Rosseau, em sua obra “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”, lançada em 1754, procurou estudar a origem da desigualdade. Para ele, o estado natural deveria combinar-se com o estado social. Em 1762, ao escrever Contrato Social, encontrou uma forma de associação que conservaria nos indivíduos a igualdade e a liberdade que a natureza lhes dera. Manifestava-se a noção de que as sociedades, através da capacidade de pensar e escolher do homem, exaltada pelo cartesianismo de Descartes e Diderot, deveriam se basear em acordos mútuos, entre os indivíduos que as compunham. Rosseau afirmava que a base da sociedade estava no interesse comum pela vida social, no consentimento unânime dos homens em renunciar as suas vontades particulares em favor de toda a comunidade.
Estas teorias, dariam início à análise científica da sociedade. Tiveram o poder de orientar a ação política e lançar as bases do que veio a se tornar o estado capitalista, constitucional e democrático desenvolvido no século XIX. Lançaram também as bases para o movimento político pela legitimação do poder, fosse de caráter monárquico, como na revolução Gloriosa da Inglaterra, fosse de caráter republicano, como na Revolução Francesa, ou ainda do tipo ditatorial, como o império napoleônico. Tão importante quanto seu valor como forma de entendimento da vida social e política foi sua repercussão prática na sociedade.
A filosofia social do Iluminismo, teve, em relação à renascentista, a vantagem de não constituir apenas uma crítica social baseada no que a sociedade poderia idealmente vir a ser, mas projetos concretos de realização política para a sociedade burguesa emergente, que tiveram continuidade através de outros pensadores desta época, como John Locke (Inglês) e Montesquieu (Francês), cujas idéias formaram a base da Constituição Norte-americana de 1787.
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