deus (sua fonte). O artista, através de sua arte, intuitivamente sempre nos inspira, no entanto, ele se utiliza da lente da cultura, considerando os símbolos que estão no inconsciente coletivo de sua época, e dependendo da época, até para se manter vivo (rsrsrs). Na obra de Michelângelo sobre a criação de Adão metaforicamente pode-se enxergar ainda a sugestão subliminar de sua religação à fonte (Deus), segundo a concepção divina da época. Aliás uma ótima pergunta, afim de observarmos e discernirmos subjetivamente sobre a força da metáfora simbólica do arquétipo: -Quem seriam Adão e Eva (nas tradições que se utilizam do Gênesis), o primeiro homem e a primeira mulher ou uma metáfora ao "eu aparente" (sistema de códigos na memória aos quais nos identificamos e que causa a impressão ilusória de separação da fonte) no seu aspecto masculino e feminino, ou...razão e emoção ?
Para a vida cotidiana, a percepção subjetiva da origem e formação do "eu aparente", em função do condicionamento ao qual nos submetemos desde a infância, produz as condições para que compreendamos inicialmente através do intelecto, quem realmente somos. Posteriormente, com a ajuda de ferramentas que nos ajudam a cada vez mais colocar a energia no 'estar fluindo com o momento presente', como a meditação, a ioga, o esporte, o desapego, o exercício diário com a própria vivência, etc, aos poucos, o Ser vai se energizando e propiciando que façamos outras descobertas como, por exemplo que, se não todo, mas uma grande parte do sofrimento humano do dia a dia tem a ver com a 'não aceitação' do momento presente como ele é ou se apresenta, pois identificados com o "eu aparente" criamos o "tempo psicológico", onde, em função dos códigos gravados na memória, julgamos o espaço de tempo presente como mau ou bom, com base em fatos passados ou projetando circunstâncias imaginárias no futuro, por onde o momento presente,... o Ser, escapa, como o piscar dos olhos. Sendo que o presente, sem nenhum tipo de julgamento mental é puro e apenas flui com a vida. Portanto, assumindo que não somos esta nuvem condicionada que paira sobre nossas cabeças vinculada ao 'eu aparente', podemos expandir a consciência para Ser (desde a pureza da fonte) e fluir com os momentos presentes que se sucedem. Tornando possível observar os problemas oriundos dos desafios cotidianos e resolve-los de forma prática, aceitando-os sem apego, e seguindo o fluxo natural do viver, o que evita patologias como o estresse e a depressão, que nada mais são do que a sobreposição do Ser pelo "eu aparente". O primeiro, em função da identificação com as metas e objetivos projetados para o futuro, e a segunda, em função da identificação com a frustração e a tristeza consequente, por viver com a impressão ilusória de que as coisas não ocorreram de acordo com as nossas expectativas, produzida pelo mesmo "eu aparente", enquanto o Ser, quem somos verdadeiramente, permanece adormecido sob as camadas de todo o condicionamento ocorrido.
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terça-feira, 20 de agosto de 2013
A codificação do amor pela persona
Uma criança recém-nascida não sabe nada sobre o amor. Está completamente desamparada,ignorante, dependente e vulnerável. Se for deixada sozinha , sem ninguém se preocupando com ela, até os seis ou sete anos, provavelmente morrerá. Levará mais tempo de que qualquer criatura viva para aprender a ser independente. E parece que, à proporção que as sociedades tornam-se mais complicadas e sofisticadas, a época em que se atinge a independência torna-se mais distante, a ponto do indivíduo permanecer dependente - se não economicamente, pelo menos emocionalmente- até a morte. Quando a criança vai crescendo, o mundo que a cerca e as pessoas que interagem com seu mundo vão ensinando-lhe o que o amor significa. A princípio parece que, quando tem fome, está sozinha, com dor ou mal-estar, basta chorar. Seu choro traz uma resposta, em geral a alguém que a alimente para que não sinta fome; que a segure para não se sentir sozinha; que elimine a origem de sua dor para que volte a sentir-se bem novamente. Estas serão as primeiras interações que irão lhe ensinar a se identificar com outro ser. Ainda não é capaz de relacionar essa fonte de conforto comum ser humano, como mãe,o pai, uma empregada,governanta, ou a avó. É provável que se um lobo, que é conhecido por ter servido a esse propósito com uma criança,alimentasse suas necessidades básicas, estabeleceria uma relação de precisar do lobo. Mas ainda não é amor, é simplesmente uma ligação. Não importa.É essa primeira reação-interação, unilateral, e que pode parecer simples, que eventualmente conduzirá ao fenômeno complicado e multifacetado do amor. Nessa altura, a atitude do objeto do qual a criança depende e ao qual reage desempenha um papel importante. O objeto também tem necessidade. E de acordo com elas, responderá à criança. O reconhecimento para uma mãe que se levanta durante a noite e toma conta da criança, ou que faz as milhares de pequenas tarefas que uma mãe do século XXI faz, por exemplo, pode ser simplesmente o sentimento de realização por ter criado uma vida, ou o sorriso da criança, ou então o calor da criança contra seu corpo. Mas de qualquer maneira , ela necessitará de reconhecimento, ou abandonará a criança. A forma como ela reagirá depende de como esses atos vão de encontro às suas necessidades. Já foi notado que mãe de crianças autistas e não-responsivas tendem a deixá-las de lado, a segurá-las menos, a acariciá-las menos,a cuidar menos delas e em geral a ser menos sensíveis a elas. Quando a criança cresce, seu mundo e suas relações também crescem. Seu mundo de amor ainda é limitado, em geral à família; seu pai, irmãos e irmãs, mas principalmente a mãe. Cada membro da família terá seu papel a desempenhar ensinando à criança alguma coisa do amor. Fará isso quando segurá-la, ou quando brincar e falar com ela, ou então quando reagir a ela. Certamente nenhum membro da família jamais se preocupou em “ensinar” o amor à criança. O amor é uma emoção, é uma verdade. Mas é também uma “resposta” a uma emoção e, além disso, uma expressão “ativa” daquilo que se sente. O amor não é aprendido por osmose. Na verdade, depende da atuação de todos nós. Por sua vez, cada membro da família pode ensinar apenas o que sabe do amor. A criança irá demonstrar cada vez mais o que está aprendendo. Os elementos positivos que expressa, que são aprovados e recompensados de acordo com os sentimentos e as crenças familiares, serão adotados como parte de seu comportamento. Aqueles elementos de seu comportamento que a sua família desaprova, ou não recompensa, que podem até mesmo ser punidos, serão deixados de lado. Por exemplo, se a família é um grupo efusivo, onde a afeição é claramente exposta, a criança será recompensada por uma resposta positiva quando expressar isso. A criança sobe nos braços do pai e beija-lhe calorosamente. O pai responde-lhe com uma aprovação verbal, alegre, gentil e sorridente. Está ensinando à criança que esta expansão de amor é boa. Por outro lado, uma criança pode subir nos braços de seu pai, que é uma pessoa igualmente amorosa, mas cuja expressão de amor não inclui demonstrações expansivas de afeição. Este pai gentilmente afasta a criança de seu colo e diz, sorridente. –Garoto, não abrace e beije os outros. Este pai ensinou a seu filho que é bom amar, mas que uma demonstração de amor não é aprovada em seu ambiente. O filósofo francês Jean Paul Sartre escreveu: “Muito tempo antes do nascimento, até mesmo antes de sermos concebidos, nossos pais já decidiram quem seremos”. Além da família próxima, existem outras influências que ensinam o amor. O efeito dessas influências pode ser errado. Então temos: a cultura social, que em muitos casos ensinou à família sua responsabilidade no amor, e portanto, servirá para recompensar as ações da criança; Ninguém consegue ser totalmente livre de pressões e influências culturais. Para tornar-se “socialmente aceito”, uma pessoa sempre tem que abrir mão de alguma coisa de si próprio. A cultura e a sociedade detêm o poder e se optamos por participarmos delas, irão agir sobre o nosso pensamento, limitar nossas escolhas, moldar nosso comportamento, ensinar-nos sua definição de adaptação e mostrar-nos o que entendem sobre o amor. Então, a forma pela qual você aprende o amor será algo determinado pela cultura na qual é criado. A experiência familiar pode algumas vezes entrar em conflito com a social, quando aprendemos em casa a ser expansivos, por exemplo, e na escola, somos vistos com “outros olhos”. Mas, como todo conflito, com a consciência na situação, tudo será superado. A criança está, então, continuamente à mercê dos seus mestres: o ambiente em que vive e os indivíduos (pessoas humanas) com quem entra em contato. São responsáveis por lhe ensinar a amar, mas é claro que os pais serão seus principais mestres, terão o mais forte impacto sobre a criança e lhe ensinarão apenas o tipo de amor que aprenderam; e somente até onde o aprenderam. Pois também já estiveram à mercê dos mestres e dos meios. Os mestres só podem ensinar o que aprenderam. Se o amor que tiverem for imaturo, confuso, possessivo, destrutivo, exclusivo, então será isso que transmitirão e ensinarão a seus alunos. Por outro lado, se o amor que conhecerem for construtivo, livre, maduro, ensinarão isso a suas crianças. A criança não pode reagir a seus mestres, tem pouco ou nenhum poder sobre isto. Para ter algum grau de conforto aceitará o que lhe é oferecido, em geral sem questionar. Na verdade tem poucos questionamentos porque possui poucos conhecimentos e nada para ser comparado. Seu mundo é mimado e lhe dão as ferramentas para alcançar as exigências e os símbolos com os quais organizá-lo. Ensinando-lhe até mesmo o que é importante, que sons devem escutar e o que podem significar, e o que não tem valor algum.Em outras palavras, ensinam-lhe a tornar-se um tipo específico de pessoa amorosa. Para receber amor de volta , precisa escutar, ver e responder como todos os outros fazem. Parece bastante simples, mas o custo para a sua individualidade é muito grande. A linguagem é o principal meio pelo qual transferimos conhecimento, atitudes, preconceitos, sentimentos e aqueles aspectos que formam a personalidade e acultura individual. A linguagem é ensinada e aprendida através da família e da sociedade. Todas as palavras tem um conteúdo intelectual. Teríamos poucas dificuldades para definir,por exemplo, uma “mesa” ou uma “casa”. Mas cada palavra tem também um conteúdo emocional. Torna-se uma coisa bem diferente quando lhe pedem para definir uma “casa”, ao invés de falar sobre a “primeira casa” da qual você se lembra. Todos conhecemos o significado da palavra “livre”. Mas se tivéssemos que tentar definir liberdade em termos nossos, vivendo em nosso meio, teríamos dificuldades em fazê-lo. Uma vez “enquadrada”, as atitudes e os sentimentos relativos aos objetos ou pessoas a que as palavras se referem tornam-se estáveis e em muitos casos irreversíveis. Através das palavras, portanto, a criança recebe não somente conteúdos,como também atitudes. Suas atitudes no amor são formadas . Uma espécie de “ mapa” é instituído, estático e sobre o qual todo o aprendizado subseqüente de atitudes e consciência acontece. O “mapa” da criança será determinado por quão aproximados dos fatos sejam os símbolos, e como são aprendidos, assimilados, analisados e recompensados através da experiência. A linguagem é importante na formação do comportamento , das relações, ações, atitudes, empatia, responsabilidade, cuidado, alegria, reação –em outras palavras, a linguagem do amor será então fixada. Nesse ponto a criança ainda está à mercê de seus mestres, foi coagida, devido à falta de experiência e por sua dependência, a acreditar nos mestres e a aceitar o mundo de amor que lhe oferecem como real. Então, chega o momento de ir à escola... (Texto postado originalmente na Comunidade Moral da estória - Orkut, em Set/2009)
terça-feira, 13 de agosto de 2013
O arquétipo e o Mito
O inconsciente é o espaço da consciência que está na sombra. Um espaço que como o consciente, é condicionado, porém guarda de forma oculta a memória das tradições, Resíduo racial e cultural, motivos secretos, anseios, prazeres, que traduzem como a persona tenderá a agir sob sua influência. Deste caldeirão inconsciente observam-se recorrências, ocorrendo como certas "verdades" da natureza, seja ela do ponto de vista macro ou microcósmico. Portanto, são "verdades" inconscientes que brotam na vida cotidiana e que receberam em tempos antigos a denominação de "Arquétipos". As civilizações da antiguidade, conhecedoras da natureza inconsciente, trabalharam bastante na educação de sua sociedade com estes arquétipos, criando símbolos que são embalagens destas 'verdades inconscientes' trafegando em estórias que visam traze-los à tona. E assim nasceram os Mitos. Sendo assim, ao lermos o Mito Grego que conta a estória do Rei Édipo, que assassinou o pai, Laio, e desposou a mãe, Jocasta, temos as chaves para acessar uma profunda verdade sobre a natureza humana, onde fica evidente que um adulto pode, mesmo tendo crescido fisicamente, ter-se mantido no desenvolvimento psicológico, infantil, e através desta lente, agir por muito tempo para realizar tão somente os próprios desejos infantis, sem tomar consciência disto. E disto decorre uma verdade fundamental sobre a natureza psicológica humana, a partir do nascimento, que nos mostra dentre o âmbito do reino animal o Ser humano como a espécie que fica mais tempo junto ao seio materno, já que após o nascimento ainda deverá ser preparado ao longo de um tempo para se inserir no mundo. Consequentemente a mãe se torna toda a sua capacidade de defesa contra uma infinidade de perigos, após o nascimento, ou seja, uma proteção que se estende além do período intra-uterino. Assim, a criança dependente e sua mãe formam ao longo deste tempo uma unidade dual, tanto no aspecto físico quanto psicológico. Ocorre que toda ausência prolongada da mãe provocará, portanto, tensão na criança gerando consequentes impulsos agressivos, enquanto, do lado da mãe, quando esta necessitar controlar a criança, gerará da mesma forma respostas agressivas. O primeiro objeto de hostilidade é também o primeiro objeto do seu amor! Surge, portanto, o seu primeiro ideal, que daí por diante se manterá como base inconsciente para imagens de paz, verdade, beleza, perfeição, benção, ou seja, a imagem desta unidade dual com a mãe. Por outro lado, a primeira intrusão radical de outra realidade, na beatitude desta reafirmação pós nascimento da excelência da paz do útero, será a do pai, no sentido de separá-la da mãe, que por este motivo assume primariamente o personagem de inimigo, puxando para si toda a carga de agressão originalmente vinculada à mãe ausente ou "má". No entanto, é comum permanecer com a mãe o desejo ligado à mãe "boa" ou presente, que nutre e protege. Esta distribuição de impulsos positivos e negativos, amor e ódio, Eros e Thanatos, constitui o fundamento para o estudado complexo de Édipo, ilustrado pelo respectivo Mito. Apontado pela psicanálise de Freud como a grande causa do fracasso do amadurecimento na fase adulta, no sentido de comportar-se de forma racional. Mas o Mito propõe que, ultrapassada de forma saudável a fase da unidade dual com a mãe, diferentemente de Édipo, a criança será bem sucedida, na proporção que não se tornará psiconeurótica, desvinculando os impulsos sexuais da respectiva mãe e esquecendo o ciúme com relação ao respectivo pai. Freud então afirma que toda desordem patológica da vida sexual, pode ser considerada uma inibição do desenvolvimento, como ilustrado pelo Mito.
terça-feira, 16 de julho de 2013
A mensagem da Vedanta
Qual a mensagem da Vedanta?
Veda: Sabedoria, conhecimento último;
Anta: fim;
Literalmente:"fim ou coroa dos Vedas", ou ainda, "fim e objeto de todo conhecimento". Antiquíssima doutrina mística, dividida mais tarde em três escolas:
Dvaita (dualista), Vizichtadvaita ou Vishistadvaita (dualista com diferenciações ou monista qualificada, depende do ponto de vista) e Advaita (monista);
Advaita = Shankara (século VIII);
Vizichtadvaita = Ramanuja (século XII);
Dvaita = Madhva (século XIII);
"Advaita literalmente significa "não dois"; isto é o que referimos como monoteístico, ou sistema não-dualístico, que enfatiza a unidade. Seu consolidador foi Shankaracharya (788-820). Shankara expos suas teorias baseadas amplamente nos ensinamentos dos Upanishads e de seu guru Gaudapada. Através da analise da consciência experimental, ele expos a natureza relativa do mundo e estabeleceu a realidade não dual ou Brahman no qual Atman (a alma individual) ou Brahman (a realidade última) são absolutamente identificadas. Não é meramente uma filosofia, mas um sistema consciente de éticas aplicadas e meditação, direcionadas a obténção da paz e compreensão da verdade. Sankaracharya acusou as castas e rituais como tolos, e em sua própria maneira carismática, suplicou aos verdadeiros devotos a meditarem no amor de Deus e alcançarem a verdade." (Fonte: Wikipédia)
Anta: fim;
Literalmente:"fim ou coroa dos Vedas", ou ainda, "fim e objeto de todo conhecimento". Antiquíssima doutrina mística, dividida mais tarde em três escolas:
Dvaita (dualista), Vizichtadvaita ou Vishistadvaita (dualista com diferenciações ou monista qualificada, depende do ponto de vista) e Advaita (monista);
Advaita = Shankara (século VIII);
Vizichtadvaita = Ramanuja (século XII);
Dvaita = Madhva (século XIII);
"Advaita literalmente significa "não dois"; isto é o que referimos como monoteístico, ou sistema não-dualístico, que enfatiza a unidade. Seu consolidador foi Shankaracharya (788-820). Shankara expos suas teorias baseadas amplamente nos ensinamentos dos Upanishads e de seu guru Gaudapada. Através da analise da consciência experimental, ele expos a natureza relativa do mundo e estabeleceu a realidade não dual ou Brahman no qual Atman (a alma individual) ou Brahman (a realidade última) são absolutamente identificadas. Não é meramente uma filosofia, mas um sistema consciente de éticas aplicadas e meditação, direcionadas a obténção da paz e compreensão da verdade. Sankaracharya acusou as castas e rituais como tolos, e em sua própria maneira carismática, suplicou aos verdadeiros devotos a meditarem no amor de Deus e alcançarem a verdade." (Fonte: Wikipédia)
Upanishads - comentários do Veda Rei
Para nós ocidentais, principalmente para os que buscam o "Ser" verdadeiro, é muito importante conhecer uma filosofia rica, como a do Veda. Na Índia, um discípulo preparado para a evolução, chamado de Adikari, é uma pessoa que possui um estado de felicidade interior, que brota da alegria de Ser si mesmo. Partindo daí, este defrontar-se-á com uma preliminar ao estudo do Veda: o Rig Veda, chamado de Veda Rei, o único Veda; pois todos os outros, o Sama, o Yagur e o Atharva, são ramificações que se desprenderam do Veda Central. O discipulo busca a compreensão deste Veda, mas estando sua terminologia fora do alcance de qualquer principiante, assim como, seus comentários, que estão nos Upanishads, ...muito longe para o entendimento, este será introduzido na essência dos mesmos, através dos Tratados Preliminares, conhecidos em Sânscrito como Prakaranagrantas. Eles são inúmeros, porém só alguns gozam da estima dos verdadeiros Mestres. Os Prakaranagrantas são, portanto, livros introdutórios ao estudo da Veda-anta: Veda = Sabedoria, Conhecimento último e Anta = fim. O agora, segundo esta filosofia, poderá se tornar consciente, da forma que o livro: O Poder do Agora, de Eckart Tolle, tão bem coloca (numa nova roupagem), através de um processo crescente de purificação mental e emocional.
"Gnoscete hipsum" (Sócrates)
"Gnoscete hipsum" (Sócrates)
Bhagavad Gita
Os Vedas, são escrituras que surgiram na Ásia, durante a criação das sub-raças, Ário-Atlantes, portanto, há mais de 5.000 anos atrás. Destas, surgiu o Mahabharata, cujo coração é o Bhagavad-Gita, uma série de poemas, onde Krishna (eu divino do homem/consciência), dialoga com um príncipe (ego humano), em meio a uma batalha, no sentido de liberação. Indica o caminho da busca da consciência e do Reto-agir (agir de acordo com a consciência,... do agora).
"O tempo do "Agora" trás embutido em sí, o passado, presente e o futuro, embora vivenciamos só o presente".
"O tempo do "Agora" trás embutido em sí, o passado, presente e o futuro, embora vivenciamos só o presente".
Considerando que imersos no plano manifesto e vivendo em sociedade o grau de condicionamento é intenso, é normal que surja uma questão: - Seria este molde o resultado de mais uma tradição religiosa que procura se manter às custas do condicionamento das pessoas, através da crença, que por fim acabam se distanciando de si mesmas, obtendo mais uma muleta para não assumir a responsabilidade por sua própria vida? E a resposta, poderá ser encontrada ao discernirmos sobre a sabedoria contida no texto sobre os três poderes da ilusão, os três motivos de agir e as três afirmações da Vedanta. Que com o tempo, se dissolvem em meio à prática cada vez mais intensa do Ser.
Os três poderes ou qualidades da ilusão
"A sabedoria encontra-se envolvida na ilusão, por isso os mortais vivem enganados"
Bhagavad-Gita
Consciência pura(Imanifesto)>>>reflexo projetado por algo (Ego?/véu)>>>EU (consciência pessoal =vigília, sono c/imagens, sono profundo)>>>>>Manifesto (atividade, repouso e harmonia= poderes ou qualidades da ilusão);
Bhagavad-Gita
Consciência pura(Imanifesto)>>>reflexo projetado por algo (Ego?/véu)>>>EU (consciência pessoal =vigília, sono c/imagens, sono profundo)>>>>>Manifesto (atividade, repouso e harmonia= poderes ou qualidades da ilusão);
A consciência pura é Brahman (o absoluto incognoscível para o homem); Esta consciência pura se traduz para o homem, de forma limitada, e consequentemente deixando de ser pura para se tornar condicionada, e portanto, representando uma ilusão (Maya), já que agora, se tornou um reflexo da verdade, através de sua ressignificação pelos códigos adquiridos pelo homem com a cultura do seu povo e da região em que vive. Imerso na consciência limitada por sua mente o homem alcança e compreende no limite o Trimurti, que na Índia é representado pelos deuses Brahma (Criação), Vishnu (Preservação) e Shiva (Destruição). Comparando com a religião católica a grosso modo, poderíamos dizer que são equivalentes à trindade: "Pai, Espírito Santo e Filho" ;
"Brahma, Vishnu e Shiva, não são personalidades, na verdade, são poderes que foram personificados para poderem se adequar à mente humana. Shiva não é uma pessoa, Shiva é o Ser; Vishnu é o Poder que recicla e Brahma é o Poder criador, e todos juntos são chamados coletivamente: Ishvara, que na Índia é um nome para Deus. E Ishvara é a expressão dinâmica do absoluto, o princípio criador do universo. Quando este princípio manifesta, ele chama-se mesmo Deus; e este Deus pode ter diversos nomes, mas a sua essência é imaterial. Que na Índia, nós chamamos de Brahman ou Parabrahman, o absoluto. Vocês não precisam lembrar disto." (Mooji - Satsang de Porto Alegre-RS/Brasil)
Esta ilusão (Maya) ao qual o homem se submete teria consequentemente o "poder de velar" (Avarana Shakty) a consciência pura, que assim é incognoscível, e de projetar a consciência limitada sobre a realidade (Vikshepa Shakty), através da energia conhecida como Yantra. Sendo suas qualidades: a atividade (Rajas) através da energia conhecida como Fohat, o equilíbrio/harmonia (Satwa) através da energia conhecida como Prana, e o repouso (Tamas) através da energia conhecida como Kundalini.
Os três motivos de agir (Bhagavadgita) ou qualidades da ilusão
Através desta incrível literatura, o Oriente nos trouxe a idéia central de que tudo que o homem faz ou diz não tem valor intrínseco em si mesmo, mas recebe o seu valor, ou desvalor, daquilo que ele é consciente. É como na matemática, quando o “1” dá valor aos zeros colocados à direita 1 > 10 > 100 > 1000 ..., mas estes zeros, no entanto, quando isolados, não representam valor algum : 000; Portanto, atos e fatos não possuem valor intrínseco, ...são puros zeros, mas podem ser valorizados pela atitude ou realidade da qual dimanam. Nenhuma ação tem autovalor, mas pode ser valorizada pelo Ser do qual brotou e por amor ao qual alguém age, assim, agir ou não-agir não resolvem nada, o que resolve é a ação praticada em nome e por amor ao Ser “à luz da consciência”, ou seja, intensamente conscientizado.
O Ser humano, como modelo do que ocorre no Universo, age motivado por três raízes, conforme a índole de sua semente: A atitude da verdade(equilíbrio/harmonia/sabedoria), que na física do universo se traduz na “Gravidade”, a atitude do desejo ou cobiça(movimento/inteligência/mente), que na física se traduz na “Eletricidade”, e a atitude da ignorância (repouso/sentidos/emoção), que na física se traduz na “Magnética”.
Assim, consequentemente nossa presença no “agora”, estará à luz da consciência, de acordo com o que nos motiva, segundo o nosso molde, desenhado desde a infância. Aceitando o “agora” com plena consciência, temos a oportunidade de observarmo-nos a nós mesmos, alterando o desenho de nosso molde, à medida em que vamos expandindo a consciência.
Através desta incrível literatura, o Oriente nos trouxe a idéia central de que tudo que o homem faz ou diz não tem valor intrínseco em si mesmo, mas recebe o seu valor, ou desvalor, daquilo que ele é consciente. É como na matemática, quando o “1” dá valor aos zeros colocados à direita 1 > 10 > 100 > 1000 ..., mas estes zeros, no entanto, quando isolados, não representam valor algum : 000; Portanto, atos e fatos não possuem valor intrínseco, ...são puros zeros, mas podem ser valorizados pela atitude ou realidade da qual dimanam. Nenhuma ação tem autovalor, mas pode ser valorizada pelo Ser do qual brotou e por amor ao qual alguém age, assim, agir ou não-agir não resolvem nada, o que resolve é a ação praticada em nome e por amor ao Ser “à luz da consciência”, ou seja, intensamente conscientizado.
O Ser humano, como modelo do que ocorre no Universo, age motivado por três raízes, conforme a índole de sua semente: A atitude da verdade(equilíbrio/harmonia/sabedoria), que na física do universo se traduz na “Gravidade”, a atitude do desejo ou cobiça(movimento/inteligência/mente), que na física se traduz na “Eletricidade”, e a atitude da ignorância (repouso/sentidos/emoção), que na física se traduz na “Magnética”.
Assim, consequentemente nossa presença no “agora”, estará à luz da consciência, de acordo com o que nos motiva, segundo o nosso molde, desenhado desde a infância. Aceitando o “agora” com plena consciência, temos a oportunidade de observarmo-nos a nós mesmos, alterando o desenho de nosso molde, à medida em que vamos expandindo a consciência.
Já na ilusão mental, a falsa interpretação produzirá a falsa necessidade, q por sua vez, produzirá o falso comportamento. Neste sentido, o ego pessoal tem uma função importante, pois torna consciente a sombra da consciência, proporcionando que a própria pessoa, possa subjetivamente compreender-se. Mas é necessário perceber que não depende do próximo, mas sim, apenas dela mesma.
As três afirmações da Vedanta
A Vedanta, embora também apresentada ao Ser com uma embalagem própria, é considerada como “conhecimento último”, por proporcionar ao grupo de pessoas que apreendeu o quanto a essência das idéias transmitidas pelas múltiplas filosofias, psicologias e religiões é Una com o Todo; A percepção de que este grande caleidoscópio, existente na vida, inicialmente trazido às nossas mentes pela curiosidade: religião aqui, psicologia ali, música acolá, ciência, ...etc e tal, representa a miséria vestida de abundância, a ignorância transpassada pela sabedoria, e que o Ser já não irá mais “conhecer a Deus” buscando-o fora de si mesmo, mas no silêncio de sua curiosidade já esgotada, exausta, ao escutar uma voz de seu íntimo, fazendo-o retornar àquele que observa, e que novamente tomará as rédeas da carruagem na caminhada. A primeira afirmação portanto, é:
1)A absoluta identidade do homem e Deus, uma vez que, não há distinção de natureza essencial entre ambos, e este é um conceito advindo de uma intensa análise inefável. Consciente disto, o Adikari inicia um profundo exercício de discernimento sobre a condição humana, de onde decorre a segunda afirmação:
2) A segunda afirmação, explorada no Bhagavad Gita, é a possibilidade que todo e qualquer homem tem de assumir a tarefa de sua liberação. Não é uma questão de possibilidade mas sim de assumir-se uno a Deus, ...ser o próprio Deus, do qual emana. Aqui morre qualquer menosprezo ao próximo para auto afirmar-se individualmente, ...morre todo separativismo, qualquer germe de desigualdade e resplandece o ideal mais puro da fraternidade universal. Segundo os sábios do Oriente, “todo homem é livre para empreender a tarefa de realizar o seu auto-descobrimento, pois para a Vedanta um Deus que fechasse o Ser humano no cárcere do tempo e, sobre seus ombros impusesse a pena de prisão perpétua, para só libertá-lo no fim das idades, “quando for bom”, denotaria uma futilidade intelectual. A eternidade estaria condicionada ao tempo? A realidade estaria condicionada à ilusão? O império das Trevas estaria escravizando o da Luz? Cronos engolindo Zeus? ....Sabemos que não. A alma é livre ! O caminho está aberto para todos, não há privilégios, quem não se torna uno a Deus é porque, por algum motivo , ignora-o, e portanto, procura-o num lugar onde ainda aparece refletido. Negar ter havido a possibilidade de unicidade é negar a potencialidade divina no Ser humano, e nisto, o molde, a estrutura condicionada de nossa mente, oriunda do meio em que nos educamos e desenvolvemos, enquanto persona influi . A crença na necessidade do sofrimento para obter a bem aventurança, ...na necessidade de ter de pagar com dor, pela geração de um efeito, em vidas passadas, como se paga um livro ao comprá-lo na livraria, mesmo que num plano sutil, ...na crença num Deus arquétipo dos cobradores de dívidas, é que nos mantêm afastados do Ser divino, em nós, fazendo-nos acreditar que ele está fora de nós.
E agora a 3a afirmação, idéia básica desta incrível filosofia:
Diferentemente do que o homem aparente acredite, esta filosofia não admite uma real mudança de causa transformada no efeito;
Ou seja, se estamos identificados com o aparente, causa e efeito serão ambos aparentes; Só quando através do discernimento (Viveka), pudermos transcender a mente à luz da consciência, purificando-a, é que será possível discernir o falso(condicionado) do verdadeiro (essência). No Eu verdadeiro, ...no Ser, cessa o tempo-movimento.
Diferentemente do que o homem aparente acredite, esta filosofia não admite uma real mudança de causa transformada no efeito;
Ou seja, se estamos identificados com o aparente, causa e efeito serão ambos aparentes; Só quando através do discernimento (Viveka), pudermos transcender a mente à luz da consciência, purificando-a, é que será possível discernir o falso(condicionado) do verdadeiro (essência). No Eu verdadeiro, ...no Ser, cessa o tempo-movimento.
"Mesmo o observar não é puro, quando há interesse na observação, em função da identificação com o eu condicionado." (Mooji)
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Visão sintética da transformação da mente pelo Budismo - Introdução
Recentemente houve um retiro em Jundiaí-SP onde o Lama Padma Samten fez inicialmente um resumo bastante interessante, mas que nos fornece condições de observar a estrutura do ensinamento budista e compreender alguns pontos. Imersos num sistema de crenças, muitas vezes não vamos alcançar todo o significado de sua explanação, no entanto, é uma oportunidade de conhecer uma outra forma de compreensão da vida. A essência dos ensinamentos budistas é proporcionar que ultrapassemos Avidya que em português seria algo como a "ignorância existencial". A consciência deste sistema de crenças ao qual a vida nos submete acaba sendo alcançada quando há uma motivação para discernirmos o processo de transformação da mente, o que se inicia ainda com a palavra amiga, a troca de experiências entre as pessoas no sentido de serem mais felizes superando o sofrimento, embora tomemos conta mais a frente que esta superação plena implica em superarmos avidya. A essência do despertar, portanto, é quando após um período de troca de experiências e vivências a gente percebe e sente a dimensão que transcende a mente e o pensamento. E isto implica em observar e discernir 4 (quatro) nobres verdades, como dizia Buda. São elas portanto: 1-A vida é "Dukka" (eixo), ou seja, a vida está sendo vivenciada em desequilíbrio, o que gera o sofrimento; 2-E a causa disto é o "Trishna" (sede) que muitas vezes é traduzido como desejo, mas representa que a causa do sofrimento está na necessidade de buscar algo no futuro, o que impossibilita estar no momento presente, e isto sim nos conduz ao sofrimento; 3-Cessar o sofrimento é "Nibbana" (Nirvana), ou seja, é este liberar-se do apego à busca incessante no futuro, ...do não estar no agora (livre do "eu quero" ; do "eu não quero"; 4-O modo de liberar-se deste apego é através do treinamento, ou, pelo caminho óctuplo proposto pelo Buda: 1-A compreensão apropriada; 2-O pensamento apropriado; 3-A linguagem apropriada; 4-A ação apropriada; 5-Os meios de vida apropriados; 6-O esforço apropriado; 7-A vigilância apropriada; e 8-A concentração apropriada; Sendo a palavra "apropriado" sem conotação dual, ou que subentenda que há algo não apropriado. Em resumo: Linguagem, ação e pensamento que nos conduzam à libertar-nos do desequilíbrio ao qual tomamos consciência que vivemos. Desta forma, a essência do treinamento é a transcendência à Avidya, através de 4 dimensões ou faixas mentais que vão sendo conscientizadas: 1-A conexão da mente pelos sentidos (meio pelo qual damos conta da vida); 2-A mente que foca o objetivo, criando bolhas de realidade onde embarcamos e nos fixamos, acreditando estar buscando a felicidade; 3- Como co-emergimos como personas, com o mundo externo (as nossas lentes de leitura do que "apenas é" e que ligam o exterior ao nosso interior, pelas quais somos muitas vezes manipulados por interesses externos, por estarmos vivendo em bolhas de "realidade"); 4- E, como uma sub-divisão do 3, quando posicionamos a mente focando um referencial alimentado pelo meio externo (escritura, guru, etc) com a consequente necessidade de aprovação do outro (como fator de outro tipo de bolha de realidade para apego) . A visão cada vez mais crescente e consciente das bolhas de realidade, as quais nos submetemos no processo da mecânica mental, é a visão de Avidya (ignorância existencial). Manter-se acordado observando tudo, como observamos os pensamentos e sentimentos na meditação, é a essência da Libertação. E aos poucos emerge a sabedoria primordial onde nem se está preso em Avidya e nem se nega à ela. Ao dançar com Avidya, emerge uma intensão iluminada, uma motivação para sentir-se feliz ao tornar Avidya perceptível também ao próximo, sem ficar preso a ela, como se estivéssemos no labirinto com uma corda ligada à saída. Emerge também a vacuidade, um espaço anterior à Avidya. Observar a aparência da sabedoria primordial, da intensão iluminada e a vacuidade é observar a Mandala. A essência da realização é se manter na mandala. Enquanto que a essência da iluminação do ponto de vista budista é olhar tudo e reconhecer tudo como é , ...reconhecer tudo como surge. Este é o olhar puro!
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terça-feira, 25 de junho de 2013
Resistência à mudança
Ao despertar para sua natureza o ser humano passa a evitar projetar uma imagem que não o represente fielmente no sentido integral de sua existência, que envolve essência, pensamento, emoção e corpo físico interagindo no plano manifesto. Passa a perceber o quanto uma postura emocional negativa o inferioriza escravizando-o na zona de conforto da vivência, e assim, inicia uma série de mudanças para deixar de representar apenas a sua imagem projetada na sociedade, momento em que se depara com resistências emocionais normalmente oriundas do inconsciente, já que ficou um longo tempo acreditando e condicionado ao sofrimento, como válvula de escape para a sua energia, e portanto, não quer voltar aquele espaço "vulnerável". Aquele espaço onde se machucou, para não deixar de ser aceito pelo outro ou, pelo mundo; Então surgem auto-corrupções, ...abaixo relaciono algumas entre tantas que nos ocorrem, apenas como exemplo, segundo estudos com Luis Gasparetto e Piero Ferrucci:
Repressão do sublime
Para facilitar ainda mais o entendimento, caso a palavra auto-corrupção esteja estranha, podemos ainda lembrar que esta é análoga ao que chamamos de “Bengalas” ou “muletas”, que ajudam a personalidade a corromper-nos quanto à vivência do ”sublime”, da vida.
Dizem que a repressão é a estratégia mais simples e comum, à medida em que põe a pessoa na condição “que sacrifica a sua verdade interior, pela conveniência, ...e para quem o “bem “ rejeitado torna-se de imediato um Paraíso do qual ela se encontra “exilada”, e uma rota de tortura, na qual ela sofre.”
Projeção
Ao invés de possuir as qualidades trans-pessoais que estão sendo infundidas em seu Ser e assim expressá-las em suas vidas, algumas pessoas podem tomar um caminho muito mais fácil, porém, que oferece menos recompensa, ou seja, podem atribuir tais qualidades a uma outra pessoa: um guru, um terapeuta, um amigo, uma figura pública, ou coisa que o valha. Assim, espera q aquela pessoa aja de acordo com a imagem do ideal que elas vêem, ressentindo-se quando ele ou ela não estão de conformidade com suas expectativas. Enquanto isto, são capazes de manter o “Status quo” de suas próprias vidas, embora privando-se de dons preciosos. Nesta estratégia há acompanhamento de preguiça psicológica, baixa auto-estima, dependência, impotência e, finalmente, raiva. Por outro lado, as qualidades projetadas, com freqüência, assumem um aspecto distorcido e irreal.
Medo
Esta sensação significa que a vida está dizendo que estamos nos segurando (retraindo) em determinada situação, indicando que é hora de se soltar, ...acelerar, ...É A FORÇA DE PROTEÇÃO QUE NOS TRÁZ O PROGRESSO, embora sejamos educados para nos retrair ao senti-lo.
Pessimismo defensivo
Os indivíduos, muitas vezes, acabam diminuindo-se a partir de um profundo, frequentemente inconsciente, medo de que seus impasses sejam insuperáveis: “Eu estou velho demais”, ...”Eu não sou suficientemente inteligente”, ...”Eu não consigo”. Ou ainda, podem culpar a situação externa: “O que construí até aqui me impede de mudar”, ...”Minha esposa vai reclamar”, ...”Trabalho demais e não tenho tempo para nada”... e assim por diante. As pessoas que adotam esta postura, ou estratégia, estão assustadas, são facilmente desencorajadas de sua evolução natural e tendem à auto-indulgência e à autopiedade. Seus sentimentos de impotência são frequentemente acompanhados de um ressentimento nunca total e adequadamente expresso.
Rotinização
Consiste em formalmente aceitar o supra-consciente, mas torná-lo em alguma forma de organização, burocracia ou rotina na qual o elemento criativo original se perde. Este é o grande perigo das associações religiosas e outras que se organizam em torno de um líder inspirado, mas que não conseguem preservar a inspiração inicial, algumas vezes até mesmo suprimindo-a através da utilização das mesmas palavras e formas que o líder original criara, sem porém assimilar o impacto revolucionário do líder . Esta estratégia também ocorre nos indivíduos, levando-os a acreditar que têm uma clara explicação para quase tudo – ignorando o mistério, a auto-renovadora e surpreendente força da supra-consciência e seu paradoxal e indescritível caráter. Eles apegam-se a alguma verdade, vivência, ensinamento ou evento que tenha significado muito para eles,no passado. Acabam apenas imitando rotineiramente aquilo que foi, certa vez, uma explosão de vida, mas que se tornou agora um fóssil cristalizado.
Estando em constante ação, em busca do Ser pleno, nossa vida nos traz idéias novas que servem de escada para o nosso desenvolvimento, mas como estamos acostumados com idéias preconcebidas, ao longo de nossa educação, desde a infância, (nos acomodamos) preferimos não aceitarmos uma nova visão, agarrando-nos a idéias atrasadas/obsoletas e preconceituosas, que prendem nossa evolução.
Toda vez que adotamos atitudes que recalcam (prendem) a nossa força(energia) de ação, tão preciosa para nossa evolução na vida, atraímos conflitos para nós, ...ficamos depressivos, ...inseguros, ...e consequentemente passamos a acreditar (por fé ) que não temos as rédeas do nosso caminhar, ficando com a impressão conseqüente de que vivemos em função dos acontecimentos, e não como agentes causadores deles.
Repressão do sublime
Para facilitar ainda mais o entendimento, caso a palavra auto-corrupção esteja estranha, podemos ainda lembrar que esta é análoga ao que chamamos de “Bengalas” ou “muletas”, que ajudam a personalidade a corromper-nos quanto à vivência do ”sublime”, da vida.
Dizem que a repressão é a estratégia mais simples e comum, à medida em que põe a pessoa na condição “que sacrifica a sua verdade interior, pela conveniência, ...e para quem o “bem “ rejeitado torna-se de imediato um Paraíso do qual ela se encontra “exilada”, e uma rota de tortura, na qual ela sofre.”
Projeção
Ao invés de possuir as qualidades trans-pessoais que estão sendo infundidas em seu Ser e assim expressá-las em suas vidas, algumas pessoas podem tomar um caminho muito mais fácil, porém, que oferece menos recompensa, ou seja, podem atribuir tais qualidades a uma outra pessoa: um guru, um terapeuta, um amigo, uma figura pública, ou coisa que o valha. Assim, espera q aquela pessoa aja de acordo com a imagem do ideal que elas vêem, ressentindo-se quando ele ou ela não estão de conformidade com suas expectativas. Enquanto isto, são capazes de manter o “Status quo” de suas próprias vidas, embora privando-se de dons preciosos. Nesta estratégia há acompanhamento de preguiça psicológica, baixa auto-estima, dependência, impotência e, finalmente, raiva. Por outro lado, as qualidades projetadas, com freqüência, assumem um aspecto distorcido e irreal.
Medo
Esta sensação significa que a vida está dizendo que estamos nos segurando (retraindo) em determinada situação, indicando que é hora de se soltar, ...acelerar, ...É A FORÇA DE PROTEÇÃO QUE NOS TRÁZ O PROGRESSO, embora sejamos educados para nos retrair ao senti-lo.
Pessimismo defensivo
Os indivíduos, muitas vezes, acabam diminuindo-se a partir de um profundo, frequentemente inconsciente, medo de que seus impasses sejam insuperáveis: “Eu estou velho demais”, ...”Eu não sou suficientemente inteligente”, ...”Eu não consigo”. Ou ainda, podem culpar a situação externa: “O que construí até aqui me impede de mudar”, ...”Minha esposa vai reclamar”, ...”Trabalho demais e não tenho tempo para nada”... e assim por diante. As pessoas que adotam esta postura, ou estratégia, estão assustadas, são facilmente desencorajadas de sua evolução natural e tendem à auto-indulgência e à autopiedade. Seus sentimentos de impotência são frequentemente acompanhados de um ressentimento nunca total e adequadamente expresso.
Rotinização
Consiste em formalmente aceitar o supra-consciente, mas torná-lo em alguma forma de organização, burocracia ou rotina na qual o elemento criativo original se perde. Este é o grande perigo das associações religiosas e outras que se organizam em torno de um líder inspirado, mas que não conseguem preservar a inspiração inicial, algumas vezes até mesmo suprimindo-a através da utilização das mesmas palavras e formas que o líder original criara, sem porém assimilar o impacto revolucionário do líder . Esta estratégia também ocorre nos indivíduos, levando-os a acreditar que têm uma clara explicação para quase tudo – ignorando o mistério, a auto-renovadora e surpreendente força da supra-consciência e seu paradoxal e indescritível caráter. Eles apegam-se a alguma verdade, vivência, ensinamento ou evento que tenha significado muito para eles,no passado. Acabam apenas imitando rotineiramente aquilo que foi, certa vez, uma explosão de vida, mas que se tornou agora um fóssil cristalizado.
Estando em constante ação, em busca do Ser pleno, nossa vida nos traz idéias novas que servem de escada para o nosso desenvolvimento, mas como estamos acostumados com idéias preconcebidas, ao longo de nossa educação, desde a infância, (nos acomodamos) preferimos não aceitarmos uma nova visão, agarrando-nos a idéias atrasadas/obsoletas e preconceituosas, que prendem nossa evolução.
Toda vez que adotamos atitudes que recalcam (prendem) a nossa força(energia) de ação, tão preciosa para nossa evolução na vida, atraímos conflitos para nós, ...ficamos depressivos, ...inseguros, ...e consequentemente passamos a acreditar (por fé ) que não temos as rédeas do nosso caminhar, ficando com a impressão conseqüente de que vivemos em função dos acontecimentos, e não como agentes causadores deles.
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